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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Chuvas e enchentes no Sertão de Pernambuco

As fotos
Nestas fotografias podemos observar grande volume de água escoando em riachos da caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.








Os fatos



Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima – APAC, a previsão para o trimestre janeiro-fevereiro-março de 2016 em Pernambuco era a seguinte: “A previsão para o próximo trimestre é de chuvas abaixo da média em todas as regiões do estado de Pernambuco, principalmente para o Sertão, que terá a sua quadra chuvosa prejudicada, isto também acarreta temperaturas acima da média. Essa situação é consequência da subsidência do ar devido ao fenômeno El Niño. Portanto, recomenda-se o acompanhamento diário das previsões do tempo realizadas pela APAC e as emissões de relatórios e informes com a situação para todo o estado”. Essa previsão foi de água a baixo. O inicio de 2016 vem com um bom começo para a região do Sertão de Pernambuco com a ocorrência de chuvas em vários municípios. No município de Petrolina, PE o ano de 2015 fechou com um total de 296,7 mm. Considerando que nossa média em uma série de 34 anos de 1982 a 2014 é de 515,4 mm. Esse total está abaixo da média. Em 2012 choveu um total de 147,5 mm, seguido por 2013 com 351,7 mm e 2014 com 354,4 mm. Como sempre ocorrem chuvas ate o final de dezembro, a esperança dos sertanejos ainda permaneceu.  Dezembro de 2015 choveu um total de 41,7 mm. Essas chuvas embora em volume pequeno deram início a mudança na região com o surgimento de uma nova cobertura vegetal na caatinga. Neste começo de ano tivemos até o momento 10 eventos de chuvas com um total de 233,1 mm.  Quase tudo que choveu em 2015. No dia 6 de janeiro de 2016 chuvas significativas em vários municípios da região do Sertão de Pernambuco. Em Petrolina, choveu 34,4 mm. Em Orocó choveu 42,6 mm. Em Cabrobó choveu 36,8 mm e em Lagoa Grande um total de 25,8 mm. No dia 8 de janeiro de 2016 foram registrados 170 mm no município de Verdejante na Mesorregião do Sertão de Pernambuco. Esse volume é muito significativo para o mês de janeiro, considerado de pouca chuva na região. Segundo dados do  monitoramento da chuva no Campo Experimental de Bebedouro no município de Petrolina, PE que teve início em 1963, divulgados pela Dra. Magna Soelma B. de Moura, os totais pluviométricos do mês de janeiro do período de 1963 a 2016 demonstram que há uma grande probabilidade que o mês de janeiro ocorram chuvas significativas na região. Embora existam anos em que não foram verificadas chuvas no mês de janeiro, em outros como 2004 o total de janeiro alcançou valores igual a 451,3 mm. Somente em cinco anos (1985, 1992, 2002, 2004 e 2016) a chuva acumulada no mês de janeiro foi superior a 200 mm. Até a presente data, o mês de janeiro já contabiliza 215,6 mm, destacando-se como o quarto mais chuvoso desde que se realiza o monitoramento no Campo Experimental de Bebedouro. No Campo Experimental da Caatinga no mês de janeiro as chuvas foram distribuídas assim: no dia 5 de janeiro choveu 2,0 mm; no dia 7 choveu 57,5 mm; no dia 8 choveu 37,4 mm; no dia 9 choveu 1,5 mm; no dia 14 choveu 3,5 mm; no dia 16 choveu 7,5 mm; no dia 17 choveu 6,0 mm; no dia 18 choveu 9,7 mm; no dia 21 choveu 12,5 mm e no dia 22 um total de 95,5 mm, totalizando 233,1 mm até o presente.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

As chuvas de janeiro de 2016 no Sertão de Pernambuco

As fotos

Nestas fotografias podemos observar a ocorrência de uma forte chuva na caatinga do município de Petrolina. As fotografias foram obtidas por Dra. Magna Soelma B. de Moura no município de Petrolina, PE.








Os fatos



O inicio de 2016 vem com um bom começo para a região do Sertão de Pernambuco com a ocorrência de chuvas em vários municípios. No município de Petrolina, PE o ano de 2015 fechou com um total de 254,5 mm. Considerando que nossa média em uma série de 34 anos de 1982 a 2014 é de 515,4 mm. Esse total está abaixo da média. Em 2012 choveu um total de 147,5 mm, seguido por 2013 com 351,7 mm e 2014 com 354,4 mm. Como sempre ocorrem chuvas ate o final de dezembro, a esperança dos sertanejos ainda permaneceu.  Dezembro de 2015 choveu um total de 31,7 mm, sendo 20,5 mm no dia 6; 1,1 mm no dia 19; 1,9 mm no dia  e 8,1 mm no dia 29. Essas chuvas embora em volume pequeno deu inicio da mudança na região com o surgimento de uma nova cobertura vegetal na caatinga. Neste começo de ano tivemos no dia 6 de janeiro de 2016 chuvas significativas em vários municípios da região do Sertão de Pernambuco. Em Petrolina, choveu 34,4 mm. Em Orocó choveu 42,6 mm. Em Cabrobó choveu 36,8 mm e em Lagoa Grande um total de 25,8 mm. No dia 8 de janeiro de 2016 foram registrados 170 mm no município de Verdejante na Mesorregião do Sertão de Pernambuco. Esse volume é  muito significativo para o mês de janeiro, considerado de pouca chuva na região.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

As primeiras chuvas no Sertão de Pernambuco e as flores da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar as flores da caatinga, após uma chuva. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.













Os fatos


No Sertão de Pernambuco, a seca começa a perde força com a ocorrência de algumas chuvas em diversas áreas do sertão. De janeiro até hoje, são mais de 300 dias sem chuvas. Nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro, não foi registrada nenhuma precipitação na caatinga. No total, são 285,2 mm, sendo 129,7 mm só no mês de abril. Neste início de dezembro, as primeiras chuvas trazem uma nova esperança parta os sertanejos. Há relatos que em algumas comunidades as chuvas encheram os barreiros e pequenos açudes. Nestes locais foram registrados mais de 60 mm nas chuvas do dia 6 de dezembro. A caatinga tem uma capacidade ímpar na recuperação da vegetação totalmente seca e dá uma resposta espetacular com uma grande diversidade de flores logo após as primeiras chuvas. Essa renovação da vegetação tem importância grande para o bioma caatinga, principalmente para alimentação de pássaros, abelhas e outros animais da caatinga que enfrentavam uma restrição severa de falta de alimentos no período de seca.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Os animais da caatinga e a seca

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns aspectos da seca e os animais silvestres da caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.














Os fatos

A seca que assola o Sertão do Nordeste neste ano tem causado danos severos para a fauna a flora da região, todavia, as plantas e os animais ainda conseguem superar as dificuldades e manter seus ciclos de reprodução. O imbuzeiro já está com bastantes flores, a faveleira e outras plantas, também estão iniciando seu ciclo fenológico, o que garante flores e frutos no próximo ano. Do mesmo modo, algumas espécies de animais estão aparecendo com filhotes, o que indica, mesmo com toda adversidades das altas temperaturas que a vida continua na caatinga. Até o momento são mais de 300 dias sem chuvas com temperaturas elevadíssimas. A fauna e flora da caatinga considerada como adaptadas às irregularidades climáticas, estão demonstrando que a vida ainda continua no sertão

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Mais de 300 dias sem chuvas no Sertão de Pernambuco

As fotos
Nestas fotografias podemos observar algumas nuvens no Sertão do Nordeste. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.

















Os fatos


No município de Petrolina, PE até hoje, 20 de novembro de 2015, choveu um total de 254,5 mm. Considerando que nossa média em uma série de 34 anos de 1982 a 2014 é de 515,4 mm. Esse total está abaixo da média. Em 2012 choveu um total de 147,5 mm, seguido por 2013 com 351,7 mm e 2014 com 354,4 mm. Mesmo assim, ainda acreditamos que ate o final de dezembro as chuvas aconteça com mais regularidade. São até hoje 302 dias sem qualquer chuva. É praticamente impossível para sobrevivência da fauna e flora da região. As temperaturas, ao sol, passam dos 40 graus. A sensação de calor é insuportável. Dos 31 dias de janeiro choveu somente durante 3 dias num total de 20 mm. Dos 28 dias do mês de fevereiro, choveu 2 dias, no total de 16,1 mm. O mês de março, até então, considerado como o mais chuvoso da região, choveu somente 4 dias com 44,1 mm e 27 dias sem chuvas. Por outro lado, no mês de abril, choveu 6 dias com 129,7 mm. Esse valor representa mais da metade de toda chuva que tivemos até agora. No mês de maio, foram registrados 4 eventos de chuvas com um total de 27 mm e 27 dias sem chuvas. Nos meses de junho foram 30 dias sem chuvas. Já no mês de julho foram registrados 2 eventos de chuvas com um total de 17,1 mm. No mês de agosto choveu apenas 0,5 mm. Neste mês de setembro foram 30 dias sem chuvas. Em outubro, mais 31 dias sem qualquer precipitação. No mês de novembro, estamos a 20 dias sem chuvas.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

A floração do mulungu na caatinga

As fotos

Nestas fotografias, podemos observar a beleza da flor do mulungu. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.





















Os fatos


Nos meses de setembro e outubro a caatinga apresenta uma coloração bela com a floração do mulungu. O mulungu (Corallodendron mulungu (Martius) Kuntze Erythrina flammea Herzog, Erythrina mulungu Mart. ex Benth.) da Família Fabaceae - Papilionoideae é uma árvore que compõem a flora medicinal brasileira. Essa planta recebe diversos nomes, tais como, amansa-senhor, capa-homem,canivete, corticeira, bico-de-papagaio, eritrina. O mulungu é uma das belas árvores que ocorre nas baixadas e vales da caatinga. Suas flores têm a predominância da cor laranja e vermelha e são muita visitadas por insetos e pássaros, principalmente pelo currupião que é uma das mais belas aves da caatinga. O mulungu é bastante utilizado na medicina caseira para estabilizar o sistema nervoso central, como antioxidante, como tonificante e para auxiliar na redução da tensão arterial. Por ser uma árvore de madeira leve é muito utilizado também para produção de cochos ou gamelas pelos agricultores do sertão. Em alguns municípios da zona da mata pernambucana, a madeira do mulungu é utilizada pelos mamolengueiros na confecção de bonecos. Essa atividade embora importante na vida dos agricultores possa levar esta planta à extinção. A flor do mulungu é de uma beleza impar e os pássaros alimentando-se, tanto do nectar das flores como tambem dos insetos que para as mesmas são atraidos, principalmente as abelhas de variadas espécies, especialmente as do arapuá. Mas a beleza maior é a variedade de pássaros, tais como colibris de múltiplas qualidades, corrupiões, galos de campinas, chofreus pretos, sanhaços e mais uma infinidade de dificil definição.