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terça-feira, 5 de setembro de 2017

A frutificação do quipá na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar a ocorrência da frutificação do quipá na caatinga.  As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.

































Os fatos


No Sertão de Pernambuco, o início do período de seca na caatinga, começa com a frutificação do quipá. Essa pequena palmatória pertence à família das Cactaceae e ocorre em toda região semiárida, principalmente em solos rasos e pedregosos. Embora seja uma cactácea de crescimento, essencialmente, rasteiro, muitas plantas desenvolvem um porte retilíneo, chegando a mais de 1 m de altura. Uma das características dessa planta é a presença de pequenos espinhos que causam danos à pele dos homens e animais. Por outro lado, o quipá é muito importante para fauna e flora da região. Na época da floração, muitos insetos e pássaros da caatinga se alimentam de suas flores e quando da frutificação, os pássaros da caatinga consomem seus frutos e dispensam suas sementes. Os frutos também são utilizados pelos agricultores para consumo in natura ou processamentos de doces e geleias. Outra utilização do quipá é na medicinal caseira. Aqui no Sertão de Pernambuco, quando a seca é grave, alguns agricultores queimam o quipá para retirada dos espinhos, antes de oferta para os animais.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

O urubu-de-cabeça-preta da caatinga



As fotos

Nestas fotografias podemos observar o urubu-de-cabeça-preta da caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.






Os fatos

O urubu-de-cabeça-preta ou urubu carniceiro é o mais abundante das catingas do Nordeste.  Essa espécie tem como principal característica o consumo de carcaças de animais mortos. Na caatinga essas aves voam em bandos em grandes altitudes para detectar os cheiros que possam indicar a presença de animais mortos. Quando encontram as carcaças eles a destroem impiedosamente. Diferente de seus similares, o carcará e o urubu-de-cabeça-vermelha que dificilmente consomem carcaças, os urubus-de-cabeça-preta são conhecidos como limpadores, pois consomem tudo que exala mau cheiro e esteja o seu alcance. Por outro lado, a presença de ave em algum ponto da caatinga, serve como indicação de uma carcaça, por isso, os agricultores sempre estão atentos à presença dos urubus-pretos para verificar seu ocorreu à morte de algum animal do rebanho.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

O urubu-de-cabeça-vermelha da caatinga.



As fotos

Nestas fotografias podemos observar o urubu-de-cabeça-vermelha da caatinga nordestina. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.










Os fatos

No Sertão do Nordeste, os urubus são as aves de rapina predominante da caatinga. São diferentes tipos de urubus, principalmente o de cabeça-preta e o de cabeça-vermelha. O urubu de cabeça-preta é mais frequente pela sua presença constante nas carcaças de animais mortos. Já o urubu-de-cabeça-vermelha é menos visto. Essa espécie é muito hábil em localização de carcaças antes que os urubus-de-cabeça-preta cheguem e estraçalhem tudo. Outra característica dessa ave é a captura de pequenos pássaros e répteis para comer. Já o urubu-de-cabeça-preta, embora seja a maioria predominante, só chegam às carcaças depois do carcará e do urubu-de-cabeça-vermelha. Uma característica do urubu-de-cabeça-preta é que sua alimentação não se restringe somente as carcaças, más a tudo que cheira mal na caatinga.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

O carcará da caatinga



As fotos

Nestas fotografias podemos observar o carcará da caatinga nordestina. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.









Os fatos

Nas caatingas do Sertão nordestino, uma das aves de rapina que se destaca é o carcará (Caracara plancus). Suas cores são marcantes, principalmente no entorno da cabeça. A principal característica do carcará é sua chegada rapidamente no local onde morre um animal, isto é, ele sente o cheiro do sangue e localiza as carcaças com rapidez, antes de qualquer outra ave de rapina da caatinga. Ao encontrar o animal morto, ele comem algumas partes  e deixam os restos para os urubus. Dificilmente se ver um carcará comendo animais mortos a muitas horas, como fazem os urubus.  Por isso ele é conhecido muito como uma ave de rapina nobre.  Sua alimentação é muito variada e depende do que encontra na caatinga. Há muitos relatos de que o carcará ataca os cabritos e borregos novos. Sempre voam em grupos de 2 a 3 aves. Outra característica do carcará é a busca de ovos e filhotes em ninhos de outras aves.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

O consumo de folhas e frutos do imbuzeiro pelos caprinos no Sertão do Nordeste

                     O consumo de folhas e frutos do imbuzeiro pelos caprinos no Sertão do Nordeste

 As fotos

Nestas fotografias podemos observar caprinos consumindo frutos e folhas do imbuzeiro. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.

















Os fatos

Na região semiárida do Nordeste brasileiro a agricultura convive com uma série de adversidades, tendo na escassez dos recursos hídricos, sua principal restrição. Por outro lado, fator de natureza, física, biológica e socioeconômica tem contribuído para que a produção agrícola não atinja os objetivos desejados. Todavia, algumas plantas nativas da região semiárida, de modo especial, o imbuzeiro ou umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) adaptando-se as intempéries climáticas que assolam a região e apresenta  boa produção,  possibilitando  o extrativismo do seu fruto pelos pequenos agricultores, constituindo-se como fonte complementar de sua renda e muitas vezes, como a única fonte de renda para algumas famílias rurais. Quanto aos animais, um estudo realizado na  comunidade de Alta do Angico no município de Petrolina, PE, demonstrou que, em média, são consumidos 26,47 kg de folhas verdes por planta pelos animais na estação chuvosa. Esse volume de folhas consumidas demonstra a palatabilidade desta planta, visto que, no período de consumo, a vegetação da caatinga é muito variada em função das chuvas. No período de queda das folhas do imbuzeiro, foram consumidos, em média, 39,52 kg de folhas maduras e secas caídas ao solo embaixo das plantas. Já com relação aos frutos, os animais consumiram, em média, 9.172 frutos num período de safra. O maior número de frutos consumidos por um animal foi de 11.760 frutos. Esse volume correspondeu a um consumo médio de 10,92% do peso vivo do animal. O peso estimado dos frutos consumidos por animal foi de 162,91 kg. A quantidade média de frutos consumida por dia foi de 157,42 frutos com peso estimado de 2,80 kg por animal.