Nestas fotografias, podemos observar um rebanho de caprinos no aprisco. As fotografia foram obtidas no município de Petrolina, PE.
Os fatos
Na época da safra do imbuzeiro, uma das coisas mais fácil de encontrar é semente de imbu nos apriscos. O chão dos apriscos e chiqueiros da caatinga tem mais sementes de imbu do que fezes dos animais. Isso ocorre porque os caprinos são os maiores consumidores de frutos do imbuzeiro na região semiárida do Nordeste. Não são apenas os nordestinos do Sertão que gostam de imbu, os caprinos são apaixonados por essa fruta. Muitos animais silvestres também consomem muito imbu, a exemplo da raposa, veado, caititu, entre outros. Contudo, tem-se observado à ausência de plantas jovens em seu ambiente natural, cuja causa tem sido atribuída em sua maioria à dificuldade que as sementes do imbuzeiro apresentam para germinar, ao desmatamento desordenado e aos danos causados as plântulas que emergem pelos insetos, animais silvestres e, principalmente, pelos caprinos. Os principais mecanismos de dispersão das sementes do imbuzeiro na caatinga nativa são os animais silvestres como o veado-catingueiro (Mazama gouazoubira), a cotia (Dasyprocta cf. prymnolopha), o caititu (Tayassu tajacu), a raposa (Dusicyon thous), o teiú (Tupinambis merianae), o tatu-peba (Euphractus sexcinctus) e na caatinga degradada o caprino (Capra hircus). No entanto, os caprinos são os dispersores negativos, visto que, esses animais retiram as sementes da caatinga, que posteriormente são transportadas para áreas onde não terão como se desenvolver. Na fotografia podemos ver uma grande quantidade de pontos brancos no solo do aprisco, que são sementes de imbu. De modo geral, um caprino pode consumir até 240 frutos de imbu por dia. Os animais comem os frutos na caatinga e quando voltam para o aprisco, remoem os frutos e jogam fora as sementes.