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terça-feira, 9 de novembro de 2010

A beleza da floração da catingueira na caatinga de Pernambuco


A foto

Nesta foto, podemos observar a beleza da floração da catingueira. A fotografia foi obtida na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido em Petrolina, PE em 09 de novembro de 2010.

O fato

A catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tul.) é uma espécie arbórea, endêmica da caatinga nordestina de ocorrência, principalmente nos estados de Pernambuco, Paraíba Alagoas e Bahia. O uso desta planta pelos agricultores é caracterizado pela extração da lenha para produção de carvão vegetal e para construção, principalmente de apriscos. Essa atividade tem contribuído para redução da densidade populacional desta espécie. A catingueira também é utilizada na medicina caseira para tratar casos de descontrole intestinal e processos inflamatórios. Embora a folha da catingueira apresente um aroma desagradável, quando esmagadas, essa planta tem suas folhas e brotos consumidos pelos animais logo no início das chuvas no sertão. A catingueira é uma das primeiras plantas a emitir brotação após as primeiras chuvas, sendo assim, uma fonte de alimentos para os caprinos e bovinos da caatinga no período de seca.

sábado, 30 de outubro de 2010

Plantio de milho e feijão no Piauí em outubro de 2010




A foto

Nesta fotografia podemos observar agricultores plantando milho e feijão no município de Acauã no Piauí, após uma chuva. A fotografia foi obtida no dia 28 de outubro de 2010.

O fato


A seca na região semiárida do Nordeste, tem seu início no final do mês de agosto e estende-se até o mês de janeiro. Neste período, o mês de outubro destaca-se pela ocorrência de elevadas temperaturas que causam transtornos para as pessoas e animais da região. Em uma série de 46 anos de observação que teve início em 1965 na cidade de Petrolina, PE, até 2010, deste total, não houve chuvas no mês de outubro em 20 anos. Neste período, tivemos 115,8 mm no mês de outubro de 1970 e 122,0 mm no mês de outubro de 2009. A ocorrência de chuvas no mês de outubro na caatinga contribui positivamente para o alívio da seca. Essas chuvas, embora muitas vezes de baixa intensidade, provocam uma transformação na paisagem da caatinga. O verde toma o lugar do cinza e muita água fica empoçada para o consumo dos animais. Em algumas localidades onde os volumes são maiores, os agricultores iniciam o plantio das culturas tradicionais, como milho, feijão, etc. Na fotografia, podemos observar agricultores plantando milho e feijão no município de Acauã no Piauí, após as chuvas na região.

sábado, 23 de outubro de 2010

A bela flor do mulungu na caatinga




A foto

Nesta foto, podemos observar a beleza da flor do mulungu. A fotografia foi obtida na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido em Petrolina, PE em 21 de outubro de 2010.

O fato


O mulungu (Erythrina mulungu) e (Erythrina verna) é uma das belas árvores que ocorre nas baixadas e vales da caatinga. Suas flores têm a predominância da cor laranja e vermelha e são muita visitadas por insetos e pássaros, principalmente pelo currupião que é uma das mais belas aves da caatinga. O mulungu é bastante utilizado na medicina caseira para estabilizar o sistema nervoso central, como antioxidante, como tonificante e para auxiliar na redução da tensão arterial. Por ser uma árvore de madeira leve é muito utilizado também para produção de cochos ou gamelas pelos agricultores do sertão. Em alguns municípios da zona da mata pernambucana, a madeira do mulungu é utilizada pelos mamolengueiros na confecção de bonecos. Essa atividade embora importante na vida dos agricultores possa levar esta planta à extinção.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O tatu-peba na caatinga



A foto

Nesta foto, podemos observar um tatu-peba escavando o solo na caatinga. A fotografia foi obtida na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em 10 de outubro de 2010.

O fato

O tatu-peba (Euphractus sexcinctus) é um animal da caatinga que tem como característica, o consumo de raízes, pequenos insetos, larvas e frutos da caatinga. Este animal escava o solo embaixo das plantas que produze rizomas e xilopódios e os consome. No período da safra do imbuzeiro, o tatu-peba consome uma quantidade razoável de frutos que caem das plantas. Este animal também é grande consumidor de larvas e insetos que habitam o solo da caatinga. Tradicionalmente o tatu-peba é conhecido como o principal animal que escava e come os xilopódios das plantas adultas de imbuzeiro. De modo geral, a alimentação dos tatus se baseia em insetos e larvas que são encontrados no solo e, principalmente embaixo das folhas caídas ao solo.  Este animal possui hábito noturno, sendo visto raramente durante o dia. Nos dias chuvosos é visto em busca de formigas  e outros insetos que  voam após as chuvas. Na foto podemos ver um tatu-peba escavando o solo próximo ao tronco de uma planta em busca de larvas ou raízes comestíveis.

Chuva na caatinga de Pernambuco em outubro de 2010




A foto

Nesta fotografia podemos observar a ocorrência de uma chuva na caatinga. A fotografia foi obtida as 15:45 horas do dia 19 de outubro de 2010 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato


No mês de outubro, normalmente a seca é uma realidade na caatinga. Neste período a maioria das plantas está em fase de repouso com suas folhas secas esperando as primeiras chuvas, quando se recobriram de uma nova folhagem. A exceção é o imbuzeiro que já está repleto de flores neste período. Ocorrência de chuvas no mês de outubro na caatinga não é uma normalidade, todavia, tem havido algumas chuvas neste mês que contribui positivamente para o alívio da seca. No ano de 2009, as chuvas de outubro na região de Petrolina, PE alcançaram mais de 100 mm e provocaram uma transformação na paisagem da caatinga. O verde tomou o lugar do cinza e muita água ficou empoçada para o consumo dos animais. Neste ano, a seca está muito acentuada, todavia já são observadas algumas das primeiras pancadas de chuvas na região como podemos ver na foto. Essas chuvas podem contribuir para formação de pastagens para os animais que, em alguns casos já estão consumindo cactáceas como o mandacaru e juntar um pouco de água nos barreiros para matar a sede dos animais.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Os primeiros frutos do imbuzeiro no sertão



A foto

Nesta fotografia podemos observar os primeiros frutos do imbuzeiro no sertão de Pernambuco. A fotografia foi obtida no dia 8 de outubro de 2010 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

A fenologia reprodutiva do imbuzeiro na região semiárida do Estado de Pernambuco ocorre no período de julho a fevereiro, com a brotação e floração de agosto a setembro, a frutificação de outubro a novembro e os frutos maduros de dezembro a fevereiro. As ocorrências de precipitações nas diferentes fases fenológicas, embora em pequenos volumes, são muito importantes para a produção do imbuzeiro, principalmente, as chuvas que ocorrem em novembro e dezembro que contribuem para o crescimento final do fruto.  O período médio entre o início da frutificação e a maturação plena dos frutos nas safras é, em média, de 125 dias com ocorrência de frutos aos 116 dias após a fecundação em algumas plantas. Nesta fase observada na fotografia, os frutos já podem ser utilizados para a produção de imbuzada, visto que ainda estão com a acidez muito elevada, a qual é atenuada pela adição do leite. Contudo, para o consumo in natura, são necessários mais uns 30 a 45 dias de crescimento dos frutos.

Animais na sobra da baraúna na caatinga


A foto

Nesta fotografia podemos ver um rebanho de caprinos e ovinos na sombra de uma baraúna (Schinopsis brasiliensis) na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 8 de outubro de 2010 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

O estado de Pernambuco como os demais estados da região semiárida do Nordeste brasileiro, sofre com a insolação, principalmente as áreas do sertão nos meses de seca. Isso resulta em altas temperaturas durante quase todo o ano. De modo geral, são aproximadamente mais de 3000 horas anuais de insolação. Este elevado índice de insolação contribui para que as temperaturas sejam sempre altas, com médias térmicas anuais elevadas na região do sertão. No final do mês de setembro de 2010 e na primeira semana de outubro, a temperatura máxima variou de 28,4°C a 32,6°C com média climatológica de 28,4°C. Essa insolação pode causar efeitos negativos no desenvolvimento dos animais da região semiárida, principalmente sobre os caprinos que já estão sentido falta de alimentos devido à seca. As sombras das diversas árvores que existem na região podem contribuir para amenizar a temperatura do meio ambiente e dos animais, proporcionando melhores condições para os mesmos.