Busca no Blog

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O Teiú consumindo frutos de jambolão.




A foto

Nesta fotografia pode-se observar um teiú consumindo frutos de jambolão.  A fotografia foi obtida por Marcone Lopes dos Santos no dia 19 de fevereiro de 2011 no município de Petrolina, PE.


O fato

O Teiú (Tupinambis merianae) é um dos maiores lagartos da caatinga nordestina. No período da safra do imbuzeiro, o teiú é visto consumindo frutos caídos ao chão. Este lagarto também se alimenta dos insetos e larvas dos frutos maduros do imbuzeiro.  No sertão, os caçadores ficam nas galhas dos imbuzeiros esperando os teiús para matá-los, pois sua carne é muito apreciada.  Normalmente o teiú é visto nas horas mais quentes do dia, por ser um animal de sangue frio. O habitat natural do Teiú são as áreas abertas de caatinga e  do cerrado, onde esses animais têm mais acesso aos raios solares. Este exemplar foi fotografado às 13 horas embaixo de uma coleção de plantas de jambolão na sede da Embrapa Semiárido, consumindo frutos caídos ao chão. Embora o jambolão (Syzygium jambolanum L.) não seja uma planta da caatinga, seus frutos têm sido consumidos por muitos animais deste bioma.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A produção de frutos do imbuzeiro no Sertão de Pernambuco




A foto

Nesta fotografia podemos observar uma grande quantidade de frutos do imbuzeiro maduros caídos ao chão embaixo da planta. A fotografia foi obtida em 31 de janeiro de 2011 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

A produção de frutos de uma planta de imbuzeiro é muito variável. Embora já existam diversos trabalhos de pesquisa sobre este tema, não há ainda uma quantidade bem definida, pois a variabilidade genética do imbuzeiro é muito alta, visto que sua fecundação é 78% cruzada, o que significa uma grande variabilidade nos parâmetros de desenvolvimento das plantas. Assim, podemos dizer que na natureza não há duas plantas de imbuzeiro de ocorrência natural que apresente as mesmas características, principalmente em termos de produção. Um estudo realizado com diversas plantas localizadas no semiárido da Bahia, Piauí e Pernambuco demonstrou que a produção média é de  22.052 frutos colhidos nenhuma planta/safra. Essa produção pode varia de 187,56 a 647,34 kg, dependendo do tamanho médio dos frutos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O cultivo de feijão no Sertão de Pernambuco





A foto

Nesta fotografia podemos ver uma agricultora cultivando o feijão na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 14 de fevereiro de 2011 na Comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.

O fato

Todo ano no Sertão de Pernambuco é a mesma coisa, isto é, os pequenos agricultores sempre plantam suas culturas tradicionais na tentativa de obter alguma produção que venha alivia suas necessidades durante o ano. Assim, eles sempre plantam uma pequena roça de milho e feijão. Contudo, parte desses agricultores ainda utiliza sementes de variedades que não são bem adaptadas as condições edafoclimáticas da região o que normalmente leva essas culturas a não resistirem às irregularidades climáticas que assolam o Nordeste brasileiro. O ano de 2011 parece que não vai ser diferente dos demais, pois até o momento, choveu apenas 57,4 mm em algumas regiões do Sertão. Para os agricultores que plantaram com as chuvas que ocorreram no mês de dezembro à situação não está muito boa, porque parte das lavouras de milho, feijão e sorgo já não apresentam mais condições de crescimento, mesmo que ainda ocorra muita chuva. Na fotografia, podemos ver uma agricultora cultivando uma pequena área de feijão que foi plantado em dezembro e que parece não haver mais esperanças de colheita.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A coleta de sementes de imbuzeiro no chão do aprisco




A foto

Nesta foto, podemos observar uma agricultora colhendo sementes de imbuzeiro em um aprisco na caatinga. A foto foi obtida na comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.

O fato

O imbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) é uma fruteira nativa do Nordeste, cujos frutos servem de alimento para as populações rurais, animais domésticos e silvestres. Contudo, tem-se observado à ausência de plantas jovens em seu ambiente natural, cuja causa tem sido atribuída em sua maioria à dificuldade que as sementes do imbuzeiro apresentam para germinar, ao desmatamento desordenado e aos danos causados as plântulas que emergem pelos insetos, animais silvestres e, principalmente, pelos caprinos. Os principais mecanismos de dispersão das sementes do imbuzeiro na caatinga nativa têm sido os animais silvestres como o veado-catingueiro (Mazama gouazoubira), a cotia (Dasyprocta cf. prymnolopha), o caititu (Tayassu tajacu), a raposa (Dusicyon thous), o teiú (Tupinambis merianae), o tatu-peba (Euphractus sexcinctus) e na caatinga degradada o caprino (Capra hircus). No entanto, os caprinos são os dispersores que mais preocupam em relação à extinção do imbuzeiro, visto que, esses animais retiram as sementes da caatinga, que posteriormente são transportadas para áreas onde não terão como se desenvolver. Na fotografia podemos ver a grande quantidade de sementes no solo do aprisco.

O tatu-peba e o fruto do imbuzeiro




A foto

Nesta foto, podemos observar um tatu-peba em busca de frutos do imbuzeiro para consumo. A fotografia foi obtida no dia 6 de fevereiro de 2011 na área de caatinga da Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido em Petrolina, PE

O fato

O tatu-peba (Euphractus sexcinctus) é um animal da caatinga que tem como característica, o consumo de raízes, pequenos insetos, larvas e frutos da caatinga. Este animal escava o solo embaixo das plantas que produze rizomas e xilopódios e os consome. No período da safra do imbuzeiro, o tatu-peba consome uma quantidade razoável de frutos que caem das plantas. Este animal também é grande consumidor de larvas e insetos que habitam o solo da caatinga. Embora este animal possui hábito noturno, sendo visto raramente durante o dia, na época da safra do imbuzeiro a maneira mais fácil de ver um tatu-peba é esperá-lo embaixo de uma planta de imbuzeiro.

A falta de chuva no Sertão de Pernambuco em 2011


A foto

Nesta fotografia podemos ver uma agricultora cultivando o milho na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 14 de fevereiro de 2011 na Comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.

O fato

As chuvas no Sertão de Pernambuco em 2010 não foram suficientes para que os agricultores que praticam a agricultura de subsistência obter uma boa safra. Na maior parte da região o mês de janeiro foi de pouca chuva com valores de 26,2 mm, o que impossibilitou o plantio de qualquer lavoura pelos agricultores. No mês de fevereiro choveu 39,2 mm e no mês de março as chuvas foram de 119,3 mm. Nesse período que tradicionalmente é época de plantio choveu somente 184,7 mm. As chuvas que vieram em abril (60,1 mm), maio (13,0 mm), junho (24,5 mm) e julho (22,5 mm), pouco contribuíram para mudar a situação do sertão. Não se produziu muita coisa no campo. Por outro lado no mês de agosto choveu (0,4 mm), em setembro (9,6 mm), outubro (40,4 mm), novembro (0,0 mm) e dezembro (58,2 mm). Se considerarmos somente as chuvas potencialmente aproveitáveis para a agricultura de subsistência, dos 413,1 mm ocorridos em 2010, apenas 244,1 mm que ocorreram de janeiro a abril, foram às chuvas para a agricultura de subsistência. Com esse total de chuvas não é possível cultivar ou armazenar água no Sertão do Nordeste. Contudo, essa mesma configuração parece que vai se repetir em 2011, visto que, as culturas que foram plantadas com as chuvas de dezembro não estão conseguindo se desenvolver com os 48,5 mm que ocorreram no mês de janeiro e os 8,9 mm que foram registrados até agora. Na fotografia, podemos ver uma agricultora que investiu parte de sua aposentadoria para implantar um pequeno roçado e não ver boas perspectivas de chuvas na região.