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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As primeiras águas nos barreiros no Sertão de Pernambuco



A foto

Nesta fotografia podemos observar a água de chuva em um barreiro na caatinga. A fotografia foi obtida no do dia 17 de dezembro de 2010 na comunidade de Alto do Angico do município de Petrolina, PE.

O fato


As chuvas no Sertão de Pernambuco em 2010 não foram boas para a produção de alimentos e nem para formação de pastagens para os animais. Dados meteorológicos observados no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido, demonstraram que: no mês de janeiro choveu 26,2 mm. No mês de fevereiro choveu 39,2 mm e 119,3 mm no mês de março. Embora esse volume seja considerado bom para as lavouras, as chuvas dos meses seguintes não foram significativas. No mês de maio choveu somente 13,0 mm. Em junho e julho, choveu 24,5 e 22,5, respectivamente. Já em agosto e setembro, choveu apenas 0,4 e 9,6 mm, respectivamente. Em outubro choveu 40,4 mm e em novembro não foi registrada nenhuma precipitação. No mês de dezembro choveu 45,0 mm. Embora o volume total tenha sido de 377,9 mm no ano, a irregularidade na distribuição, principalmente nos meses de fevereiro a abril, não proporcionaram boas colheitas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A importância da bomba para retirada da água da cisterna



A foto

Nesta fotografia, podemos observar a retirada de água da cisterna com uma bomba. A fotografia foi obtida no dia 17 de maio de 2004 na comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.

O fato

No Sertão do Nordeste brasileiro as cisternas rurais tem sido uma solução muito boa com relação ao problema da água na região, contudo quando se analisa a questão da qualidade da água e as possíveis contaminações, a situação é um pouco preocupante, visto que a população assistida pelas cisternas em sua maioria não acreditam que possam contrair doenças com a água. Assim, há certo descuido com a higiene das cisternas e com os recipientes para retirada da água que podem levar a contaminação das águas nas cisternas. Em muitas residências a água não é clorada e não há filtros para evitar as sujeiras dos telhados. Embora a utilização do hipoclorito já esteja bastante disseminada, ainda há muitos focos de contaminação. Essa contaminação ocorre, geralmente pela sujidade dos telhados e pelo uso de baldes inadequado para retirada da água da cisterna.  Assim, a falta de cuidados com a higiene das mãos e utensílios usados no contato direto com a água e a não utilização do cloro, tornam a maior parte das águas das cisternas ausentes de potabilidade.  A principal fonte de contaminação são os coliformes fecais e Escherichia coli. A utilização de bombas pode ser uma das formas de reduzir a contaminação das águas das cisternas.

O desperdício de água de chuva no Sertão de Pernambuco



A foto

Nesta fotografia, podemos observar o desperdício de água de chuva na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 23 de janeiro de 2004 na comunidade de Varginha no município de Petrolina, PE.
O fato

Muito se fala da seca e da falta de água para o consumo humano no semiárido do Nordeste brasileiro, contudo, para alguns agricultores, parece que isso não é um dos principais problemas da região. Se faltar água, o carro-pipa coloca ou será realizado algum tipo de protesto. A construção de cisternas iniciada em julho de 2003 com o Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semi-Árido: um Milhão de Cisternas Rurais - P1MC trouxe a garantia para os agricultores de que água não faltaria, as cisternas seriam abastecidas pelos carros-pipa enviados pelo governo federal. O objetivo do P1MC é beneficiar cerca de 5 milhões de pessoas em toda região semiárida, com água potável para beber e cozinha, através das cisternas de placas.  Más muito pouco foi realizado em termos de conscientização dos agricultores de que deveria ser aproveitada toda água das chuvas.  Cada cisterna com capacidade de armazenar 16 mil litros de água, captada através de calhas instaladas nos telhados, poderiam armazenar um volume considerável de água de boa qualidade. Com a cisterna, cada família poderia ter mais tranqüilidade nos períodos de seca. Más a realidade é outra, as cisternas tem sido utilizadas em sua maioria para reservatório de água de carro-pipa. Muitos agricultores não têm qualquer preocupação com os telhados e calhas para aproveitar a água de chuva como podemos ver na fotografia. Água de chuva sendo desperdiçada e o agricultor, simplesmente olhando da janela.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

As águas poluídas em áreas de caatinga no Nordeste



O fato

Nesta fotografia podemos ver a água escura de um riacho da caatinga. A fotografia foi obtida no dia 22 de janeiro de 2004 no município de Petrolina, PE.

O fato

A água por natureza não pode ter cor, cheiro ou sabor, contudo quando ocorre às enxurradas em córregos, ribeirões e rios da caatinga, normalmente a água apresenta uma coloração barrenta. Essa coloração ocorre em função das partículas do solo em suspensão, principalmente logo após as chuvas torrenciais que levam terra para assorear os rios e riachos. Assim, logo que ocorrem chuvas, pode-se ver essa água barrenta que também é chamada pelos agricultores de água nova. Por outro lado, alguns pequenos riachos da caatinga que cortam as áreas de irrigação no município de Petrolina, PE não apresentam mais essa característica, pois quando essa água encontra as lagoas formadas pela drenagem das áreas irrigadas toma a coloração escura, turva, esverdeada. Essa tonalidade pode ser em função do uso excessivo de matéria orgânica, fertilizantes e defensivos agrícolas nas áreas de irrigação.

O escoamento de água de chuva na caatinga





A foto

Nesta fotografia podemos ver o escoamento de água de chuva em uma estrada da caatinga. A fotografia foi obtida no dia 29 de outubro de 2010 na comunidade de Varginha no município de Petrolina, PE.


O fato

Embora, se tenha a certeza de que a seca no Sertão do Semiárido brasileiro é severa, esta região é considerada como um dos semiáridos mais úmidos do planeta, uma vez que é delimitada pela isoieta de 800 mm, em média, podendo ocorrer anos de precipitação acima de 1000 mm o que significa um volume de água considerável para uma região onde há deficiência e irregularidade na distribuição de chuvas que provocam secas periódicas. Nos 600.000 km² de terrenos cristalinos do Nordeste semiárido, as médias pluviométricas variam entre 400 e 800 mm anuais, enquanto que as taxas de evaporação em "tanques Classe A" variam entre 1000 e 3000 mm/ano. Assim, o fator determinante da falta de água no Nordeste não é a ocorrência de pouca chuva, más a grande evaporação que assola a região. O escoamento superficial tem origem, fundamentalmente, nas precipitações. Ao chegar ao solo, parte da água se infiltra, parte é retirada pelas depressões do terreno e parte se escoa pela superfície. Inicialmente a água se infiltra; tão logo a intensidade da chuva exceda a capacidade de infiltração do terreno, a água é coletada pelas pequenas depressões. Quando o nível à montante se eleva e superpõe o obstáculo (ou o destrói), o fluxo se inicia, seguindo as linhas de maior declive, formando sucessivamente as enxurradas que chegam aos córregos, ribeirões, rios e reservatórios de acumulação e finalmente ao oceano.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

As nascentes de água no Sertão do Nordeste


A foto

Nesta fotografia podemos observar uma cacimba ou poço com água de mina.  A fotografia foi obtida no dia 25 de setembro de 2003 na Comunidade de Cacimba de Baltazar no município de Petrolina, PE.

O fato

No Sertão do Nordeste existe uma quantidade enorme de nascentes de água. Uma  tradicional é a mina. A mina é uma escavação na terra para obtenção de água. Normalmente as minas estão localizadas próximas as encostas ou paredões onde surgem as nascentes. Os agricultores quando encontram essas pequenas nascentes iniciam uma escavação para formação de uma cacimba ou poço. Há minas de todos os tamanhos e com diferentes tipos de água. Em muitas minas a água apresenta uma qualidade muito ruim que não serve nem para os animais. De modo geral, as águas das minas são uma alternativa para suprimento de água de consumo no período de seca. Embora essa água possa ser utilizada para o consumo humano, ela deve ser coada, fervida, filtrada ou clorada. Um fator importante é a proteção da mina com cerca para evitar a entrada de animais. Nessa comunidade, essa mina existe a mais de 100 anos. Sua água não é boa para o consumo humano, más é utilizada para os animais e produção de hortaliças. O que chama a atenção é que mesmo nos anos de seca severa, a velha mina não falta água.