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quarta-feira, 20 de junho de 2012

A fenologia do imbuzeiro no Sertão de Pernambuco



As fotos

Nestas fotografias podemos observar uma planta de imbuzeiro ainda com muita folha, uma em dormência vegetativa e uma com flores. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.







O fato

O imbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) é planta nativa da região semiárida do Nordeste brasileiro de grande importância para o bioma da caatinga. Mesmo em anos de graves irregularidades climáticas como 2012 que choveu somente 135,6 mm até o momento, o imbuzeiro mantém certa regularidade em sua fenologia. Hoje, 20 de junho de 2012, já podemos encontrar plantas de imbuzeiro em dormência vegetativa e algumas com início da floração. Em pesquisas para acompanhar a evolução do ciclo reprodutivo do imbuzeiro, compreendido entre a emissão do primórdio do botão floral e a maturação do fruto, foram obtidos resultados bastante significativos. O estudo foi realizado na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido em Petrolina, PE. Observou-se que o período conhecido como dormência vegetativa quando a plantas perde todas as folhas perdura por aproximadamente, 35 dias. No entanto há muita variação. Existem plantas que iniciam a floração antes do início da queda das folhas maduras. Outras demoram até 35 dias para emitir o primeiro botão floral.  Após a abertura dos botões florais, a fecundação dos primeiros frutos ocorre em 5 a 7 dias. O período médio demandado entre o início da frutificação e a maturação dos frutos foi de 125,56 dias, aproximadamente. Embora os efeitos das mudanças climáticas já estejam ocorrendo conforme alguns estudiosos, na fenologia do imbuzeiro esses efeitos ainda não foram percebidos.

Um comentário:

João Doido,Umarizal-RN disse...

Parabéns Nilton,por seu trabalho em apresentar à nossa caatinga,o nosso sertão,os nossos costumes ao povo brasileiro.Quanto desgosto,quanta revolta....,o único bioma totalmente brasileiro agonizando,depredado,desprezado.O homem é o maior inimigo da vida,da diversidade biológica, da manutenção dos ecosistemas. E assim sendo, perderemos muito....fazer o que? é triste mais temos que ser realistas (eu sou!) vamos pagar um preço caro,não há outras opções quanto a predatoriedade do "homem sapiens" para com os biomas.pouco restará daqui a algumas décadas.Eu João Doido amo o nosso sertão àrido,o perfume singular da caatinga na madrugada silenciosa,....Deus abençoe os que defendem nossa fauna e flora da caatinga. valeu Nilton!