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segunda-feira, 23 de abril de 2012

A primeira cisterna de plástico de Petrolina


As fotos

Nestas fotografias podemos ver cenas da fábrica de cisternas de plástico e a primeira cisterna de plástico implantada no Sertão do São Francisco. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.









O fato

A implantação das cisternas de plástico em diversas comunidades do Nordeste tem sido uma ação muito pontual do Governo Federal no sentido de atender os anseios das famílias rurais que vem sofrendo ano a fio com as irregularidades das chuvas no Sertão. A facilidade na implantação é uma vantagem em relação às cisternas de placas, visto que, são necessários somente 3 dias para que a família tenha uma cisterna instalada. Antes, além dos problemas burocráticos do P1MC para instalação das cisternas, a construção era demorada, principalmente para a escavação do buraco. Hoje, a operação é simples e rapidamente todo o sistema é implantado deixando as famílias muito felizes.    A família beneficiada na comunidade foi a da agricultora dona Joelma Maria de Oliveira que já não tinha esperança de receber uma cisterna de placas pelo programa P1MC. Com essa cisterna as 5 pessoas da família não terão mais problemas com a falta de água para sua necessidades básicas.

Os jumentos da caatinga nordestina


A foto

Nesta fotografia, podemos observar um jumento e um filhote na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 19 de abril de 2012 na caatinga da comunidade de Atalho no município de Petrolina, PE.







O fato

Nada é mais tradicional no Sertão nordestino do que o jumento. Este animal que popularmente é chamado de jegue já foi a principal montaria para o transporte de pessoas e cargas no interior das caatingas. Onde não dava para ir no Jeep, o jumento chegava sem qualquer problema. No transporte de mantimentos, água, pessoas, etc. Toda família no interior do Sertão tinha seu jumentinho para realizar suas atividades diárias, principalmente, a busca de água para beber. Essas qualidades do jumento foram devidamente reconhecidas pelo Padre Antônio Vieira em seus sermões lá no interior do Ceará na capela de Várzea Alegre. Foi ele que em 1964 exaltou o jumento no livro “O jumento, nosso irmão” em 1964. Com essa campanha veio a música de Patativa do Assaré e Luiz Gonzaga  intitulada “É verdade, meu senhor / Essa estória do sertão / Padre Vieira falou / Que o jumento é nosso irmão”. Todavia, como tudo passa, os tempos de glória do jumento passou, hoje com as facilidades de transportes, motos, caminhões chegando em todos os rincões do Sertão, os jumentos estão abandonados nas caatingas e as margens das rodovias causando graves acidentes.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O consumo da catingueira pelos caprinos no Sertão


As fotos


Nesta fotografia, podemos observar algumas planta de catingueira floridas. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.



Os fatos


Embora a seca esteja assolando as caatingas do Sertão nordestino, muitas plantas nativas da caatinga estão com muitas folhas. Essas folhas são importantes para alimentação dos animais, principalmente dos caprinos. Entre essas plantas temos a catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tul.) que é uma espécie arbórea, endêmica da caatinga nordestina de ocorrência, principalmente nos estados de Pernambuco, Paraíba Alagoas e Bahia. O uso desta planta pelos agricultores é caracterizado pela extração da lenha para produção de carvão vegetal e para construção, principalmente de apriscos. Essa atividade tem contribuído para redução da densidade populacional desta espécie. A catingueira também é utilizada na medicina caseira para tratar casos de descontrole intestinal e processos inflamatórios. Embora a folha da catingueira apresente um aroma desagradável, quando esmagadas, essa planta tem suas folhas e brotos consumidos pelos animais logo no início das chuvas no sertão. A catingueira é uma das primeiras plantas a emitir brotação após as primeiras chuvas, sendo assim, uma fonte de alimentos para os caprinos e bovinos da caatinga no período de seca.

Os pequenos açudes do Sertão de Pernambuco


As fotos

Nestas fotografias podemos observar  pequenos açudes na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Afrânio e Petrolina, PE.





O fato

Para aproveitar a água das chuvas na região semiárida do Nordeste os agricultores utilizam de conhecimentos milenares como os barreiros, caxios ou caldeirões, cacimbas, barragens, açudes, etc. Todavia, todas essas alternativas tradicionais não terão sucesso se não seguirem algumas regras básicas que norteiam o armazenamento de água de chuva. Entre essas regras uma das mais importantes é  a área de captação e a capacidade de armazenamento. Em muitas comunidades do Sertão os barreiros e açudes são construídos em locais não adequados e com área de captação maior ou menor que a capacidade de armazenamento dos mesmos. Na fotografia, podemos observar que os pequenos açudes encontram-se em uma área com potencial altíssimo de escoamento e o tanque de armazenamento pequeno para  suportar toda água. Assim, quando ocorrer chuvas acima da média na região, esses pequenos açudes não suportaram as enxurradas e vão arrebentar.

A água barrenta dos barreiros



As fotos


Nestas fotografias  podemos observar a água barrenta em alguns barreiros do Sertão.  As fotografias foram obtidas nos municípios de Afrânio e Petrolina, PE.





Os fatos

A seca que assola a região semiárida do Nordeste neste ano está sendo considerada uma da mais severa já ocorrida. Até o momento, quase nada choveu nos Sertões e tudo na região está sofrendo com as altas temperaturas e falta de água. Embora a região semiárida do Nordeste brasileiro seja uma das semiáridas do mundo onde mais chove com um total de 700 bilhões de metros cúbicos por ano, a maior parte dessa chuva não é aproveitada em todo o seu potencial, pois, mesmo existindo grande quantidade de barreiros e açudes no Nordeste, 36 bilhões de m3 se perdem pelo escoamento superficial.  Parte dessa água fica acumulada em grandes e pequenos barreiros por todo o Sertão. A água dos barreiros tem uma importância muito grande para os pequenos agricultores, principalmente para suprir a sede dos animais. Essa água, embora não seja de boa qualidade é a garantia de sobrevivência dos animais na seca.  Na fotografia, podemos ver que a água acumulada nesse barreiro esta barrenta com muito sedimento em suspensão e não serve para consumo humano. Todavia, na falta de água, resta aos agricultores aproveitarem qualquer água.


domingo, 15 de abril de 2012

Aspectos do crescimento do imbuzeiro aos 14 anos



As fotos

Nestas fotografias podemos observar o sistema radicular de uma planta de imbuzeiro com 14 anos de crescimento. A fotografia foi obtida na Embrapa Semiárido, Petrolina, PE em 13 de abril de 2012.



Os fatos

O imbuzeiro é uma planta que pode alcançar idade superior a 100 anos, todavia seu crescimento é muito lento. Na fotografia podemos observar o sistema radicular de uma planta de imbuzeiro aos 14 anos de crescimento. Os resultados obtidos aos 14 anos foram os seguintes: altura da planta 2,40 m, o diâmetro basal do caule ao nível do solo de 10,2 cm. A circunferência do caule ao nível do solo foi de 31,3 cm. A altura  da copa foi de 2,21 m. O maior e o menor diâmetro da copa foram de 6,65 e 5,55 m, respectivamente. As raízes horizontais e verticais mediram 9,27 e 1,47 m, respectivamente. O maior e menor diâmetro das raízes foram de 9,22 e 0,003 cm. O peso da matéria fresca dos galhos foi de 58,3 kg com um volume de  60,5 litros. As folhas pesaram 8,35 kg. As raízes pesaram 17,59 kg com um volume de 19,37 litros. Em relação à produção de xilopódios, foram encontrados 634. Essa planta produziu na última safra um total de 1.960 frutos com peso médio de 17,23 g e um total de 18,42 kg.