As fotos
Nestas fotografias podemos observar a construção
de barreiros e barraginhas no Sertão do Nordeste. As fotografias foram obtidas na Comunidade de Volta do Riacho, Comunidade de Caldeirão e no Comunidade de
Cristália no município de Petrolina, PE.
O fato
Embora a região Nordeste do Brasil abranja uma
área significativa, suas bacias hidrográficas acumulam apenas 3% das águas
disponíveis no País. São apenas dois grandes rios perenes que cortam a região,
o São Francisco e o Parnaíba. O São Francisco é responsável por 63% da
disponibilidade de água no Nordeste e o Parnaíba, por apenas 15%. Os demais
rios da região são intermitentes e só fluem no período de chuvas. Mesmo assim,
esses rios contribuem com mais de 20% da disponibilidade de água na região.
Para aumentar a disponibilidade de água na região Nordeste foi construído mais
de 70 mil grandes açudes no semiárido, cuja capacidade chega a mais de 30
bilhões de m³ de água. Contudo, esse volume ainda não atende as necessidades
das populações em períodos de grandes estiagens. Na busca de alternativas para
aumentar a disponibilidade de água no semiárido, muitas tecnologias voltadas
para a captação e o armazenamento de água das chuvas têm sido desenvolvidas e
adaptadas, tais como, os barreiros de irrigação de salvação, as barragens
subterrâneas, as cisternas rurais, as barraginhas, as águas de estradas e
caminhos, etc. Entre essas alternativas, a captação de água de estradas e
caminhos adaptada pela Embrapa Semiárido no início dos anos 80, tem contribuído
para o aproveitamento de um enorme volume de água de chuva que se perde
anualmente por escoamento superficial nas estradas e caminhos do Sertão. Mais
recentemente uma ação dos Governos Federal, Estaduais e municipais vem
construindo barraginhas e barreiros em muitas comunidades com o objetivo de
aumentar a oferta de água para os agricultores nos períodos de seca. No Caso
das barraginhas, estas têm sido construídas para captar a água das chuvas das
estradas e caminhos. Contudo, em função da intensidade das chuvas, muitas delas
não suportam o volume do escoamento e rompem-se.