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quinta-feira, 24 de julho de 2014

As rolinhas-branca da caatinga

As fotos

Nestas fotografias, podemos observar um rebanho de rolinhas-branca em busca de água na caatinga.  As  fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.






Os fatos


Entre as aves da caatinga nordestina, nenhuma é mais conhecida do que as rolinhas. Há uma infinidade de espécies de rolinhas, contudo na caatinga as mais conhecidas são a rolinha-cafofa, a rolinha-caldo-de-feijão, a rolinha-cascavel, a rolinha-azul e a rolinha-branca. Essas aves pertencem à família Columbidae  que pode ser encontrada em muitas regiões do mundo. A rolinha-branca é uma das mais numerosas na caatinga. O que chama a atenção das rolinhas é que elas são de modo geral consideradas aves preguiçosas, isto é, faz seu ninho sem muito capricho. Basta juntar um pouco de gravetos e logo vão colocando os ovos. Tem um detalhe interessante, muitas rolinhas repetem sua postura em um mesmo ninho por muitas vezes. Já vimos ninhos com mais de 5 camadas que são formadas pelas fezes dos filhotes. Nos locais onde existe água, as rolinhas-branca são as predominantes e sempre chegam em rebanhos para beber água, como podemos ver nas fotografias.

domingo, 20 de julho de 2014

A visão noturna dos animais da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns animais da caatinga que buscam na noite uma alternativa para procura de alimentos, fugindo da perseguição dos caçadores. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.

Os fatos


 A tempos era muito fácil observar um veado catingueiro (Mazama gouazoupira) durante o dia. Todavia, a caça indiscriminada tem sido responsável pelo desaparecimento deste animal em algumas áreas de caatinga do Nordeste. Para fugir dos caçadores o veado catingueiro busca alimentos e água a noite.
Veado na caatinga à noite

 A raposa (Dusicyon thous) é outro animal que dificilmente é observado no período diurno. Normalmente quando se ver uma raposa durante o dia, fala-se que é uma raposa doida. Já  durante a noite, as raposas são observadas facilmente na caatinga.

Raposas na caatinga à noite

O caititu ou cateto (Tayassu tajacu) é um porco-do-mato que vivem nas áreas de caatinga nativa do Nordeste, que se alimenta regularmente durante o dia, porém em função da presença de caçadores em seus habitats, esses animais estão cada vez mais optando pelo período noturno para procurar alimentos.
Caititus na caatinga à noite


O guaxinim (Procyon cancrivous) é um dos animais mais difícil de ser observado durante o dia, porém, à noite o guaxinim é observado facilmente na proximidade de lagoas ou de áreas com plantios de fruteiras, onde eles buscam alimentos. Esses animais têm sido vítimas constantemente de atropelamento nas estradas e rodovias que cortam a caatinga.

O guaxinim na noite da caatinga

O tatu-peba  (Euphractus sexcinctus) é um animal de hábitos noturnos. Contudo, os caçadores saem à noite com cachorros para caçar o tatu. Isso tem levado ao fato de que hoje é mais fácil encontrar um tatu-peba durante o dia do que a noite.
O tatu-peba na noite da caatinga

A coruja buraqueira (Athene cunicularia)  tem sua presença marcada nas noites nordestinas, contudo, geralmente ela pode ser vista durante o dia próxima ao ninho. Talvez, a coruja seja uma das aves da caatinga que ainda não é perseguida pelos caçadores.
Corujas buraqueiras bebendo água à noite


Um pequeno animal de hábitos diurno que hoje só é visto a noite é a pequena cotia da caatinga (Dasyprocta aguti). Esse animal tem sido caçado severamente e encontra-se em risco de extinção em muitas áreas da caatinga nordestina.
A cotia na noite da caatinga

Outro animal de hábito noturno que raramente é observado durante o dia é o pequeno gato do mato (Leopardus Tigrinus). Esse animal, semelhante ao guaxinim é encontrado morto às margens das rodovias que cortam a região da caatinga. Os caçadores matam o gato do mato para vender sua bela pele.
O pequeno gato do mato na noite da caatinga

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A bela siriema da caatinga

As fotos

Nestas fotografias, podemos observar algumas  siriemas na caatinga. As fotografias foram obtidas na Caatinga do município de Petrolina, PE.





Os fatos


A siriema (Cariama cristata) ou sariema são da família Cariamidae da ordem Gruiformes. São aves de médio porte, de hábitos terrestres, que preferem correr a voar. Na caatinga seu vôo é raridade, esta ave só voa quando esta sob ameaça. A presença das siriemas é notada pelo seu canto. As siriemas alimentam-se, preferêncialmente de insetos e pequenas cobras e lagartos da caatinga. O grupo de siriemas é formado por casais e algumas vezes por um filhote. Seu ninho, geralmente é feito no alto das árvores. Na caatinga, sempre encontramos ninhos de siriemas nos pontos mais altos dos imbuzeiros. Geralmente a siriema põem até dois ovos, porém às vezes nasce apenas um filhote. No período de seca as siriemas se aproximam das áreas cultivadas em busca de água e alimentos. Em algumas comunidades estas aves chegam ao terreiro das residências em busca de água. Embora sejam aves de pouca carne, as siriemas têm sido caçadas sistematicamente no semiárido nordestino. Essa ação das populações rurais pode levar esta espécie à extinção. Todavia, não há estudos que comprovem que essa espécie está ameaçada de extinção, porém sua presença na caatinga tem sido cada vez menor. 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A beleza dos gaviões da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar algumas das aves de rapina da caatinga. São vários gaviões em busca de água para beber. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.





Os fatos


As aves de rapina da caatinga são predominantemente, os gaviões. São inúmeras especeis de gaviões que podemos encontrar nas caatingas do Nordeste. O destaque é para o gavião-carijó (Rupornis magnirostris) é uma das mais belas aves de rapina da caatinga nordestina. Essa ave pode chegar a mais de 40 cm de comprimento com uma plumagem belíssima variando de cinza a marrom e um azul escuro. No peito as listas marrons e brancas dão um tom de beleza inigualável. Os gaviões alimentam-se de pequenos vertebrados e tudo que consegue caçar quando estão com fome. Embora tenham várias espécies na caatinga, os gaviões não são muitos com facilidade. Todavia, a busca de água para beber tem sido uma constante dos gaviões o que possibilita a visão dos mesmos na caatinga.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

O caititu na caatinga do Nordeste

As fotos

Nestas fotografias podemos observar o caititu na caatinga. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE. 







Os fatos

A grande diversidade de animais que encontramos na caatinga nordestina torna esse bioma impar, quando comparado a outras regiões secas do mundo. Temos um grande número de animais, totalizando, aproximadamente 1.081 espécies, sendo: 156 de mamíferos; 510 de aves; 119 de répteis; 56 de anfíbios e 240 de peixes. Esse total, ainda cresce com o descobrimento de novas espécies, a cada instante que se estuda com mais rigor a fauna da caatinga. Para maioria dessas espécies, a sobreviver e reprodução, são fases críticas, em função das irregularidades climáticas que afetam a região de caatinga do Nordeste, principalmente para aquelas que dependem de água em ambulância para sua sobrevivência. Outra grande ameaça é a caça indiscriminada que é realizada pelos habitantes das zonas urbanas e rurais. Não é só o homem da caatinga que caça os animais, há no Nordeste uma tradição de caça, onde os habitantes da zona urbana e com poder aquisitivo maior que o pequeno agricultor, adentra a caatinga para matar os animais e consumir. Outro fator é o apelo para o consumo da carne de algumas espécies, principalmente, do veado e do caititu, que são abatidos e comercializados em feiras-livres. Contudo, mesmo diante dessas ameaças algumas espécies conseguem sobreviver e se reproduzir, como o caititu da caatinga.

sábado, 17 de maio de 2014

A sobrevivência do veado-catingueiro na caatinga do Nordeste

A foto

Nesta fotografia podemos observar um belo exemplar de um veado-catingueiro em uma área de caatinga. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE.



Os fatos

Muito se tem reclamado das secas no Sertão do Nordeste, principalmente pela mortandade dos animais domésticos, principalmente de bovinos, ovinos e caprinos. Por outro lado, temos uma fauna rica em espécies que sobrevivem a essas calamidades quase que sem sofrer quaisquer danos. Uma dessas espécies é o veado-catingueiro (Mazama gouazoubira).  Sua maior ameaça é a caça indiscriminada. O veado-catingueiro é uma espécie de pequeno porte de ocorrência em todo o território nacional, contudo em algumas regiões do Brasil, principalmente no Nordeste, essa espécie vem a cada dia sendo pouco observada.  Essa espécie ocorre em diferentes tipos de vegetação, como florestas, savanas, matas e áreas de cerrado e caatinga. Nas caatingas do Nordeste o veado-catingueiro prefere as áreas de formação de pastagens, onde se alimenta de brotos, gramíneas e leguminosas da caatinga, principalmente dos frutos, além do consumo das cactáceas no período de seca. O veado-catingueiro alimentou-se, basicamente de mandacaru, xiquexique e outros pequenos cactos da caatinga como o rabo de raposa, o caroá, etc. Não há registro de que as secas tenham afetado esses animais, visto que, eles só consomem água se encontra disponível, caso contrário, obtém a água que precisa das plantas da caatinga. Enquanto nossos criadores de caprinos e ovinos do Sertão vêm a cada dia alterando a genética de seus rebanhos com raças importadas, pouco adaptadas a nossas condições, o veado-catingueiro continua firme e forte na conivência com a seca. Infelizmente não temos estudos onde as características de rusticidade desses animais possam ser repassadas para os nossos rebanhos capacitando-os as adversidades climáticas da região. Nada ou quase nada mudou da colonização até agora, isto é, os colonizadores pouco tiveram interesse pela fauna do Sertão, mais priorizaram a introdução de espécies exóticas, como o caprino. Hoje, o que temos é a continuidade dessa politica com a introdução constante de novas raças de caprinos e ovinos para os Sertões do Nordeste. Assim, uma pergunta fica sem resposta, se o veado consegue sobreviver às secas sucessivas do Nordeste, porque nossos criadores tem que esperar a mão protetora do Estado para salvar seus rebanhos no período de seca?

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Crescimento do imbuzeiro aos 16 anos

As fotos

Nestas fotografias podemos observar as fases do estudo do crescimento de uma planta de imbuzeiro com 16 anos de idade. As fotografias foram obtidas no Campo Experimental da Embrapa Semiárido, Petrolina, PE em abril de 2014.





Os fatos


Embora o imbuzeiro seja uma planta nativa da caatinga de grande importância para os pequenos agricultores da região semiárida do Nordeste, poucos estudos têm sido realizados no sentido se obter maior conhecimento desta planta. Neste sentido, estamos realizando uma pesquisa para obtenção de maiores conhecimentos sobre o desenvolvimento do imbuzeiro no Sertão de Pernambuco. Os estudos estão sendo realizados no Campo Experimental da Embrapa Semiárido em Petrolina, PE, cujo objetivo é conhecer os detalhes de crescimento do imbuzeiro do primeiro ano até 20 anos. Para realização deste estudo, foram plantadas 200 plantas de imbuzeiro em uma área de caatinga, onde a cada ano são eliminadas 10 plantas para realização dos estudos. Neste ano foram avaliadas plantas com idade de 16 anos. Os resultados obtidos aos 16 anos foram os seguintes: altura média das plantas 2,79 m; o diâmetro basal do caule ao nível do solo foi de 12,78 cm. A circunferência do caule ao nível do solo foi de 41,13 cm. A altura média da copa foi de 2,28 m. O maior e o menor diâmetro da copa foram de 9,17 e 7,83 m, respectivamente. As raízes horizontais e verticais mediram, em média, 11,03 e 1,74 m, respectivamente.  O maior diâmetro das raízes foi de 9,31 cm. As plantas apresentavam, em média, 19 raízes principais. O peso médio das folhas verde foi de 31,17 kg. Os galhos pesaram, em média, 151,74 kg com volume de 129,9 cm-3. O peso verde das raízes foi de 27,88 kg com volume de 26,9 cm-3. Foram encontrados, em média, 1108 xilopódios por planta. O peso médio dos xilopódios por planta foi de 300,25 kg. O maior xilopódio com comprimento de 36,48 cm e diâmetro de 17,59 cm pesou 2,78 kg. Já o menor xilopódio apresentava um comprimento de 1,03 cm e diâmetro de 0,85 cm com peso de 0,57 g. Aos 16 anos de crescimento as plantas produziram em média, 1116 frutos com peso médio de 17,31 g e peso  total de 19,31 kg.

terça-feira, 22 de abril de 2014

As cobras do bem e do mal na caatinga nordestina

 As fotos

Nestas fotografias podemos observar algumas serpentes da caatinga. A cascavel considerada uma das mais perigosas e a salamanta que faz parte das serpentes não peçonhentas da caatinga. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.









Entre as serpentes da caatinga, nenhuma é mais temida do que a cascavel (Crotalus durrissus terrifucus). Essa serpente tem uma fama terrível entre os moradores da caatinga, sendo conhecida como a cobra da morte, pois nada escapa a sua picada. A cascavel mata animais e pessoas que não conseguem chegar até cidade para tomar o soro antiofídico. A cascavel tem uma característica marcante que é o barulho do seu chocalho na cauda. Se os animais e as pessoas conseguirem ouvir o barulho a tempo podem evitar sua picada. Normalmente ela aciona esse mecanismo quando sente a presença de algo que causa ameaça para ela. Há informações que quanto mais jovens, mais perigosa é a cobra cascavel.
Por outro lado, a salamanta (Epicrates cenchria assisi) também conhecida como cobra de veado ou jiboia é uma bela espécie que povoa a caatinga e não é tão temida pela população. A salamanta é uma das serpentes mais encontradas nas caatingas do Nordeste. Algumas podem alcançar até 5 metros de comprimento. Sua alimentação é composta de pequenos mamíferos, aves e repteis. Embora seu habitat preferido seja a  floresta úmida, a savana, os mangais, a salamanta é encontrada nas áreas  mais secas da caatinga. Este animal não causa risco para os agricultores, contudo pode atacar as criações de galinhas e os caprinos recém nascidos. Quando pega uma presa como um filhote de caprino ou ovino, a salamanta se enrola nela e aperta o animal, até que ele cessa todos os movimentos e engole o animal inteiro.



segunda-feira, 21 de abril de 2014

A beleza da fauna da caatinga

Embora a caatinga da região semiárida do Nordeste venha sofrendo danos pela degradação provocada pela ação humana e pelas secas agravadas com as mudanças climáticas, ainda é possível vislumbra a beleza de sua fauna. São inúmeros animais que proporcionam espetáculos de beleza como, o caititu, o veado catingueiro, a raposa, o guará, a seriema, o sagui, entre outros.  


O veado catingueiro

A visão de um veado catingueiro (Mazama gouazoupira) é deslumbrante. Raramente este animal é visto na caatinga. A caça indiscriminada desta espécie, esta colocando este animal na lista de espécies em extinção no semiárido. O veado alimenta-se principalmente de brotos, gramíneas e leguminosas da caatinga. O fruto do imbuzeiro é muito consumido por esses animais. Um detalhe muito interessante é que o macho sempre anda só. Normalmente, a fêmea anda com um filhote. Sua pelagem é marrom-acinzentada com o ventre mais claro. Uma característica dos veados é uma pinta branca acima dos olhos.


O sagui

Entre os animais da caatinga, um dos mais populares é o sagui (Callithrix penicillata). Este pequeno primata vive em toda região do semiárido, principalmente nas áreas de caatinga densa. São animais dóceis que se aproximam muito das áreas habitadas em busca de alimentos. Essa espécie é arborícola, insetívora e frugívora. Comem frutas, flores, folhas, insetos e pequenos animais, além das gomas que exsudam de algumas plantas da caatinga. No Sertão o sagui tem diversos nomes: sagui, saguim, sauim, soim, sonhim, etc. Muitos agricultores capturam os filhotes de sagui e criam como animais de estimação em suas casas. Uma das principais características do sagui é transportar os filhotes nas costas. Os saguis da caatinga tem uma grande importância na dispersão de sementes de muitas plantas da caatinga, visto que se alimentam de frutos sem danificar a semente.


A  raposa

A raposa (Dusicyon thous) é um pequeno mamífero da caatinga que se alimenta basicamente de pequenos animais, frutos e insetos. No Nordeste brasileiro, a seca que assola a região semiárida no período de agosto a janeiro, não afeta só a população rural, más também os animais silvestres. Entre estes animais, encontramos as raposas, que buscam alimentos fugindo da seca, principalmente nas rodovias onde são atropeladas a noite na busca de alimentos. No período de seca, facilmente vemos as raposas nas estradas e veredas. Outro momento para se ver as raposas é quando ocorre chuvas diurnas nos meses de outubro a novembro. Após as chuvas, as raposas saem de suas tocas em busca de alimentos. O melhor local para observação noturna das raposas é embaixo da copa dos imbuzeiros na época da safra.


O caititu

Os caititus ou catetos (Tayassu tajacu) são porcos-do-mato que vivem nas áreas de caatinga nativa do Nordeste em grupos de 6 a 12 indivíduos. Em uma área de caatinga do município de Petrolina já foi observado um grupo com 22 caititus. Algumas vezes foi observada uma fêmea com dois filhotes. Na caatinga os caititus andam em trilhas e alimentam-se nas bordaduras. O caititu alimenta-se de frutos e das raízes das plantas da caatinga, principalmente do caroá e da maniçoba e da faveleira. Em um estudo sobre a alimentação destes animais, foi observado que no período chuvoso, o caititu da preferência aos frutos da época e a medida que a seca vai começando, os animais passam a consumir as raízes da maniçoba, da favela e do caroá. Embora estes animais sejam caçados em toda região para consumo da carne e venda da pele, ainda é possível encontrar áreas de caatinga nativa com bandos de caititus.


A seriema

A seriema (Cariama cristata) ou siriema é da família Cariamidae da ordem Gruiformes. São aves de médio porte, de hábitos terrestres, que preferem correr a voar. Na caatinga seu vôo é raridade, esta ave só voa quando esta sob ameaça. As seriemas alimentam-se, preferencialmente de insetos e pequenas cobras e lagartos da caatinga. O grupo de seriemas é formado por casais e algumas vezes por um filhote. Seu ninho, geralmente é feito no alto das árvores. Na caatinga, sempre encontramos ninhos de seriemas nos pontos mais altos dos imbuzeiro. Geralmente a seriema põem até dois ovos, porém muitas vezes nasce apenas um filhote.


O guaxinim

Dos animais encontrados na caatinga, um dos mais difíceis de ser observado é o guaxinim (Procyon cancrivous). Também conhecido como guará, mao-pelada, etc., esse animal pertencente a família dos pequenos mamíferos da caatinga. É uma animal carnívoro que tem como fonte de alimentação, frutos da caatinga, rãs e pequenos peixes nas lagoas, riachos e açudes do Sertão. Outra fonte de alimento do guaxinim são os insetos da caatinga. 

quinta-feira, 13 de março de 2014

Os animais da caatinga e o imbuzeiro

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns caititus com filhotes consumindo frutos do imbuzeiro na caatinga.  Também foram observados veados, raposas e tatus. As fotografias foram obtidas no período diurno e noturno em uma área de caatinga do município de Petrolina, PE.







Os fatos


Embora a seca tenha castigado o Sertão do Nordeste nos últimos dois anos, o imbuzeiro ainda sobrevive e produz bastante frutos que servem de alimentos para muitos animais nativos da caatinga. Entre esses animais destacam-se o caititu, o veado catingueiro, a raposa e o tatu peba. A safra do imbuzeiro é um momento singular para a fauna da caatinga com a grande oferta de frutos, mesmo em anos de seca. De modo geral, uma planta adulta de imbuzeiro pode produzir até 300 kg de frutos, equivalentes a 11.200 frutos com peso médio de 26,52 g, em uma safra considerada normal. Esses frutos são consumidos por muitos animais da caatinga, principalmente pelo caititu, pelo veado, raposa, tatu peba, entre outros. Neste período da safra do imbuzeiro é possível observar rebanhos de caititus com filhotes consumindo os frutos do imbuzeiro. Embora o período de consumo seja  preferencialmente à noite para fugir dos caçadores, ainda são vistos alguns animais no período diurno.