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sexta-feira, 1 de abril de 2016

A reprodução do corrupião na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar um ninho de corrupião ou concriz com filhotes As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.












Os fatos


O corrupião é uma das mais belas aves da caatinga. Seu canto é muito bonito e esta ave apresenta uma característica interessante que é a imitação do canto de outros pássaros da caatinga. No período das chuvas, de janeiro a abril, o sofrê faz seu ninho e inicia a reprodução. Normalmente o corrupião faz seu ninho próximo ao local onde se alimenta. Sua alimentação é constituída basicamente por frutos e sementes da caatinga. Quando da frutificação do mandacaru e facheiro, essas aves consomem bastante frutos dessas espécies. Na época de floração de algumas espécies da caatinga, o corrupião busca alimentos nas flores, principalmente do mulungu. O corrupião é considerado muito preguiçoso para fazer seu ninho. Na época do acasalamento, eles põem os ovos em qualquer ninho abandonado ou em uso por outra ave. 

A reprodução do marreco na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar um casal de marrecos com filhotes em uma lagoa da caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.













Os fatos


No Sertão de Pernambuco, quando acontecem as primeiras chuvas, muita água é acumulada em açudes, barreiros e barragens da caatinga. Neste período, os marrecos migram para essas pequenas lagoas para o acasalamento e reprodução. Logos após as chuvas, um ou dois dias, aparecem alguns rebanhos de marrecos nas lagoas. La os casais separam-se do bando e iniciam a postura. Um fato curioso é que, normalmente, quando a lagoa é pequena, fica apenas um casal. Eles fazem o ninho a uma boa distancia da lagoa, entre 20 a 50 metros. São muitos ovos. A fêmea fica chocando os ovos e o macho na lagoa. Quando os filhotes nascem, a fêmea os leva para a água no período diurno. Ao anoitecer, o casal com os filhotes saem da lagoa e voltam para o local do ninho, visto que, na lagoa a noite ocorre a presença de muitos predadores. Todavia, o maior predador dessas aves ainda é o homem. Os caçadores durante o dia e muitas vezes a noite vão às lagoas e abatem com tiros os marrecos adultos, deixando os filhotes.

terça-feira, 15 de março de 2016

A reprodução do nambu na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns aspectos da reprodução do nambu na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.















Os fatos


A reprodução do nambu ou inhambu-chintã (Crypturellus parvirostris) ainda é pouco desconhecida, visto que essa ave é muito arisca e dificilmente vista na caatinga. A reprodução do nambu ocorre principalmente no período de chuvas, isto é, de janeiro a março. Nesta época a caatinga está com sua vegetação densa e o nambu aproveita as pequenas moitas verdes de marmeleiro para fazer seu ninho. O ninho do nambu é pouco trabalhado, na verdade ele juntas pequenos galhos secos do solo e forma o ninho. De modo geral o nambu põe cinco ovos. Como o ninho é no chão, muitas vezes é facilmente achado pelos animais que consomem os ovos. Todavia, o nambu tem algumas artimanhas para engana os predadores, como a cobertura do ninho com folhas secas. Assim, toda vez que a fêmea sai do ninho, ela coloca uma boa quantidade de folhas sobre os ovos o que dificulta sua visualização. Segundo os moradores da caatinga, dificilmente se ver filhotes de nambu no ninho. Isso ocorre normalmente porque o nascimento acontece a noite e pela manha os filhotes saem do ninho com a mãe para caminhar na caatinga. O detalhe e que a mãe não volta mais para o local do ninho. Mais ela e vista com os filhotes procurando comida no chão da caatinga.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Animais da caatinga em busca de frutos do imbuzeiro

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns animais da caatinga em busca de frutos do imbuzeiro para consumo. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.








Os fatos


No Sertão de Pernambuco, a fenologia reprodutiva do imbuzeiro tem início nos meses de agosto e setembro com o início da floração. No ano passado as plantas de imbuzeiro apresentaram poucas flores, em função das irregularidades das chuvas. Nas plantas onde ocorreu floração, essa foi severamente atacada pelos pássaros e insetos, visto que, no período da floração do imbuzeiro, suas flores são as únicas opções para insetos e pássaros da caatinga. Em algumas plantas a floração é totalmente danificada o que provoca um atraso na ocorrência da safra no ano seguinte. O imbuzeiro, mesmo em anos de seca severa ainda consegue produzir frutos que são consumidos pelos animais da caatinga, tais como o caititu, o veado catingueiro, a raposa e muitos pássaros. Na época da safra do imbuzeiro, os frutos são a base da cadeia alimentar desses animais. Diante disso, esta havendo um atraso na frutificação do imbuzeiro no Sertão e os animais silvestres já estão se deslocando na caatinga em busca das plantas com frutos. 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

A reprodução da juriti na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar a juriti no ninho. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.









Os fatos


No Sertão do Nordeste, o canto da juriti é um dos sons marcante da caatinga. A juriti com sua plumagem marrom-claro vivem constantemente no solo, quando pessoas ou animais se aproximam, elas voam e logo voltam ao solo. No solo as juritis alimentam-se basicamente de sementes. A reprodução das juritis no Sertão do Nordeste ocorre nos meses de janeiro a abril, período de ocorrência de chuvas, quando a vegetação está muito verde. A juriti é preguiçosa na formação do ninho, isto é, ela junta poucos galhos no solo, leva para cima de uma arvore e forma o ninho. Essa forma de reprodução é muito vulnerável, principalmente pelo ataque das aves predadoras como o cancão. Embora se diga que a juriti seja uma ave solitária, muitas juritis são vistas no solo quando há comida e nos locais para beber água. Em cada três ninhos de juriti, dois são danificados pelos pássaros predadores, o que pode está reduzindo sua população na caatinga do Nordeste.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Água de chuvas no semiárido do Nordeste

As fotos

Nestas fotografias podemos observar as consequências das chuvas nos rios, barragens e riachos na caatinga do município de Petrolina, PE.










Os fatos


Segundo o Dr. Aldo da C. Rebouças, a semelhança de outras regiões semiáridas do mundo, o semiárido brasileiro apresenta solos rasos e pedregosos, com baixa capacidade de retenção de água. Por outro lado, registra uma precipitação anual, em torno de 700 bilhões de m³ de água. Desse total, cerca de 642 bilhões são consumidos pela evapotranspiração e o restante, 36 bilhões de m³, perde-se por escoamento superficial. Somente 24 bilhões de m³ ficam efetivamente disponíveis para o aproveitamento. Mesmo assim, é muita água para amenizar as secas que periodicamente assolam a região. No século passado tivemos a política da açudagem com a criação em 1909 do Departamento Nacional de Obras Contra as secas – DNOCS, muitos açudes e barragens foram construídos no Nordeste semiárido, porém, hoje diante das necessidades da crescente população, principalmente no meio rural, se houvesse uma nova era de construção de grandes açudes e barragens, ainda daria para se aproveitar muita água da chuva no Nordeste semiárido.