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sábado, 3 de janeiro de 2009

Água de chuva armazenada em cisterna para produção de alimentos



A foto

Nesta fotografia podemos observar cisternas rurais utilizadas para armazenar água de chuva, visando a produção de alimentos. A fotografia foi obtida no dia 22 de fevereiro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

O volume de precipitação que ocorre na região semi-árida do Nordeste, em média, 250 a 500 mm, anualmente, são utilizados em sua maior parte para o consumo humano, todavia, parte deste volume, que na maioria das vêzes são desperdiçados por problemas nos telhados ou por falta de local de armazenamento, pode ser utilizado pelos agricultores para produção de alimentos. Os milhões de metros cúbicos de água que são perdidos para os rios e destes para o oceano, se armazenados, poderão ser utilizados para produção de fruteiras ou hortaliças que contribuiram para geração de renda ou melhoria da qualidade de vida dos agricultores com o consumo ou a venda das mesmas. Para isto, a água excedente deverá ser armazenada em cisternas ou outros depósitos para utilização durante o período de seca.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Perdas de água e solo no semi-árido do Nordeste

A foto

Nesta foto podemos observar o escoamento ocorrido durante uma chuva. Esta fotografia foi obtida em 29 de fevereiro de 2008 no Campo experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Na região semi-árida do Nordeste, a escassez de água ocorre em sua maior parte pela má distribuição das chuvas e pela perda de água através do escoamento superficial. Dos 969.589,4 km quadrados do semi-árido, anualmente, milhões de metros cúbicos de água são perdidos para os rios e destes para o oceano. Se a maior parte desta água fosse retida em pequenos açudes, barragens, grandes açudes, etc, haveria no Nordeste excesso de água para utilização por sua população. Temos no semi-árido um total de 450 grandes açudes cuja capacidade é superior a um milhão de metros cúbicos. Todavia, a quantidade de água que perdemos pelo escoamento superficial daria para acumular milhões de metros cúbicos em outros 500 açudes. Se todo agricultor do semi-árido adotasse tecnologias de captação e armazenamento de água de chuva, o semi-árido viveria outros tempos. Na Embrapa Semi-Árido, estamos desenvolvendo um projeto de pesquisa financiado pelo BNB-FUNDECI, cujo objetivo principal é conhecer os diferentes modos de preparo dos solos utilizados pelos agricultores e as consequências das chuvas no armazenamento de água no solo e a erosão provocada pelas chuvas nos diferentes tratamentos.

Captação de água de chuva IV


A foto

Nesta foto podemos observar o sistema de captação de água de chuva com sulcos barrados. Esta fotografia foi obtida em 16 de março de 2008, no Campo Experimental da Embrapa semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

A captação de água de chuva na região semi-árida do Nordeste, tem sido tema de diversos trabalhos de pesquisa por muitas instituições que atuam no Nordeste brasileiro. Entre estes sistemas, o sulco barrado, adaptado pelo pesquisador, José Barbosa dos Anjos é um dos que tem apresentado melhores resultados. Neste sistema, praticamente toda água das chuvas é retida no barramento e pouco ou nenhum escoamento ocorre, contribuindo, assim, para preservação do solo dos efeitos da erosão e para o melhor crescimento das culturas. Este sistema é muito bom para regiões de baixa precipitação, como o sertão nordestino.

Cursos de processamento do fruto do imbuzeiro


A foto

Nesta foto podemos observar um curso sobre o processamento do fruto do imbuzeiro. Esta fotografia foi obtida em 20 de novembro de 2008 na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

O fruto do imbuzeiro pode ser aproveitado de diversas formas. Já são conhecidas mais de 50 subprodutos do fruto do imbuzeiro. O doce em massa do fruto no estádio 'de vez' quando o fruto encontra-se no início do processo de amadurecimento é o mais produzido pelos agricultores. Outro produto de grande destaque é a imbuzada, onde é adicionado leite e açúcar a polpa do imbu cozido. Atualmente, coordenamos um projeto de pesquisa apoiado pelo BNB-FUNDECI, onde a meta principal é a realização de cursos para agricultores, técnicos, estudantes, entre outros, com o objetivo de difundir as tecnologias disponíveis sobre o aproveitamento do fruto do imbuzeiro.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Mudas de imbuzeiro para plantio


As fotos

Nestas fotografias, podemos observar mudas de imbuzeiro no tamanho ideal para plantio na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.





Os fatos

Após a realização de diversos trabalhos visando a obtenção de mudas de imbuzeiro no tamanho ideal para o plantio, chegamos a conclusão de que a muda de imbuzeiro com maior probabilidade de sobrevivência na caatinga, deve apresentar um tamanho variando de: 15 a 30 cm para o xilopódio e 60 a 100 cm para o caule. Outro fator importante é o diâmetro do xilopódio que deve ser de 2 a 5 cm. Com essas dimensões, há maior probabilidade de sobrevivência dessas mudas na caatinga. O tamanho da muda contribui para que a mesma consiga sobreviver aos possíveis danos causados pelos animais como o veado caatingueiro e outro. O xilopódio com as dimensões descritas, acima, resiste ao ataque dos animais, visto que, neste estágio, ele é mais fibroso, dificultando a mastigação. Outro fator extremamente importante é a profundidade da cova, os resultados das pesquisas demonstraram que mudas plantadas aos 30 a 40 cm de profundidade foram as menos atacadas pelos animais.

Repovoamento da caatinga com mudas de imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia, podemos observar o plantio de mudas de imbuzeiro na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 11 de dezembro de 2008, no campo experimental da caatinga, na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

O imbuzeiro contribui de forma positiva com a geração de renda e absorção de mão-de-obra dos pequenos agricultores do Nordeste semi-árido, como também, é uma fonte de alimentos para inúmeros animais silvestres, tais como: caititu, ema, veado, pata lisa, tatu-peba, pássaros, insetos, entre outros. Todavia, a população atual de imbuzeiro na caatinga apresenta reduções significativas, principalmente nas áreas de caatinga degradada. Nas áreas de caatinga nativa, embora a densidade de plantas seja maior, atualmente, há uma degradação severa das plântulas pelos animais silvestres. A causa principal é que as plântulas de imbuzeiro possuem um xilopódio em seu sistema radicular que contém muita água, sendo consumido pelos animais nos períodos de seca, como também, as plântulas pouco resistem aos períodos de estiagens que são de 6 a 8 meses na região. Neste sentido, estamos desenvolvendo um projeto na Embrapa Semi-Árido com o objetivo de repovoa a caatinga com mudas de imbuzeiro. No ano de 2008, foram plantadas 1200 mudas de imbuzeiro em comunidades de Alagoas, Pernambuco, Bahia, Ceará e Piauí.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O fruto do imbuzeiro maduro

A foto

Nesta fotografia podemos observar frutos do imbuzeiro em estádio de maturação plena. A fotografia foi obtida na Embrapa Semi-Árido no município de Petrolina, PE em 6 de março de 2003.

O fato

Os frutos do imbuzeiro mais conhecidos e consumidos são aqueles chamados de imbu inchado ou “de vez” de cor esverdeada. Neste estádio os frutos encontram-se no início do processo de amadurecimento e com sabor agridoce. O fruto do imbuzeiro é climatérico e atinge seu ponto máximo de amadurecimento aos 3 a 5 dias após a colheita quando estão plenamente amarelos e são mais doces com pouca acidez que caracteriza o fruto do imbuzeiro. Normalmente, os agricultores colhem os frutos “de vez”, quando estes se encontram num estádio que permitem sua manipulação e transporte até as áreas de comercialização. Todavia, a maior produção de frutos é desperdiçada, pois os frutos que caem das plantas ficam amadurecendo embaixo das plantas e apodrecem ou são consumidos pelos animais.


A produção de frutos do imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia podemos observar uma planta de imbuzeiro com bastantes frutos maduros caídos ao chão. A fotografia foi obtida na comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE em 6 de março de 2003.

O fato

A produção de frutos em uma planta de imbuzeiro é estimada por diversos autores em 300 kg/safra/ano. Em pesquisas realizadas em vários municípios da região semi-árida do Nordeste, podemos confirmar que há uma grande variabilidade na produção de frutos por planta. Esta variabilidade esta relacionada com as condições geoambientais onde se encontram as plantas, isto é, se a planta estiver localizada em uma região de solos bons e com boa distribuição das chuvas, o volume de produção pode ser maior que a média conhecida, todavia há plantas em áreas mais secas do semi-árido que pouco produzem. Outro fator limitante a produção é o ataque de pragas que destoem à floração do imbuzeiro com destaque para o cascudo. As maiores produções conhecidas são de 547 kg no município de Uauá, BA, 327 kg no município de Petrolina, PE, 542 kg no município de Curaçá, BA e 642 kg no município de Macaúbas, BA. O dado importante é que estes valores de produção são referentes aos frutos colhidos pelos agricultores, não considerando os frutos que caem das plantas maduros ao chão, o que poderia elevar os valores de produção.

O atravessador da comercialização do fruto do imbuzeiro

A foto

Nesta fotografia podemos observar um atravessador da compra do fruto do imbuzeiro. A fotografia foi obtida na comunidade de Flamengo no município de Jaguarari, BA em 28 de janeiro de 2004.

O fato

A comercialização do fruto do imbuzeiro é realizada de diversas formas, principalmente, a venda pelos agricultores para atravessadores que levam os frutos das comunidades para os grandes centros urbanos, com destaque para a Feira de São Joaquim em Salvador onde os frutos são revendidos diretamente aos consumidores e outros atravessadores que distribuem os frutos em toda Salvador. Outro mercado importante para o fruto do imbuzeiro são as indústrias que processam polpa em Feira de Santana, BA. Este segmento é responsável pela compra da maior quantidade de frutos produzidos no estado da Bahia.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A chuva na caatinga I


A foto

Nesta fotografia podemos observar o escoamento superficial de uma chuva em uma estrada na caatinga. A fotografia foi obtida em fevereiro de 2008 no município de Petrolina, PE.

O fato

Na região semi-árida do Nordeste, a escassez de água ocorre em sua maior parte pela má distribuição das chuvas e pela perda de água através do escoamento superficial. Dos 969.589,4 km quadrados do semi-árido, anualmente, milhões de metros cúbicos de água são perdidos para os rios e destes para o oceano. Se a maior parte desta água fosse retida em pequenos açudes, barragens, grandes açudes, etc, haveria no Nordeste excesso de água para utilização por sua população. Temos no semi-árido um total de 450 grandes açudes cuja capacidade é superior a um milhão de metros cúbicos. Todavia, a quantidade de água que perdemos pelo escoamento superficial daria para acumular milhões de metros cúbicos em outros 500 açudes. Se todo agricultor do semi-árido adotasse tecnologias de captação e armazenamento de água de chuva, o semi-árido viveria outros tempos.