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sábado, 29 de agosto de 2009

A floração do imbuzeiro e as aves da caatinga


A foto


Nesta fotografia podemos observar um papagaio em uma planta de imbuzeiro florida. A fotografia foi obtida em 26 de agosto de 2009 na caatinga da comunidade de Lagoa dos Cavalos no município de Petrolina, PE.


O fato


No mês de agosto, as primeiras plantas de imbuzeiro iniciam a floração e frutificação. Neste período as flores e os pequenos frutos do imbuzeiro são alternativas alimentares para muitos animais e aves da caatinga. O destaque é para os papagaios (Amazona aestiva) e os periquitos jandaia ou maritacas (Aratinga aurea). Estas aves são consumidoras ávidas dos frutos do imbuzeiro no início da frutificação. Nesta época, podemos encontrar bandos de papagaios e jandaias nas plantas que estão floridas. Outro pássaro que se alimenta bastante dos pequenos frutos do imbuzeiro é o cancão que chega a consumir até 86 frutos por dia.

domingo, 12 de julho de 2009

A água de chuva no pote

A foto

Nesta fotografia podemos observar uma agricultora diante da parte mais importante de sua casa, o pote com água de chuva. A fotografia foi obtida em 6 de novembro de 2007 na Comunidade de Sítio Pageú no município de Dormentes, PE.

O fato

Água para o consumo das famílias que vivem na zona rural do Nordeste é um bem de grande valor. De modo geral, as famílias armazenam, água de chuva nas cisternas e consome de diversas formas. Algumas usam geladeiras, filtros ou o tradicional pote de barro. O pote de barro é um recipiente especial, neste a água fica com uma temperatura próxima a colocada na geladeira e muito agradável para o consumo. As famílias retiram a água da cisterna, filtra, fervem e coloca hipoclorito, assim, a água fica em condições ideais para o consumo. Não há água melhor, basta lembrarmos que nos centros urbanos, a água de modo geral passa por diversos tratamentos com uma quantidade enorme de produtos químicos que muitas vezes deixam resíduos inadequados para a saúde humana. Assim, a água da cisterna após os devidos cuidados no pote é uma delícia.

Os limites da utilização de água de cisterna no sertão nordestino


A foto


Nesta fotografia se pode ver mulheres lavando roupas com água de chuva coletada em uma cisterna na caatinga do Nordeste. A fotografia foi obtida na Comunidade de Atalho no município de Petrolina, PE, em 26 de outubro de 2006.

O fato

No Nordeste brasileiro, tradicionalmente as famílias que vivem na zona rural convivem com um período de seca que varia de 6 a 8 meses. Neste período, a utilização da água armazenada nas cisternas é um fator determinante para que não falte água, principalmente para o consumo na seca. Contudo, não é difícil encontra famílias que desperdiçam água de chuva com lavagem de roupas e outras atividades não prioritárias. Não queremos dizer que as famílias não necessitam, lavar suas roupas, más utilizar água de chuva é um descaso muito grande com um líquido tão precioso na região. Há alternativas para a lavagem de roupas, sempre é possível encontrar uma fonte de água que não é adequada para o consumo e pode ser utilizada para este fim. Para essas famílias, a cisterna sempre será abastecida pelos carros pipas e água não é problema. Por isso que elas dão pouco valor a água da chuva armazenada nas cisternas.