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domingo, 10 de fevereiro de 2013

A venda de imbu no Sertão da Bahia em 2013


As fotos

Nestas fotografias podemos observar a venda de imbu no Sertão da Bahia na safra de 2013. As fotografias foram obtidas nas comunidades de Caldeirão da Serra no município de Curaçá e Flamengo no município de Jaguarari, Bahia.







Os fatos

O extrativismo do fruto do imbuzeiro é uma das principais fontes de renda de muitos agricultores do Sertão baiano.  A principal forma de comercialização do fruto do imbuzeiro na região ainda é a venda para atravessadores que representam grandes comerciantes de Salvador, Recife e outras capitais do Nordeste ou as margens das rodovias que cruzam o sertão. Nesta forma de comercialização os atravessadores fazem um contrato verbal com os agricultores na comunidade para compra de toda a safra de imbu. O preço do saco de imbu que normalmente é comercializado por R$ 12,00. Este ano, em função da seca, o saco do imbu está sendo comercializado por R$ 30,00 ou R$ 33,00 para venda aos atravessadores. Para aqueles agricultores que trazem os frutos para as feiras livres ou para margem das rodovias, o preço é maior, pois estes vendem um litro por R$ 2,00, o que pode proporcionar uma renda de até R$100,00 por saco. A produção de frutos do imbuzeiro este ano pode ser menor que a safra 2010 e 2011 que foram de 9.804 e 9.327 toneladas, respectivamente, segundo dados do IBGE (Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, v. 26, 2011). Todavia, essa atividade garante uma renda extra para os pequenos agricultores que não tiveram praticamente nenhum lucro de lavouras em suas roças com a seca de 2012.

O processamento do imbu no Sertão da Bahia em 2013



As fotos

Nestas fotografias, podemos ver agricultoras de comunidades do Sertão da Bahia processando doce, geleia e suco de imbu. As fotos foram obtidas na safra de 2013, nos municípios de Curaçá, Uauá e Canudos, Bahia.








Os fatos

Embora a seca que atingiu a região semiárida do Nordeste tenha castigado severamente os pequenos agricultores, a safra do imbuzeiro já trouxe animo para muitos que fazem o extrativismo desta fruta. Nos municípios de Uauá, Canudos, Curaçá e outros do Sertão baiano, as fabriquetas de derivados do imbuzeiro estão a todo vapor. Em função da seca e ainda predomina em algumas regiões do Sertão, a safra está sendo menor que a do ano de 2012, porém, não faltam frutos para que os pequenos agricultores processem vários produtos derivados do fruto do imbuzeiro, tais como: doces, geleias, suco, compotas, etc. Das 16 minifábricas que fazem parte da COOPERCUC (Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos Uauá e Curaçá), poucas ainda não iniciaram o processamento. Essa atividade engloba 144 cooperados e mais de 300 famílias do Sertão da Bahia, gerando renda e ocupação de mão-de-obra no meio rural nordestino. Atualmente mais de 10 produtos são processados nessas pequenas unidades de produção com destaque para o doce em massa, a geleia e a compota de imbu. Alguns desses produtos já alcançaram o mercado externo e estão em expansão em vários estados do Brasil. Porém, o maior mercado consumidor dos produtos derivados do imbuzeiro é o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) que distribui os produtos na rede de escolas da região. Para os agricultores que fazem parte das unidades de processamento, a renda obtida com o imbu é uma garantia de sobrevivência no Sertão, mesmo em anos de seca severa.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A safra do imbuzeiro no Sertão do Nordeste em 2013



As fotos

Nestas fotografias, podemos observar agricultores da comunidade de Riacho do Sobrado no município de Casa Nova, BA, vendendo frutos do imbuzeiro na feira livre de Areia Branca em Petrolina, PE.







Os fatos

Embora a região semiárida do Nordeste tenha sofrido bastante com a seca que afetou toda a agricultura e pecuária em 2012, a safra do imbuzeiro está em pleno andamento em algumas regiões do Sertão. Neste momento, em muitas comunidades do Sertão, a colheita e venda do imbu é uma das principais fontes de renda dos agricultores. Este ano, na região do Sertão da Bahia e Pernambuco, a safra teve início na última quinzena de janeiro, isto, principalmente pela falta de chuvas nos meses de novembro e dezembro. As chuvas desses meses servem para que os frutos cresçam e já estejam maduros no final do ano. A seca de 2012 afetou severamente a produção do imbuzeiro, pois, na época das flores que vai de agosto a setembro, não existia outras plantas em floração na caatinga em função da seca e um inseto chamado “cascudo”, juntamente com as altas temperaturas provocaram grandes danos aos botões florais do imbu com reduções significativas na produção deste ano. Todavia, mesmo com a seca, mais uma vez ficou provado que o imbuzeiro tem capacidade de sobrevivência no Sertão e pode contribuir substancialmente com a renda dos agricultores da região.  O negócio com o imbu na região semiárida do Nordeste, que vai da colheita, comercialização, processamento de doces e polpas, chegam a rende mais de R$ 6 milhões ao ano para economia regional. O extrativismo do fruto do imbuzeiro é praticado nos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e na parte semiárida de Minas Gerais, sendo o Estado da Bahia o maior produtor com uma média 10.000 toneladas colhidas por ano. As irregularidades climáticas que afetaram a região Nordeste em 2012 impossibilitaram a produção de muitas culturas e a morte de muitos animais, causando perdas irrecuperáveis para os agricultores. Embora a safra deste ano seja menor, o preço que os agricultores  vem obtendo é maior que em anos de safra regular, isto é, normalmente o litro de imbu é comercializado a R$ 0,50 e neste ano é de R$ 2,00 o que pode proporcionar uma boa renda para os agricultores que realizam seu extrativismo.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Chuva, seca e esperança no Sertão de Pernambuco


As fotos


Nestas fotografias podemos observar áreas da caatinga preparadas para o plantio e agricultores plantando. As fotografias foram obtidas no Sertão de Pernambuco e do Piauí.










Os fatos


Em alguns municípios do Sertão Pernambucano, o início de janeiro foi muito promissor quanto à ocorrência de chuvas depois de um longo ano de seca severa. As chuvas encheram açudes, barreiros, barragens e cisternas. Novamente o verde da caatinga trouxe muita alegria para os agricultores, principalmente para aqueles que já tinham perdido quase todo seu rebanho de bovinos por falta de comida e água. Outros iniciaram o preparo das terras e começaram o plantio de milho e feijão na esperança de que as chuvas continuem. No município de Moreilândia choveu até o dia 31 de janeiro 274 mm, seguido pelo município de Araripina com um total de 226 mm. No município de Ouricuri e Exu a precipitação foi de 199 e 186 mm, respectivamente. Nos demais municípios houve chuvas significativas que diante da calamidade que vinham enfrentando, hoje o cenário é de muita esperança. Em função dessas chuvas, os governos de alguns estados do Nordeste iniciaram a distribuição de sementes para que os agricultores não perdessem as primeiras chuvas, pois, o plantio cedo pode garantir boa colheita. Todavia, nas duas últimas semanas, a falta de chuvas e as altas temperaturas novamente voltam a desanimar os agricultores, pois, o que germinou, não está suportando o sol forte. Por outro lado, para os animais a vegetação verde e a água acumulada nos barreiros e açudes garante sua sobrevivência por mais um período. Resta aos agricultores a fé de que nos próximos dias as chuvas definitivamente voltarão à região trazendo novamente a alegria para os sertanejos.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

As chuvas voltaram ao Sertão de Pernambuco em 2013


As fotos

Nesta fotografia podemos observar o momento de uma chuva, barreiros com água captada da chuva e plantas de sete-cascas floridas no Sertão de Pernambuco. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.





Os fatos

Na noite de 17 de janeiro de 2013, após 365 dias sem chuvas significativas no Sertão de Pernambuco, finalmente os sertanejos acordaram no dia 18 de janeiro com partes de suas cisternas e barreiros com bastante água. Para a maioria dos municípios do Sertão as chuvas desse dia foram significativas. No município de Araripina choveu 114,6 mm. No município de Exu a precipitação total foi de 101 mm, seguido pelos municípios de Moreilândia com 80 mm, Santa Filomena com 75,8 mm e Belém do São Francisco com 66,5 mm, segundo dados da  Agência Pernambucana de Águas (http://www.apac.pe.gov.br/meteorologia). Nos demais municípios do Sertão Pernambucano e do Sertão do São Francisco, as precipitações foram significativas, diante da situação de calamidade que os mesmos enfrentavam. No Campo Experimental da Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE, a precipitação foi de 80 mm.  Esse volume veio quebrar o quadro de seca severa, visto que, nesta área choveu somente 145,5 mm em todo o ano de 2012. Em 35 anos de observações, 2012 foi um dos piores anos de irregularidade de chuvas no Sertão do Nordeste. Este final de semana será de expectativa se haverá mais chuvas, todavia, muitos agricultores já iniciaram o plantio na esperança de conseguir alguma produção se ocorrer outras chuvas na região. O mais importante neste momento é que essas chuvas trouxeram um grande alívio para muitos agricultores que já tinham perdido parte dos rebanhos por falta de alimentos e sede. Agora há uma certeza de que nos próximos dias haverá pastagem para os animais e a água acumulada nos barreiros irá matar a sede dos mesmos. Contudo, o que mais alegra os sertanejos é que os especialistas em clima que só davam notícias ruins afirmando que 2013 será semelhante a 2012, eraram novamente e 2013 teve um bom início para o Sertão. 

sábado, 5 de janeiro de 2013

As cisternas de polietileno no Sertão do Nordeste



 As fotos

Nestas fotografias podemos ver algumas cisternas de plástico e o transporte das mesmas no Sertão do Nordeste. As fotografias foram obtidas em Comunidades de Pernambuco, Bahia, Piauí.






Os fatos

Embora o ano de 2012 tenha sido marcado por uma seca severa que afetou toda região semiárida do Nordeste, duas ações governamentais tiveram destaque neste ano. A primeira foi o alcance da meta de  implantação de meio milhão cisternas de placas em todo o semiárido coordenada pelo Programa Cisternas, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a segunda: o início da produção e distribuição das cisternas de plástico pelo  Ministério da Integração Nacional, com objetivo de instalar 300 mil cisternas de polietileno e 450 mil de placas de cimento até 2014. Até o final de 2012 já haviam sido instaladas 17,8 mil cisternas de polietileno no Semiárido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Embora algumas organizações sociais tenham feito severas críticas ao programa das cisternas de plástico, apenas 134 apresentaram deformações ou irregularidades de fabricação. Entre os argumentos dos críticos o mais forte é que  o governo federal vai investir R$ 1,5 bilhão na instalação de 300 mil cisternas de plástico, enquanto que esse valor gasto pelo governo corresponde a mais que o dobro do que a ASA ( Articulação no Semiárido ) gastou para construir 500 mil cisternas de placas no Semiárido até o momento. A discussão básica é que cada cisterna de plástico custa aos cofres públicos R$ 5 mil e a cisterna de placa custa R$ 2.080,00. Por outro lado, as controversas sobre a eficiência e resistência das cisternas de plástico na região semiárida do Nordeste não se sobrepõe a capacidade e o alcance que o Programa Água Para Todos do Brasil Sem miséria vem desenvolvendo. Segundo o Relatório do Tribunal de Contas da União, os problemas apresentados pelas cisternas de placas, tais como, vazamentos, contaminação da água e mau funcionamento das bombas, tem comprometido o êxito deste programa. Contudo, o grande avanço alcançado pelo Programa Água Para Todos é o acesso à água para o consumo pelas famílias que até então não tinham sido atendidas pelo P1MC nesses últimos 10 anos. Com a agilidade que o programa vem atuando, as 750 mil famílias rurais sem acesso a água de consumo será atendida até 2013. Uma das características marcante é que as famílias não ficam mais a mercê das políticas locais manipuladas pelas lideranças que escolhia quem e quando receberia uma cisterna. Hoje já é possível ver cisternas em residências recém-construídas. A pergunta que nos preocupa é se teremos carros-pipas para abastecer todas essas cisternas, visto que, a distribuição de água pelos carros-pipas em 2012 não foi suficiente para atender as necessidades dos agricultores nas mais diversas áreas dos sertões nordestinos.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Água e alimentos para os animais na seca



As fotos

Nestas fotografias podemos observar o consumo de plantas nativas da caatinga pelos animais no período de seca. As fotografias foram obtidas em áreas de caatinga de Pernambuco e da Bahia.












Os fatos

Tivemos em 2012 um dos piores anos para agricultura e pecuária dependente de chuvas nos sertões do Nordeste. As irregularidades das chuvas provocou a perda das culturas tradicionais como o milho, o feijão, a mandioca, entre outras e a morte de um grande número de animais, principalmente de bovinos. As chuvas não foram suficientes para formação de pastagens e para acumulação de água nos açudes e barreiros para os animais. Água para o consumo das famílias, embora com dificuldades, foi fornecida pelos governos Federal, estaduais e  municipais com a operação carro-pipa. Más, água para a produção de alimentos e consumo dos animais foi o grande dilema desta seca. Muitos agricultores venderam parte dos rebanhos para comprar água e alimentos para os animais restantes, porém, muitos outros perderam praticamente todo seu rebanho. Que ensinamento podemos tirar dessa seca! Nos últimos 30 anos, muitas alternativas para convivência com a seca foram desenvolvidas e/ou adaptadas por órgãos federais e estaduais para que os agricultores que habitam as regiões de maior incidência de seca pudessem superar as dificuldades da falta de chuvas. Algumas dessas alternativas como o capim buffel não foram suficientes para superar a seca, mais provocaram grande desmatamentos da caatinga com a formação de áreas de pastagens. Por outro lado, pouco ou quase nada foi realizado no sentido de conscientizar os agricultores que as plantas nativas da caatinga poderiam contribuir substancialmente para superação das dificuldades para alimentação dos animais na seca. Más, o que se viu neste ano foram cenas já bastante conhecidas dos agricultores, isto é, a utilização maciça das plantas da caatinga como única alternativa, em muitos casos, para salvar os animais. Essas plantas são o mandacaru, o xiquexique, o facheiro, a macambira, o caroá, entre outras. Mesmo com a falta de chuvas, essas plantas salvaram a vida de muitos animais na caatinga e a trajetória de muitas famílias do Sertão. Todavia, para aqueles agricultores que tiveram nas plantas da caatinga a salvação dos animais, talvez eles repensem e comecem a cultivar essas plantas para que em futuras secas suas dificuldades sejam amenizadas.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Seca e chuva na caatinga de Pernambuco


As fotos

Nestas fotografias podemos observar cenas que marcaram períodos de seca e chuvas no Sertão do Nordeste nos últimos anos. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.







Os fatos

Hoje, 30 de dezembro de 2012 é o 347 dia em que não foi registrada nenhuma precipitação no Campo Experimental da Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE.  Até o momento choveu um total de 145,5 mm. Essas chuvas ocorreram, principalmente nos meses de fevereiro, março e maio. Em fevereiro ocorreram 5 chuvas com um total de 84,4 mm. Em março só choveu dois dias no total de 19,2 mm. Em abril não foi registrada nenhuma chuva na região. No mês de maio foi registrada uma chuva de 26 mm. Em junho foram 3,9 mm em três chuvas. No mês de julho foram registrados 1,3 mm em duas chuvas. Em agosto choveu um total de 2,3 mm em duas chuvas. No mês de setembro choveu somente 0,2 mm. Por outro lado, nos 31 dias de outubro nenhuma chuva foi registrada na região. No mês de novembro choveu 8,2 mm. Essas chuvas não foram suficientes para formação de água nos açudes e barreiros e para o crescimento da pastagem para os animais. No mês de dezembro até hoje, só foi registrada uma chuva de 0,7 mm. Nos últimos 35 anos de observações, este talvez seja um dos piores anos de irregularidade de chuvas no Sertão do Nordeste. Embora se tenha notícias de que em alguns municípios do Sertão de Pernambuco choveu mais de 400 mm, como foi em Exu onde foram registrados 481,5 mm, segundo dados da Agência Pernambucana de Águas (http://www.apac.pe.gov.br/meteorologia). Se considerarmos os volumes ocorridos nos meses de janeiro (50,7), fevereiro (154,2), março (71,7), abril (5,5) e maio (89,5) no total de 371,6 mm, pode-se afirmar que nesta região as chuvas foram boas, isto é, esse volume e sua distribuição estão dentro da normalidade para esta região. O problema é: será que os nossos agricultores estão preparados para aproveitar esse volume de água, o qual é suficiente para encher cisternas e pequenos barreiros segundo cálculos de algumas entidades que atendem os agricultores no Sertão! Contudo, há inúmeros exemplos de agricultores que mesmo com está irregularidade na distribuição das chuvas, conseguiram armazenar água e alimentos para os animais. Até aqueles que plantaram com as primeiras chuvas de janeiro, ainda colheram um pouco de feijão.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A beleza da floração do flamboiã na caatinga



As fotos

Nestas fotografias podemos observar a beleza das plantas de Flamboiã na caatinga. As fotos foram obtidas em residências de agricultores em comunidades do município de Petrolina, PE.





Os fatos

A seca que castiga severamente a região semiárida do Nordeste, não tira a alegria de alguns agricultores que tem uma planta de Flamboiã em seu quintal. Essa bela árvore da família Fabaceae (Delonix regia (Bojer ex Hook.), originária das Ilhas de Madgascar que pode alcançar até 10 m de altura, parece que não está nem aí para a seca. Em muitas residências de agricultores da caatinga as plantas de flamboiã chamam atenção devido a  beleza de sua floração avermelhada. O flamboiã apresenta uma floração muito grande com cores que varia do vermelho ou alaranjado-claro.  As plantas que se encontram na caatinga tiveram o início da floração no mês de novembro e são vistas de longe. As variações climáticas da região semiárida do Nordeste proporcionam ao flamboiã uma floração abundante que não é encontrada em nenhum outro lugar. 

Aspectos da seca no Sertão de Pernambuco


As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns aspectos da caatinga neste ano de extrema seca no Sertão de Pernambuco. As fotografias foram obtidas em comunidades do município de Petrolina, PE.






Os fatos

Até hoje, 7 de dezembro de 2012, já temos mais de 325 dias em que não foi registrada nenhuma precipitação no Sertão de Pernambuco.  Até o momento choveu um total de 145,5 mm no município de Petrolina. Essas chuvas ocorreram, principalmente nos meses de fevereiro, março e maio. Em fevereiro ocorreram 5 chuvas com um total de 84,4 mm. Em março só choveu dois dias no total de 19,2 mm. Em abril não foi registrada nenhuma chuva na região. No mês de maio foi registrada uma chuva de 26 mm. Em junho foram 3,9 mm em três chuvas. No mês de julho foram registrados 1,3 mm em duas chuvas. Em agosto choveu um total de 2,3 mm em duas chuvas. No mês de setembro choveu somente 0,2 mm. Por outro lado, nos 31 dias de outubro nenhuma chuva foi registrada na região. No mês de novembro choveu 8,2 mm. Essas chuvas não foram suficientes para formação de água nos açudes e barreiros e para o crescimento da pastagem para os animais. Os criadores de bovinos são os mais afetados e já tiveram a perda de muitas cabeças. Por outro lado, os agricultores que criam caprinos, ainda não tiveram perdas com a seca. O que está dificultando a vida da maior parte dos agricultores é a obtenção de água para os animais.  Todavia, algumas pancadas de chuvas que tem ocorrido em áreas isoladas do município de Petrolina têm alterado o drama da seca, visto que, essas chuvas renovam a pastagem e juntam alguma água nos barreiros para os animais. Nessas comunidades a vegetação da caatinga já começou a se desenvolver e ser consumida pelos animais.