sexta-feira, 25 de maio de 2018

A ema da caatinga nordestina

As fotos

Nestas fotografias podemos observar algumas emas na caatinga. As fotografias foram obtidas na área de caatinga e em área de criadores no município de Petrolina, PE.








Os fatos


Há relatos de que a ema é uma das aves mais antiga das Américas. No Nordeste, a ema é a maior ave que conhecemos, podendo alcançar mais de 30 kg. Algumas mais velhas chegam a 1,5 metros de altura. De modo geral, as emas são encontradas nos campos abertos da caatinga. Esse modo de vida facilita sua caçada pelos agricultores da região e, principalmente, pelos cachorros que são seu maior predador. Em algumas regiões do Nordeste como nos baixos de Irecê na Bahia, ainda é possível se observar bandos com até 20 aves. Porém, a ema tem sido caçada sistematicamente na região e hoje, foram de áreas de criadores é muito raro ver uma ema na caatinga. A espécie da caatinga é Rhea americana que habita também os cerrados. Na caatinga, esta espécie foi severamente reduzida em função da caça predatório praticada pelos agricultores. Os nordestinos caçam os animais silvestres para saciar sua fome, todavia, em diversos estudos realizados na região, a caça é mais pelo espírito esportivo, visto que, a maioria dos caçadores são pessoas da cidade ou fazendeiros que dispõem de muitos animais como caprinos e ovinos, os quais seriam suficientes para matar a fome de seus proprietários. As emas são animais onívoros com dieta composta de gramíneas, leguminosas e pequenos animais da caatinga. Em área de caatinga onde há pouca presença de animais domésticos e caçadores, as emas são encontradas consumindo frutos do imbuzeiro na época da safra.

domingo, 29 de abril de 2018

O crescimento do imbuzeiro aos 20 anos


As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns detalhes de uma planta de imbuzeiro aos 20 anos de crescimento. As fotografias foram obtidas no Campo Experimental da Embrapa Semiárido, Petrolina, PE em abril de 2018.







Os fatos


O imbuzeiro é uma planta nativa da caatinga com grande adaptação as adversidades da região que consegue produzir frutos, mesmo em anos de secas severas. Mesmo, assim, os conhecimentos sobre essa planta são empíricos, praticamente as informações dos agricultores e dos habitantes da região é toda base de conhecimento do imbuzeiro. Este trabalho foi realizado com o objetivo de conhecer o desenvolvimento de plantas de imbuzeiro nas condições naturais da caatinga, em um período de 20 anos para que a sobrevivência dessa espécie possa ser garantida. Os resultados obtidos aos 20 anos de crescimento de uma planta de imbuzeiro são os seguintes: altura média da planta de 3,27 m; diâmetro basal do caule ao nível do solo foi de 28,75 cm e circunferência do caule ao nível do solo foi de 49,71 cm. A altura média da copa foi de 2,98 m. O maior e o menor diâmetro da copa foram de 12,491 e 9,359 m, respectivamente. As raízes horizontais e verticais mediram, em média, 12,68 e 2,56 m, respectivamente.  O maior diâmetro das raízes foi de 13,29 cm. As plantas apresentaram, em média, 33 raízes principais. O peso médio das folhas verde foi de 41,25 kg. Os galhos pesaram, em média, 197,43 kg. O volume da madeira foi de 186,47 cm3. O peso verde total das raízes foi de 51,48 kg. O volume total das raízes foi de 41,58 cm3. Foi encontrado um total de 1.842 xilopódios por planta. O peso total xilopódios foi de 570,57 kg. O maior xilopódio apresentava um comprimento de 50,36 cm e um diâmetro de 29,94 cm. O xilopódio mais pesado foi de 5,89 kg e o de menor peso foi de 0,58 g. Com 20 anos de crescimento foram colhidos, em média, 3.461 frutos por planta. O peso médio dos frutos  de foi de 18,35 g. O peso  total dos frutos foi de  63,51 kg.

sexta-feira, 9 de março de 2018

As flores da caatinga após as chuvas no Sertão.

As fotos

Nestas fotografias, podemos observar a beleza da floração da Caatinga após as chuvas. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.




























Os fatos


A caatinga no período de seca apresenta uma coloração cinza escura onde parece que as plantas estão mortas. Todavia, logo após as primeiras chuvas, o cenário muda totalmente com a emergência das primeiras flores. São diversas espécies que com seus coloridos embeleza a caatinga. Essas flores também são de grande importância para alimentação de abelhas e insetos que compõe a fauna da caatinga. A predominância da cor amarela nas flores das plantas da caatinga nos proporciona uma visão única de beleza em épocas de floração no Sertão do Nordeste. Entre as plantas que apresentam flores amarelas, destacam-se a Catingueira, o Sete-cascas, a erva de São João e a Canafistula.  O sete-cascas é uma das plantas com as flores mais belas da caatinga. Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, pode-se observar os locais onde a chuva caiu pelo surgimento da floração do sete cascas. Esta planta é de uma beleza ímpar. Suas flores amarelas mudam o cenário de seca para uma paisagem de alegria e beleza. As flores são visitadas por abelhas e pássaros que contribuem para sua polinização. Quando o botão floral cai, e consumido por inúmeros animais da caatinga, principalmente pelo veado e o caititu. A Erva de São João é um pequeno arbusto de ocorrência abundante na caatinga. 

domingo, 25 de fevereiro de 2018

O aproveitamento da água de chuva das estradas e caminhos da caatinga


As fotos

Nestas fotografias podemos observar o escoamento superficial de água das chuvas das estradas e caminhos para o aproveitamento na irrigação de pequenos pomares. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.














Os fatos

A tecnologia de captação de água de estradas e caminhos foi adaptada pela Embrapa Semiárido para região no início dos anos 80, contudo, esta alternativa não foi muito utilizada pelos agricultores da região, visto que, foi pouco difundida pelos órgãos de extensão rural da época. O aproveitamento das águas de estradas e caminhos torna possível o aproveitamento de um enorme volume de água de chuva que se perde anualmente por escoamento superficial. Se essa água for direcionada para barragens, pequenos barreiros ou para áreas de cultivo, os agricultores teriam um ganho substancial no volume de água que fica armazenado no solo e vai ser utilizado pelas plantas no transcorrer do ano. De modo, especial, para pequenas áreas de pastagem ou de cultivos, principalmente com fruteiras. Assim, a água necessária para irrigação dessas fruteiras será a mínima possível, visto que, um grande volume do escoamento fica retido no solo e vai ser aproveitado pelas plantas aos poucos. O importante neste sistema é o desvio das águas do escoamento para as áreas de cultivo que devem ser formadas com barramentos para reter a água. Quando da ocorrência de muita chuva, o excesso de água deve ser retirado da área para evitar a morte das plantas.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

A reprodução do gavião bombachinha na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar algumas cenas da reprodução do gavião bombachinha na caatinga. As fotografias foram obtidas  na caatinga do município de Petrolina, PE.






















Os fatos

A beleza é uma das características das aves de rapina da caatinga. Entre estas, temos o gavião casaca-de-couro, gavião-fumaça, gavião-telha, o gavião-pega-pinto, o gavião carijó, o gavião preto, o gavião bombachinha, entre outros. A maior parte dessas aves é solitária com domínio exclusivo de seus territórios. Outros são migratórios que passam pela região da caatinga na época de sua reprodução. Nestas fotografias, podemos observar algumas cenas da reprodução do gavião bombachinha. Essa espécie é considerada uma ave migratória, principalmente na época de sua reprodução.  Uma das características do gavião bombachinha  é sua dieta, que é formada por insetos, pequenos pássaros, répteis e anfíbios. Na caatinga, os gaviões bombachinha iniciam a reprodução nos meses de novembro e dezembro. O ninho é construído de gravetos secos  nas arvores mais altas da caatinga. A postura ocorre logo após a confecção do ninho que leva de 5 a 8 dias. São dois ovos brancos que eclodem aos 30 dias, aproximadamente. Ao nascerem, os filhotes apresentam uma penugem branca que vai mudando de cor com o seu crescimento. Aos 30 dias após o nascimento, o primeiro filhote deixa o ninho em pequenos voos. Posteriormente, eles voltam ao ninho para comer os alimentos ofertados pelos pais. Quando eles saem do ninho, os pais ficam trazendo os alimentos para o ninho e os filhotes voltam para comer.