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terça-feira, 20 de julho de 2010

A moagem da cana no sertão para produção de rapadura




A foto

Nesta fotografia podemos ver a moagem da cana para produção de rapadura. A fotografia foi obtida no dia 21 de julho de 2010 na Comunidade de Barra da Melancia no Distrito de Arizona no município de Afrânio, PE.

O fato

Em muitas comunidades do sertão de Pernambuco, o período de julho a agosto é a época da moagem da cana para produção de rapadura. De modo geral a cana é plantada nos baixios. Essas áreas são uma  espécie de enseada que os riachos formam nos terrenos marginais e onde, por ocasião das vazantes, a água se empoça na depressão, circundada por cumes de montes, onde existem depósitos de águas subterrâneas. Em anos de chuvas normais, a cana se desenvolve bem, contudo, quando as chuvas são irregulares, a cana não da boa rapadura.

A floração da aroeira (Myracroduon urundeuva Fr All) na caatinga



A foto

Nesta fotografia podemos ver uma planta de aroeira (Myracroduon urundeuva Fr All) no momento de intensa floração. A fotografia foi obtida no dia 20 de julho de 2010 na Comunidade de Boa Vista no Distrito de Serra Vermelha no município de Paulistana, PI.

O fato

No período de seca na caatinga, os agricultores que possuem colméias têm muita dificuldade para manter suas abelhas, em vista da falta de flores para alimentação das mesmas neste período. São poucas plantas que apresentam flores nos meses de seca e alguns agricultores tem que alimentar as abelhas com outras alternativas alimentares. Contudo no período de julho a setembro, em algumas partes da caatinga há uma intensa floração das aroeiras (Myracroduon urundeuva Fr All). Essa floração é seguida pelo juazeiro e imbuzeiro que fornecem muitas flores para as abelhas, principalmente para a Apis mellifera. Embora essa atividade seja em algumas comunidades uma das principais fontes de renda dos agricultores, estes fazem a derrubada de muitas plantas de importância vital para as abelhas na formação de pastagens e áreas de cultivo.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A jibóia da caatinga



A foto

Nesta foto, podemos observar uma jibóia na caatinga. A foto foi obtida no município de Petrolina, PE, em dia 8 de abril de 2009.

O fato


A jibóia (Boa constrictor) é uma das serpentes mais encontradas nas caatingas do Nordeste. Algumas podem alcançar até 5 metros de comprimento. Sua alimentação é composta de pequenos mamíferos, aves e repteis. Embora seu habitat preferido seja a  floresta húmida, a savana, os mangais, a jibóia é encontrada nas áreas  mais secas da caatinga. Este animal não causa risco para os agricultores, contudo pode atacar as criações de galinhas e os caprinos recém nascidos. Quando pega uma presa como um filhote de caprino ou ovino, a jibóia se enrola nela e aperta o animal, até que ele cessa todos os movimentos e engole o animal inteiro.

domingo, 4 de julho de 2010

Efeito da falta de alimentos para os caprinos na caatinga




A foto

Nesta foto, podemos observar um caprino consumindo partes de uma planta de mandacaru. A foto foi obtida na Comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE no dia 7 de novembro de 2007.

O fato

O mandacaru (Cereus jamacaru P.DC.) é uma das plantas mais utilizadas pelos agricultores nordestinos na época da seca para alimentação dos. Os agricultores também utilizam o facheiro (Pilosocereus pachycladus F. RITTER), o xiquexique (Pilosocereus gounellei K. Schum) e a coroa-de-frande (Melocactus bahiensis Britton & Rose). Estas plantas são alternativas para salvar os animais da fome causada pela falta de alimentos na caatinga na época de seca. O mandacaru é cortado e seus espinhos queimados para facilitar seu consumo pelos animais. No período de seca que a maioria dos agricultores utiliza o mandacaru que dispõem em suas propriedades. Contudo, a utilização massiva desta cactácea em períodos de secas sucessivas, tem reduzido significativamente a densidades do mandacaru na caatinga. Na fotografia podemos ver um caprino consumindo partes da casca de uma planta de mandacaru que já teve sua parte aérea cortada pelo agricultor. Este fato demonstra que a falta de alimentos é grande no período de seca, contudo pode levar esta planta a morte, pois sem a casca, não há circulação das seivas e a tendência da planta é murchar e morrer.

A posição ereta do caprino para consumir brotos de favela



A foto


Nesta foto, podemos observar um caprino na posição erguido, levantado ou ereto para alcançar brotos da favela no período de seca. A fotografia foi obtida na comunidade de Xiquexique no município de Curaçá, BA, em 29 de setembro de 2005.

O fato


A favela (Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax. Et K. Hoffman) é uma forrageira nativa das caatingas do Nordeste, cujas folhas, brotos e frutos são consumidos pelos animais, principalmente os caprinos. Os animais consomem as folhas maduras quando estas caem no chão no final do período de chuvas. Na seca, alimentam-se dos brotos e casca da favela. Suas sementes são consumidas por animais silvestres e pelos caprinos que regurgitam as cascas nos apriscos. Os agricultores informaram que no período de maio a julho quando as folhas maduras da faveleira caem os animais dão preferência a este tipo de alimentos. Para alcançar brotos e folhas nas partes altas das plantas os caprinos fazem verdadeiras acrobacias como podemos ver na fotografia, um caprino na posição ereta sobre as patas traseiras.

sábado, 3 de julho de 2010

A retirada de mel de abelha na caatinga


A foto
Nesta fotografia podemos ver agricultores retirando mel de abelha do tronco de um imbuzeiro. A fotografia foi obtida no dia 6 de setembro de 2004 na Comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.
O fato
A retirada de mel de abelha nos troncos das plantas da caatinga é uma atividade desenvolvida por muitos agricultores. Este mel de modo geral é comercializado as margens das rodovias da região. Embora seja uma atividade que causa danos ao meio ambiente, em algumas comunidades do sertão a venda de mel é uma das principais fontes de renda. O grande problema é que normalmente as abelhas italianas (Apis mellifera ligustica) fazem suas colméias em ocos de plantas como o imbuzeiro, imburana baraúnas, entre outras e para retirada do mel os agricultores cortam e colocam fogo no caule das plantas que muitas vezes morrem posteriormente. Em alguns casos, os agricultores usam algumas substâncias tóxicas para eliminar as abelhas e o resíduo vai no mel podendo causar danos a saúde dos consumidores.

A construção de uma casa de taipa no Nordeste


A foto
Nesta fotografia podemos ver a estrutura de madeira de uma casa de taipa. A fotografia foi obtida no dia 5 de dezembro de 2007 na Comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.
O fato
A casa de taipa é uma das formas de moradia mais antiga do interior do Nordeste brasileiro. A opção por este tipo de construção se deve ao fato de que muitos agricultores não dispõem de recursos para aquisição de material de construção e muitas vezes, materiais como cimento, tijolos, entre outros, não estão disponíveis nas comunidades. Na construção da casa de taipa o agricultor constrói uma casa com as próprias mãos. O processo consiste primeiramente da formação da estrutura da casa com madeiras obtidas na caatinga, posteriormente é colocada a telha e em seguida vem a colocação do barro. O barro é molhado para facilitar sua adesão às treliças de madeira e arremessado com força. Um fato importante é que não há pressa para o término da construção, dia a dia o agricultor vai fazendo uma parte da casa. A grande certeza é que na inauguração haverá uma festa.

sábado, 26 de junho de 2010

Os riachos da caatinga nordestina


A foto

Nesta fotografia podemos observar o escoamento superficial em um pequeno riacho após uma chuva na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 21 de janeiro de 2004 na área de Caatinga da comunidade de Cacimba do Baltazar no município de Petrolina, PE.

O fato

Nas caatingas do Nordeste a água dos riachos no período de chuva é uma das belezas raras. A paisagem se transforma e o cenário parece de outros mundos, tudo é belo na época de chuvas no sertão. Muita água corre nos riachos trazendo alegria para toda natureza, contudo esta imagem é bastante efêmera, pois rapidamente os riachos secam e a caatinga volta a sua normalidade, isto é, a seca com riachos de areia. As chuvas que caem na região semiárida do Nordeste apresentam uma variação de 350 a 500 mm por ano, contudo, em 2004 foram registrados mais de 800 mm, sendo que, 600 mm ocorreram somente no mês de janeiro provocando verdadeiras enchentes nos riachos e rios temporários da região.

A lavagem de roupas na caatinga com água de açude


A foto

Nesta foto, podemos observar a lavagem de roupas com água de açude na caatinga. A fotografia foi obtida no  município de Dormentes, PE em 13 de outubro de 2005.
O fato
No Nordeste existe uma grande quantidade de açudes e barreiros, cujas águas são utilizadas das mais variadas formas, sendo o consumo de água pelos animais a mais observada. Outra forma de utilização dessas águas é para a lavagem de roupas pelos agricultores. Com a utilização da água do açude ou barreiro para lavagem das roupas, a água armazenada nas cisternas pode ser utilizada para o consumo e o preparo dos alimentos. Na foto podemos ver mulheres lavando roupas em barracas armadas próximo a um açude no município de Dormentes, PE. Neste caso a água é retirada do açude em animais e levada até as barracas. As mulheres se reúnem em determinados dias da semana para realizarem esta atividade e um homem da comunidade faz o transporte da água.

Água de cisterna na lavagem de roupas no sertão nordestino


A foto

Nesta foto, podemos observar a utilização da água de chuva para lavagem de roupas. A fotografia foi obtida na comunidade de Atalho no município de Petrolina, PE em 26 de outubro de 2006.
O fato
A cisterna rural tem como finalidade armazenar o maior volume possível da água que cai no telhado das casas, visando o atendimento das necessidades de águas das pessoas no período de estiagem, com prioridade para o consumo e preparo dos alimentos. Todavia, a utilização desta água para atividades como a lavagem de roupas não é uma forma racional de aproveitar a água de chuva. Para lavagem de roupas, os agricultores deveriam utilizar água armazenada em outras fontes como barreiros, açudes, etc. Este fato leva-nos a uma reflexão sobre as formas de utilização da água de chuva armazenada nas cisternas. Não que as pessoas não têm direito de lavar suas roupas, isto não é o caso, e sim, o fato de que a água da cisterna é muito boa para ser utilizada na lavagem de roupas. De modo geral, sempre há uma fonte alternativa de água nas comunidades e dela os agricultores poderão utilizara a água para lavagem de roupas, visto que, a lavagem de roupas consome muita água.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O delicioso doce do imbu maduro



A foto

Nesta foto podemos observar o doce em massa obtido com o fruto do imbuzeiro no estádio de maturação muito maduro.  A foto foi obtida no dia 20 de março de 2010 na Embrapa Semiárido em Petrolina, PE.

O fato

Doce em massa das mais variadas frutas é uma tradição na região semiárida do Nordeste. Temos doce de goiaba, de jaca, de banana, de caju, etc. Contudo, o doce mais gostoso parece que é o do imbu maduro ou muito maduro.  Tradicionalmente os frutos utilizados para produção de doce são os “de vez” ou inchados. Os frutos alcançam a maturação plena, 2 a 3 dias após a colheita ou queda ao solo. Para fazer esse tipo de doce, necessitamos de 1 kg de polpa de imbu maduro ou muito maduro e 500 g de açúcar. Mistura-se o açúcar a polpa e leva ao fogo brando por 20 a 25 minutos, até o ponto de corte. Quando você consumir um doce de imbu maduro ou muito maduro, seus conceitos sobre doce em massa mudarão.

terça-feira, 15 de junho de 2010

A compota de imbu na merenda escolar


A foto

Nesta fotografia podemos observar um lote de compota de imbu. Esta fotografia foi obtida na Comunidade de Marruá em Uauá, BA no dia 2 de fevereiro de 2010.

O fato
A compota de imbu é uma das formas de processamento do fruto do imbuzeiro mais adequada para o consumo do fruto fora da época de produção. A compota é obtida com a adição de uma calda de açúcar aos frutos e posteriormente o cozimento em banho maria. Este produto tem sido muito apreciado, principalmente pelos consumidores de outras regiões que não produzem o fruto do imbuzeiro. Os ingredientes necessários para a compota são: 1 kg de açúcar comum; 1 litro de água potável; 2 litros de frutos no estádio de maturação “de vez”. Para obter a calda da compota deve-se misturar a água com o açúcar e leve ao fogo brando, mexendo constantemente até a fervura da água. Os frutos devem ser descascados ou não. Colocar os frutos em vidros esterilizados e depois completar com a calda. Posteriormente colocar em banho-maria durante 30 minutos. Após a retirada dos vidros do banho maria, deixe esfriar em local seco e arejado por 12 horas antes do consumo. A produção de compota tem como destino a merenda escolar dos municípios produtores de imbu. Parte da produção que não é comercializada com a Conab é distribuída para outras regiões.

O agronegócio do imbu no sertão da Bahia


A foto

Nesta foto, podemos ver alguns produtos de imbu. A foto foi obtida no dia 15 de junho de 2010 na Comunidade de Lage no município de Sento Sé, BA.

O fato

As fabriquetas de doce de imbu estão cada dia mais presente na região semiárida do Nordeste, principalmente no Estado da Bahia. Segundo dados da Conab de 2008 a 2010 foram adquiridos 183.249 kg de produtos derivados do imbuzeiro, entre eles, polpa, doce, geléia e compota, provenientes de diversas fabriquetas da região semiárida da Bahia. Esta produção foi avaliada em R$ 763.890,00. O destino destes produtos é a merenda escolar regional. Assim, podemos valorizar mais nossas fruteiras nativas e gerar renda para as famílias rurais. A comunidade de Lage vendeu para Conab em 2010 um total de R$ 25.000,00 em doce em massa de imbu.

A colheita de imbu no mês de junho na caatinga


A foto

Nesta fotografia podemos ver alguns frutos do imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 14 de junho de 2010 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

      A fenologia reprodutiva do imbuzeiro na região semiárida do Estado de Pernambuco ocorre no período de julho a fevereiro, com a brotação e floração de agosto a setembro, a frutificação de outubro a novembro e os frutos maduros de dezembro a fevereiro. Contudo, algumas plantas já apresentam frutos maduros no mês de novembro. O período médio entre o início da frutificação e a maturação plena dos frutos é, em média, de 125 dias com ocorrência de frutos aos 116 dias após a fecundação em algumas plantas. Neste caso, estes frutos tiveram sua fecundação entre os dias 30 de julho a 01 de agosto de 2009. Por outro lado, existem plantas tardias que só iniciam a produção no mês de abril e vão até junho como podemos ver na fotografia. Essas variações contribuem para que a produção do imbuzeiro ocorra em um período mais prolongado. Essas informações também podem ser confirmadas na Ceasa de Recife, PE onde existe registro da chegada de imbu no mês de junho.

A perda da lavoura no sertão de Pernambuco em 2010


A foto

Nesta fotografia podemos ver um agricultor cultivando milho. A fotografia foi obtida no dia 27 de maio de 2010 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.

O fato

As expectativas de irregularidades nas chuvas de 2010 no sertão de Pernambuco se confirmaram. As chuvas não foram suficientes para que os agricultores conseguissem alguma produção das culturas de subsistência, como o milho e o feijão. Na comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE, os agricultores que plantaram com as chuvas de fevereiro não tiveram bons resultados como podemos ver na roça do senhor Alírio Macêdo. As chuvas não foram suficientes para a produção das lavouras. Embora nesta comunidade tenha ocorrido uma precipitação de  306,8 mm na comunidade, os veranicos impediram o desenvolvimento do milho e feijão. Contudo, ainda houve alguma colheita na propriedades onde os agricultores plantaram com as chuvas do final de 2009.

A migração do cágado d água na caatinga


A foto

Nesta foto, podemos observar um cágado-d'água na caatinga. A fotografia foi obtida numa área de caatinga nativa Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em 19 de maio de 2010.

O fato

Os cágados-d água, geralmente são encontrados nos riachos e rios temporários da região semiárida do Nordeste. Na caatinga são encontradas duas espécies de cágado, a Phrynops geoffroanus e P. tuberculatus, estas podem ser encontradas em riachos, rios e açudes da Caatinga. Acredita-se que na época da chuva, esses animais migram dos açudes para os riachos. Este exemplar da foto foi observado deslocando-se na caatinga em busca de locais com água. Como este ano de 2010 não houve chuvas significativas na região, vários cágados têm sido observados na caatinga em busca de fontes de água. Esta migração põe em risco a espécie, visto que, fora dos corpos de água, os cágados são vulneráveis.

domingo, 23 de maio de 2010

Como estudar o sistema radicular do imbuzeiro


A foto


        Nesta foto podemos observar como é realizado o estudo do sistema radicular de uma planta de imbuzeiro em uma área de caatinga degradada. A fotografia foi obtida na Embrapa Semiárido, Petrolina, PE em 12 de março de 2008.

O fato


O estudo do sistema radicular do imbuzeiro requer cuidados especiais para que todas as raízes e xilopódios sejam localizadas e mensuradas. A retirada do solo exige muito cuidado, visto que, as ferramentas podem danificar as raízes e distorce as informações obtidas. Dependendo do solo onde esta localizada a planta de imbuzeiro a remoção do solo é difícil. Uma das maneiras encontradas para facilitar este trabalho é a utilização de um jato de água com um motor bomba, assim, todo o solo é retirado e as raízes e xilopódios ficam intactas para o estudo.

O crescimento do imbuzeiro na caatinga degradada aos 6 anos


A foto


        Nesta foto podemos observar o sistema radicular de uma planta de imbuzeiro com 6 anos de crescimento em uma área de caatinga degradada. A fotografia foi obtida na Embrapa Semiárido, Petrolina, PE em 14 de abril de 2003.

O fato


O imbuzeiro é uma planta de crescimento muito lento. Na fotografia podemos observar o sistema radicular de uma planta de imbuzeiro aos seis anos de crescimento em uma área de caatinga degradada. Os resultados obtidos aos seis anos foram os seguintes: altura da planta 1,49 m, o diâmetro basal do caule ao nível do solo de 6,31 cm. A circunferência do caule ao nível do solo foi de 15,51 cm. A altura  da copa foi de 1,28 m. O maior e o menor diâmetro da copa foram de 2,38 e 1,95 m, respectivamente. As raízes horizontais e verticais mediram 2,29 e 1,31 m, respectivamente. O maior e menor diâmetro das raízes foram de 3,12 e 0,021 cm. O peso da matéria fresca dos galhos e folhas foi de 7,53 kg. As folhas pesaram 1,89 kg e a madeira 5,64 kg. Em relação à produção de xilopódios, foram encontrados 26 com peso total de 4,48 kg. Aos seis anos as plantas produziram uma média de 3 frutos com peso médio de 22,56 g

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A produção de frutos em plantas novas de imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia podemos observar a colheita de frutos maduros em uma planta jovem de imbuzeiro. A fotografia foi obtida no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE em 5 de abril de 2004.

O fato

Há muita controversa sobre a produção de imbu em plantas novas de imbuzeiro. De modo geral, as plantas provenientes de sementes chamadas de  “pé franco”,  iniciam a produção entre o quarto e o sexto ano após o plantio. Todavia, as plantas provenientes de enxertia, iniciam a produção entre 2,5 a 3 anos após o transplantio. Contudo, já foram identificadas plantas provenientes de sementes que iniciaram a produção entre 6 e 12 meses. Estas plantas estão sendo pesquisadas para multiplicação no futuro. Em trabalhos de pesquisa com 2600 plantas de “pé franco”, obtivemos produção aos 4 anos em 17 plantas, aos 5 anos em 28 e aos 6 anos em 132 plantas. A produção inicial é pequena com uma média de 6 a 12 frutos por planta. Esses resultados ocorrem em função da variabilidade genética do imbuzeiro, visto que, em aproximadamente, 75% das flores ocorre fecundação cruzada. Assim, na natureza a probabilidade de existir plantas de imbuzeiro iguais é praticamente nula.  Daí a grande variabilidade que pode resultar em plantas precoces e tardias. Em uma avaliação da germinação de 500 mil sementes de imbu, conseguimos encontrar plantas que apresentaram floração aos 45 dias após o plantio das sementes. A planta da fotografia com 13 anos foi proveniente de enxertia e iniciou a produção aos 3 anos.