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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Programa 1 milhão de poços no Sertão


As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns cata-ventos na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.






Os fatos

A seca que assola a região semiárida do Nordeste neste ano, trás a tona as mais variadas tentativas para se conseguir água no interior das caatingas. Nos Sertões do Nordeste existem muitos poços profundos de onde a água é retirada normalmente por cata-ventos ou bombas. O problema é que na maior parte destes poços a água é salobra. Embora esta água possa ser em alguns casos consumida pelos animais, na maioria das vezes é imprópria para o consumo humano. Contudo, em anos de secas severas, só resta à água salobra obtida pelos velhos cata-ventos. Como a geologia da região nordestina é constituída por mais de 70% de embasamento cristalino, as possibilidades de existência de água no subsolo só ocorre nas fraturas das rochas e nos aluviões perto de rios e riachos. Contudo, na maior parte dos poços as águas não servem para o consumo humano em função das altas concentrações de sal, visto que essas águas ficam retidas por muito tempo no solo e se mineralizam aumentando sua salinidade. Porém, milhares de poços já foram abertos na região semiárida e suas águas, mesmo impróprias para o consumo, têm salvado muitos animais nas secas. Neste momento da crise causada pela falta de chuvas, só resta aos agricultores comprar água de carro-pipa ou matar a sede dos animais com a velha água salobra dos poços da caatinga que ainda não secaram. Será que já não esta na hora de criarmos o programa de 1 milhão de poços! Se o Governo Federal garante a água de beber com o carro-pipa, porque não perfurar um poço ao lado de cada residência do Sertão.

O transporte de água no Sertão


As fotos

Nesta fotografia, podemos ver o transporte de água para consumo humano no Sertão de Pernambuco. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.






O fato



Em todas as comunidades rurais do Sertão de Pernambuco a seca de 2012 tem castigado os agricultores na busca de água para atender suas necessidades. Nessas comunidades a principal dificuldade é a obtenção de água para atender os animais. Embora o Governo Estadual por meio do IPA está fornecendo um carro-pipa de água com aproximadamente 8 mil litros por mês para cada família, esse volume só atende as necessidades de consumo e afazeres domésticos, porém, para atender outras necessidades das famílias, principalmente, para o consumo dos animais, os agricultores tem que procurar outras fontes de água. Para isso o transporte animal ainda é o principal meio de transporte. Assim, os agricultores coletam água em poços, barreiros, cacimbas, açudes, etc., e transportam para suas residências.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Os carros-pipa e a distribuição de água no Sertão

As fotos

Nestas fotografias podemos ver a coleta de água por carro-pipa em um canal de irrigação. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.






O fato

As irregularidades das chuvas neste ano de 2012 em toda a região semiárida do Nordeste têm colocado em evidência um fenômeno muito questionado que é o uso do carro-pipa para abastecer as famílias rurais em períodos de seca. Em secas recentes, a distribuição de água nas comunidades do interior por carro-pipa sempre tinha um cunho político onde os interesses dos prefeitos, vereadores, entre outros, estava acima das necessidades dos moradores da caatinga. Recentemente, no ano de 2006 o governo Federal criou o  Programa Operação Carro-Pipa. Esse com tem como proposta básica a distribuição emergencial de água nos municípios atingidos pela estiagem em todo o Nordeste. Seu principal objetivo é a distribuição de água potável, através de carros pipa, aos locais afetados pela estiagem. O é gerenciado pelo Ministério da Integração Nacional em parceria com a Secretaria Nacional de Defesa Civil. Em função da gravidade da seca deste ano, os carros-pipa estão coletando água em qualquer fonte o que causa preocupação visto que essa água necessita de um tratamento prévio entes do consumo, pois, não é qualquer água que pode ser consumida. Será que os órgãos responsáveis pela operação pipa estão orientando os agricultores para o devido tratamento desta água.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Não choveu nada no Sertão no mês de abril de 2012



As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns barreiro com e sem água. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.







O fato

As chuvas que ocorreram até o momento no Sertão de Pernambuco, não têm contribuindo para amenizar a seca severa que afeta toda região. Do dia primeiro de janeiro de 2012 até hoje, 30 de abril, choveu somente 105,1 mm na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido. No mês de janeiro não foi registrada nenhuma precipitação. Essa ocorrência não é exceção, visto que no mês de janeiro de 2006 também não choveu nada na região. Contudo, a média histórica de uma série de 1982 a 2011 para o mês de janeiro é de 92,4 mm. No mês de fevereiro choveu um total de 84,5 mm. Esse volume é superior à média histórica para o mês de fevereiro que é de 83,9 mm. No mês de março o total de chuvas na região foi de 20,6 mm, muito abaixo da média para esse mês que é de 129,4 mm. Contudo, no mês de abril de 2012 não foi registrada nenhuma precipitação na Estação Experimental da Caatinga. A média histórica para esse mês é de 68,6 mm. Embora já tenha sido registrado mês de abril sem chuvas como foi em abril de 1999, a situação da região semiárida de Pernambuco é uma das mais difíceis dos últimos anos. Como as médias históricas dos meses de maio, junho, julho, agosto e setembro não são significativas, agora só resta aos agricultores do Sertão esperar as trovoadas de outubro de 2012.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

A situação do milho no Sertão com a falta de chuvas


As fotos

Nestas fotografias podemos observar o estádio de desenvolvimento da cultura do milho na caatinga com a falta de chuvas. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.




Os fatos

O ano de 2012 está sendo um dos piores em termos de chuvas no Sertão do Nordeste. No município de Petrolina no mês de janeiro não foi registrada nenhuma precipitação. Em fevereiro choveu um total de 84,5 mm, sendo 0,3 mm no dia 1 de fevereiro, 14,2 mm no dia 10; 5 mm no dia 11 e 8,5 mm no dia 12. A maior precipitação foi registrada no dia 19 de fevereiro com 56,5 mm. No mês de março foram registrados 20,6 mm, sendo 1,5 no dia 7 e 19,1 mm no dia 19 de março. Até o dia 26 de abril não foi registrada nenhuma precipitação em muitas áreas do Sertão de Pernambuco. Muitos agricultores que fizeram o plantio de milho e feijão com as chuvas de fevereiro estão vendo suas plantações se perderem com a forte insolação que tem ocorrido em toda região até este momento de abril. Este ano não haverá milho para ser assado nas fogueiras de São João no Sertão do Nordeste, como se pode ver na fotografia  o milho murcho e morrendo pela falta de chuvas.