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quarta-feira, 29 de junho de 2011

O crescimento da aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi) em diferentes substratos




A foto

Nesta fotografia, podemos observar os aspectos do desenvolvimento de plantas de aroeira-vermelha cultivadas em diferentes substratos. A fotografia foi obtida no dia 28 de setembro de 2006 na Embrapa Semiárido em Petrolina, PE.

O fato

 A pimenta rosa ou aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi), uma espécie pioneira e nativa do Brasil, dióica que pertence à família Anacardiaceae. Embora seja popularmente conhecida como pimenta rosa, não tem qualquer parentesco com a família das pimentas. Na verdade, ela é um parente do caju, da manga e do cajá-mirim, dentre outras conhecidas anacardiáceas frutíferas. Esta espécie apresenta características que podem contribuir para seu cultivo em áreas de maior precipitação da região semiárida do Nordeste. Neste sentido, foram testados diferentes substratos, com o objetivo de verificar os que proporcionam melhores condições para o desenvolvimento de mudas de aroeira-vermelha, O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso com cinco substratos (areia, solo, areia + solo, areia + esterco de bovino e areia + solo + esterco de bovino, sendo as combinações em proporções de 50% de cada material) em quatro repetições. O trabalho foi realizado de setembro de 2007 a dezembro de 2008, em temperatura ambiente, na Embrapa Semi-Árido, em Petrolina, PE. Foram realizadas as avaliações aos 360 dias após o plantio. Em relação ao desenvolvimento do sistema radicular das mudas de aroeira-vermelha, verificou-se que no substrato com areia + esterco e areia + solo + esterco, todas as mudas apresentaram os maiores valores em termos de comprimento. O crescimento em altura das mudas foi influenciado pelos diferentes substratos analisados. Entre os substratos, o melhor foi o com areia + esterco de bovino, que provocou maior crescimento das plantas e a maior produção de matéria seca.

domingo, 26 de junho de 2011

O consumo de xiquexique pelos caprinos na caatinga de Pernambuco


 

A foto

Nesta fotografia, podemos observar caprinos consumindo xiquexique. A fotografia foi obtida no dia 10 de novembro de 2005 na área de caatinga da Comunidade de Alto do Angico em Petrolina, PE.

O fato

O xiquexique (Pilosocereus gounellei (A. Webwr ex K. Schum.) Bly. Ex Rowl.) é uma Cactaceae de tronco ereto com galhos laterais afastados e descrevendo suavemente uma curva ampla em direção ao solo. Seus ramos são compostos por fortes espinhos de coloração verde-opaca, atingindo altura de até 3,75 m e o diâmetro da copa variando de 1,45 a 3,27 m. Suas flores são tubulosas com 15 a 17 cm de comprimento de cor branca.   Esta cactácea desenvolve-se, principalmente, nas áreas mais secas da região semiárida do Nordeste, em solos rasos, encima de rochas e se multiplica regularmente, cobrindo extensas áreas da caatinga.  Sua distribuição ocorre principalmente nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. O xiquexique é uma das cactáceas da caatinga, muito utilizada pelos agricultores na época de seca. Neste período, os agricultores cortam e queimam o xiquexique para eliminar os espinhos e facilitar seu consumo pelos animais. Em um trabalho de pesquisa, foi avaliado o efeito da utilização do xiquexique sobre o ganho de peso de caprinos, no período de agosto a novembro de 2005. O delineamento experimental constou de três tratamentos com quatro repetições. Os animais consumiram no período, uma média de 351,13 kg de fitomassa de xiquexique. O consumo diário de foi, em média, de 6,63 kg/dia.  Os animais que receberam suplementação com o xiquexique tiveram uma perda de peso menor do que aqueles que permaneceram em pastejo contínuo na caatinga.

sábado, 18 de junho de 2011

Danos causados por insetos as sementes do imbuzeiro




A foto

Nesta fotografia, podemos observar sementes de imbuzeiro danificadas por insetos na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 5 de setembro de 2006 na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido em Petrolina, PE.

O fato

O imbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) é uma fruteira nativa do Nordeste, cujos frutos servem de alimento para as populações rurais, animais domésticos e silvestres.  Contudo, tem-se observado à ausência de plantas jovens em seu ambiente natural, cuja causa tem sido atribuída em sua maioria à dificuldade que as sementes do imbuzeiro apresentam para germinar, ao desmatamento desordenado e aos danos causados as plântulas que emergem pelos insetos, animais silvestres e, principalmente, pela irregularidade das chuvas na região. Esses fatores, entre outros, têm contribuído para a baixa densidade do imbuzeiro nas caatingas nordestinas. O imbuzeiro é uma das plantas da caatinga com frutos zoocóricos. Estas plantas apresentam uma série de características, como a presença de uma porção comestível envolvendo a semente e cores atrativas, que estimulam e facilita o seu consumo por animais e, conseqüentemente, a dispersão de suas sementes. A coloração atrativa dos frutos do imbuzeiro pode ser considerada como uma adaptação para o favorecimento da dispersão.  Diversos estudos sobre a densidade populacional do imbuzeiro relataram que são poucas plantas por hectare e que as plantas já apresentam idade avançada.  No entanto, através de observações realizadas nas áreas de ocorrência do imbuzeiro em diversos municípios da região semiárida, constatou-se que na maioria dos caroços de imbu encontrados no solo em baixo das plantas, a semente não germinou porque foram atacadas por insetos que destruíram seus embriões e quando germinaram não resistiram ao período de estiagem que ocorre na região.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A beleza das folhas maduras do marmeleiro




A foto

Nesta fotografia, podemos observar a beleza das folhas do marmeleiro. A fotografia foi obtida na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido em Petrolina, PE em 18 de junho de 2011.

O fato

Uma das características das plantas da caatinga é a senescência e a abscisão foliar. Assim, a maioria das espécies lenhosas da caatinga nordestina perde as folhas, a partir do início da estação seca. Esse mecanismo garante a sobrevivência dessas espécies até o início das chuvas. Entre essas plantas encontra-se, o marmeleiro (Croton sonderianus Muell. Arg.) que é dos  arbustos que se destaca no início das chuvas e da seca. No final do período chuvoso no Sertão, o marmeleiro destaca-se pela coloração amarelada de suas folhas. Isto porque antes de caírem, as folhas se tornam amareladas, prenunciando a estação seca na caatinga. Mesmos nos verânicos, as folhas do marmeleiro são as primeiras a murcharem. Embora apresente um baixo valor forrageiro, o marmeleiro é consumido por bovinos, caprinos e ovinos.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O efeito de diferentes substratos no crescimento das cactáceas




A foto

Nesta fotografia podemos observar o crescimento das cactáceas em diferentes substratos. A fotografia foi obtida no dia 14 de fevereiro de 2005 na Embrapa Semiárido em Petrolina, PE.

O fato

A capacidade de sobrevivência das cactáceas às irregularidades climáticas que ocorrem na região semiárida do Nordeste, traz uma vantagem para os pequenos agricultores que utilizam essas plantas na alimentação dos animais. Todavia poucos estudos têm sido realizados com essas plantas, principalmente, em relação ao seu desenvolvimento.  Com esse objetivo foram testados diferentes substratos, para verificar os que proporcionam melhores condições para o desenvolvimento do mandacaru (Cereus jamacaru P. DC.), o facheiro (Pilosocereus pachycladus Ritter), o xiquexique (Pilosocereus gounellei (A. Webwr ex K. Schum.) Bly. Ex Rowl.) e a coroa-de-frade (Melocactus bahiensis Britton & Rose). O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso com cinco substratos (areia, solo, areia + solo, areia + esterco de bovino e solo + esterco de bovino, sendo as combinações em proporções de 50% de cada material) e quatro repetições. O trabalho foi realizado de setembro de 2004 a dezembro de 2005, em temperatura ambiente, na Embrapa Semiárido, em Petrolina, PE. Foram realizadas as avaliações aos 360 dias após o plantio. Quanto a altura das plantas, o mandacaru alcançou 111,25 e 110,5 cm, respectivamente nos tratamentos 2 e 4. Já o facheiro apresentou maior crescimento em altura no tratamento 2 com 38,5 cm, em média. Essa mesma tendência ocorreu com o crescimento em altura para o xiquexique e a coroa-de-frade que alcançaram 30,75 e 8,5 cm, respectivamente no tratamento 2. Em relação ao desenvolvimento do sistema radicular das cactáceas, verificou-se que no tratamento 1 (areia) todas as cactáceas apresentaram os maiores valores em termos de comprimento. Este fato pode ter ocorrido em função da ausência de nutrientes neste substrato, forçando as raízes a um maior comprimento em busca de fertilidade. As raízes do mandacaru e do facheiro alcançaram 38,75 e 46,75 cm, respectivamente. No tratamento 2 (Areia + esterco) as raízes do facheiro mediram, em média, 15,37 cm, sendo o menor valor para esta planta. O xiquexique apresentou raízes com uma variação de 60,25 cm no tratamento 1 e de 26,75 cm no tratamento 2. Essa mesma tendência ocorreu com a coroa-de-frade que apresentou raízes de 53,25 cm no tratamento 1 e de 27,25 cm no tratamento 2. Com esses resultados, podemos inferir que a presença de nutrientes no tratamento 2, levou ao menor desenvolvimento das raízes das cactáceas.