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sábado, 31 de janeiro de 2009

O cancão o observado da caatinga

A foto

Nesta fotografia podemos ver um cancão em posicão de observação na caatinga. A fotografia foi obtida em uma área de caatinga nativa da Estacão Experimental da Embrapa Semiárido em Petrolina, PE.

O fato

 O cancão é uma ave da ordem Ciconiiformes, família Falconidae, pertencente ao gênero Daptrius. Na caatinga do Nordeste, o cancão é o principal observador de tudo que acontece, nada passa despercebido deste pássaro. Quando alguma coisa estranha ocorre, o cancão é o primeiro que da o sinal e chama atenção dos demais animais. É onívoro. O cancão alimenta-se de quase tudo que encontra na caatinga, más da preferência a ovos de outros pássaros e larvas de insetos encontradas em ocos e em baixo das folhas que caem ao chão. Na caatinga, este pássaro é o principal consumidor dos frutos das cactáceas, tais como, mandacaru, xiquexique e facheiro. O cancão também conhecido como a gralha da caatinga, pela semelhança com a gralha que dispersa sementes de pinheiros na região Sul do Brasil. O cancão normalmente vive em bandos de 3 a 5 pássaros.

O camaleão consumindo frutos do imbuzeiro


A foto

Nesta foto, podemos observar um camaleão próximo aos frutos maduros do imbuzeiro. A fotografia foi obtida na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em janeiro de 2007.

O fato

O imbuzeiro é uma das plantas da caatinga que tem muita importância na alimentação de muitos animais silvestres no período da safra.  O fruto do imbuzeiro é consumido pelos animais nos mais diferentes estádios de maturação, principalmente quando estão maduros ao chão. Quando os frutos maduros caem ao chão e atingem a maturação plena, muitas larvas se desenvolvem nele. Essas larvas são alimentos para muitos animais. Nesta foto podemos ver um camaleão consumindo frutos do imbuzeiro. De hábitos diurnos, o camaleão costuma ao amanhecer fica exposto ao sol para caçar todo o tipo de insetos, como gafanhotos e outros artrópodes. O Camaleão se alimenta de grandes quantidades de folhas verdes, e de frutos. Ingere também larvas e insetos. Habita do México ao Brasil Central. Aqui, vive na Floresta Amazônica, nas matas de galeria dos cerrados e nas caatingas.

A batata do mamãozinho-de-veado na caatinga


A foto


Nesta foto, podemos observar os caprinos consumindo a batata de uma planta de mamãozinho-de-veado. A fotografia foi obtida na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em outubro de 2006.


O fato

Entre as plantas da caatinga, encontra-se o mamãozinho-de-veado (Jacaratia corumbensis O. kuntze). Esta planta é um arbusto que ocorre na região semi-árida do Nordeste, crescendo entre a vegetação como um cipó. Porém quando cresce em local aberto é mais reta. Os frutos são consumidos pelos animais silvestres e domésticos. O xilopódio ou túbera do mamãozinho é utilizado para a alimentação dos animais na seca e, também na fabricação de doce caseiro pelos agricultores. O nome mamãozinho-de-veado foi colocado pelo fato de que na caatinga, quando maduros, seus frutos são consumidos, principalmente pelo veado caatingueiro. Em algumas plantas de mamãozinho pode-se encontrar batatas com mais de 500 kg. Estas batatas são consumidas pelos animais nos períodos de seca na região. Embora seja necessário arrancar a planta para retirar o xilopódio, o mamãozinho produz muitos frutos, dos quais se pode realizar o plantio das sementes.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O cancão e as sementes de imbuzeiro


A foto
Nesta fotografia podemos observar um cancão (cyanocorax cyanopogon) comendo a amêndoa de uma semente de imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 10 de fevereiro de 2003 na caatinga de Petrolina, PE.
O fato
A semente do imbuzeiro é uma das mais duras das plantas da caatinga. Poucos animais conseguem consumir estas sementes. Alguns animais, tais como, o cancão, a cutia e ratos silvestres, conseguem quebrar o endocarpo dos caroços de imbu e consumir a amêndoa, deixando as sementes impróprias para multiplicação. O cancão consome até 46 sementes por dia. Este pássaro junta as sementes em um local, de preferência junto a uma pedra ou um pedaço de madeira e prende as sementes com o bico batendo com elas nas pedras ou pedaços de madeira. Assim, eles tem acesso ao embrião das sementes.

O milagre do feijão na caatinga nordestina


A foto
Nesta fotografia podemos observar plantas de feijão com vagens para serem colhidas. A fotografia foi obtida em 27 de janeiro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato

As primeiras chuvas do verão no sertão de Pernambuco, ocorreram no dia 1 de dezembro de 2008. Foram registrados 8,8 mm. No dia 2 de dezembro, choveu um total de 65 mm. Com essas chuvas muitos agricultores iniciaram o plantio de milho e feijão. Como são as primeiras chuvas, há um risco muito grande de que o agricultor perca suas sementes. Contudo, para aqueles que acreditaram, as chuvas que ocorreram no dia 24 de dezembro 9,3 mm e em janeiro, sendo 2,9 mm no dia 6, 22,7 mm no dia 22 e no dia 26 de janeiro, ocorreu uma precipitação de 4,7 mm. No total, foram 118,7 mm. O plantio de milho não resistiu ao veranico de janeiro e morreu, porém o feijão já proporcionou colheita no dia 27 deste mês, como podemos ver na fotografia.

domingo, 25 de janeiro de 2009

O corte da umburana para retirada do mel de abelha na caatinga


A foto
Nesta fotografia podemos observar agricultores cortando uma umburana para retirada de mel de abelha. A fotografia foi obtida em 6 de setembro de 2004 em Petrolina, PE.
O fato
Muitas plantas da caatinga, principalmente a umburana e o imbuzeiro, tem como característica a presença de ocos em seus troncos. Neste ocos, as abelhas fazem suas colmeias e produzem bastaste mel. Contudo, os agricultores cortam as plantas para retirar o mel, que será consumido ou comercializado. Esta atividade tem contribuído de forma negativa para o bioma caatinga. Muitas plantas centenárias são cortadas e morrem depois.

A produção de carvão vegetal na caatinga


A foto
Nesta fotografia podemos observar agricultores preparando um forno ou caieira para produção de carvão vegetal. A fotografia foi obtida em 30 de outubro de 2002 no município de Petrolina, PE.
O fato
Na caatinga as alternativas de renda para os agricultores no período de seca são muito escassas. Neste período, muitos agricultores utilizam a madeira seca para produção de carvão vegetal. Este produto é para o consumo das famílias e para comercialização. O saco de carvão é vendido por até 5 reais, valor muito baixo, se for considerado o trabalho para sua obtenção. Contudo, esta atividade gera renda para os agricultores. Em algumas áreas do sertão de Pernambuco, esta atividade está contribuindo para a devastação da caatinga, visto que, o carvão é produzido em grande escala e vendido para indústrias na capital Recife. A caatinga tem capacidade de suportar a retirada de madeira para as necessidades dos pequenos agricultores, más manter atividade industrial em larga escala é o seu fim.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O consórcio de fruteiras com milho e feijão na caatinga



A foto
Nesta fotografia podemos observar a colheita de acerola em plantas cultivadas na caatinga. A fotografia foi obtida em 31 de março de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
No período de chuvas na região semi-árida do Nordeste muitas fruteiras conseguem produzir. No entanto, se não houver uma irrigação suplementar após o período das chuvas, as plantas morrerão. Na fotografia vemos uma área de 900 m² onde são cultivadas 36 fruteiras, acerola, limão, manga, mamão, pinha. Essas fruteiras não recebem irrigação no período das chuvas, que em 2008 foi de janeiro até o final do mês de maio. Após este período as plantas são irrigadas com água de cisterna. O que queremos mostrar nesta fotografia é que os agricultores podem cultivar o milho e o feijão nas entrelinhas das fruteiras e obter bons resultados com a colheita. Nesta área foram produzidos 150 kg de feijão e 128 kg de milho. Após a colheita, a palhada do milho e feijão ficou na área das fruteiras para ser utilizada como cobertura morta, evitando assim, a evaporação da umidade do solo.

Utilização de água de chuva armazenada em cisterna para irrigação por gravidade de fruteiras na caatinga



A foto
Nesta fotografia podemos observar uma cisterna onde a água da chuva é acumulada para irrigação de fruteiras na caatinga. A fotografia foi obtida em 31 de março de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.
O fato
Para utilização da água da cisterna para a irrigação de fruteiras por gravidade, a cisterna deverá esta localizada em uma área acima das fruteiras ou ser utilizada uma pequena caixa auxiliar, para onde a água é bombeada e depois por gravidade é conduzida até os gotejadores localizados próximos as plantas. Quando a área de cultivo esta localizada em um nível abaixo da cisterna não é necessário a caixa auxiliar. O sistema de bombeamento é muito simples, pois é constituído por uma pequena bomba construída com canos de PVC de baixo custo. Em média um agricultor leva de 20 a 30 minutos para bombear até 120 litros de água que são utilizados para irrigação de 36 fruteiras. Essa atividade é realizada as segundas, quartas e sextas-feiras.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A produção de milho e feijão na caatinga


A foto
Nesta fotografia podemos observar um agricultor colhendo feijão. A fotografia foi obtida no dia 8 de abril de 2008 no município de Petrolina, PE.
O fato
Quando ocorre as primeiras chuvas na região semi-árida do Nordeste, os pequenos agricultores iniciam o plantio de milho e feijão. Muitas vezes as chuvas não mantém uma frequência suficiente para o desenvolvimento das culturas e a safra é perdida. Contudo, quando chove normalmente nos meses de fevereiro e março, as culturas de milho e feijão produzem uma boa safra. Na fotografia podemos ver um agricultor colhendo vagens do feijão caupi, esta variedade produz por até 60 dias, quando as chuvas são regulares, contribuindo assim para que os agricultores consigam uma renda extra com a venda do feijão verde ou a garantia de alimentos para o resto do ano.