sexta-feira, 26 de abril de 2013

Crescimento do imbuzeiro aos 15 anos na caatinga


As fotos

Nestas fotografias podemos observar fases do estudo do crescimento de uma planta de imbuzeiro com 15 anos. As fotografias foram obtidas no Campo Experimental da Embrapa Semiárido, Petrolina, PE.








Os fatos

O imbuzeiro é uma planta nativa da caatinga de grande importância para os pequenos agricultores da região pelo fornecimento de frutos no período de safra. As flores do imbuzeiro são fontes de alimentos para pássaros, insetos e abelhas nativas da caatinga. Já os frutos são consumidos por muitos animais silvestres, principalmente pela raposa, cutia, tatu-peba, caititu e muitos outros. Quando da ocorrência da safra os frutos maduros que caem ao chão e as folhas verdes e secas são consumidas pelos caprinos. Embora seja uma planta de grande importância para o Bioma Caatinga, os estudos sobre o imbuzeiro ainda são bastante escassos. No Campo Experimental da Embrapa Semiárido em Petrolina, PE, estamos conduzindo um trabalho de pesquisa cujo objetivo é conhecer os detalhes de crescimento do imbuzeiro. Neste ano foram avaliadas plantas com idade de 15 anos. Os resultados obtidos aos 15 anos foram os seguintes: altura da planta 2,63 m, o diâmetro basal do caule ao nível do solo foi de 10,61 cm. A circunferência do caule ao nível do solo foi de 35,34 cm. A altura média da copa foi de 5,32 m. O maior e o menor diâmetro da copa foram de 6,10 e 5,28 m, respectivamente. As raízes horizontais e verticais mediram, em média, 10,37 e 1,68 m, respectivamente.  O maior  diâmetro das raízes foi de 5,23 cm. As plantas apresentavam, em média, 16 raízes principais. O peso médio das folhas foi de 10,75 kg. Os galhos pesaram, em média, 66,12 kg. O peso verde das raízes foi de 15,96 kg. Foram encontrados, em média, 546 xilopódios por planta. Aos 15 anos de crescimento as plantas produziram uma média de 928 frutos que pesaram um total de 16,06 kg.

domingo, 14 de abril de 2013

As plantas da caatinga e a seca no Sertão do Nordeste



As fotos

Nestas fotografias podemos observar uma planta de imbuzeiro e de juazeiro com suas folhas verdes. Uma planta de mandacaru com flores e frutos. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.





Os fatos

A seca que afeta a região semiárida do Nordeste neste momento, tem apresentando características diferentes de outras secas que já ocorreram na região. Há localidades onde as chuvas têm ocorrido em quantidade suficiente para a formação de água e pastagem para os animais e outras onde os agricultores conseguiram planta e estão colhendo um pouco de feijão. Contudo, a maior parte da região semiárida esta enfrentada uma seca sem precedentes, onde falta água e alimentos para os rebanhos locais. O grande diferencial é que a água para o consumo humano tem sido fornecida, embora irregular, pelos carros-pipas. No Sertão de Pernambuco segundo a APAC (Agência Pernambucana de Água e Clima), no mês de janeiro os municípios onde foram registrados os maiores volumes acumulados foram: Moreilândia (277,0 mm), Araripina (227,0 mm), Ouricuri (199,0 mm), Exu (186,2 mm), Iguaraci (164,7 mm), Santa Cruz da Venerada (152,7 mm), Ipubi (152,0 mm), Bodocó (147,4 mm) e Afrânio (145,2 mm). No mês de fevereiro as maiores chuvas foram registradas em: Exu (69,6 mm), Araripina (57,0 mm), Santa Cruz da Baixa Verde (42,0 mm), Triunfo (34,3 mm) e São José do Egito (33,3 mm). No mês de março as maiores precipitações, foram observadas em: Araripina (174,0 mm), Quixaba (154 mm), Afogados da Ingazeira (132 mm) e Santa Teresinha (117, o mm). No mês de abril, até o momento, as maiores precipitações no Sertão foram observadas nos municípios de Araripina (23,0 mm); Moreilândia (13,0 mm); Ouricuri (46,6 mm); Exu (31,6 mm); Afrânio (112,5 mm). Como se pode observar, em alguns municípios do Sertão os volumes de chuvas são significativos, embora a seca ainda esteja causando danos severos para a agricultura e pecuária da região. No Sertão do São Francisco, especificamente no município de Petrolina, PE, até o momento choveu somente 119,2 mm, sendo 92 5 mm no mês de janeiro. Essa situação está configurando um novo panorama no Sertão, onde a vegetação começa a se representada pelas plantas nativas que tem suportado a seca como o imbuzeiro, o juazeiro, a baraúna, o mandacaru, entre outras. Para os criadores de animais do Sertão, principalmente os criadores de bovinos, é hora de sentar, pensar e planejar o futuro de seus empreendimentos neste novo cenário nordestino.