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terça-feira, 15 de março de 2016

A reprodução do nambu na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns aspectos da reprodução do nambu na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.















Os fatos


A reprodução do nambu ou inhambu-chintã (Crypturellus parvirostris) ainda é pouco desconhecida, visto que essa ave é muito arisca e dificilmente vista na caatinga. A reprodução do nambu ocorre principalmente no período de chuvas, isto é, de janeiro a março. Nesta época a caatinga está com sua vegetação densa e o nambu aproveita as pequenas moitas verdes de marmeleiro para fazer seu ninho. O ninho do nambu é pouco trabalhado, na verdade ele juntas pequenos galhos secos do solo e forma o ninho. De modo geral o nambu põe cinco ovos. Como o ninho é no chão, muitas vezes é facilmente achado pelos animais que consomem os ovos. Todavia, o nambu tem algumas artimanhas para engana os predadores, como a cobertura do ninho com folhas secas. Assim, toda vez que a fêmea sai do ninho, ela coloca uma boa quantidade de folhas sobre os ovos o que dificulta sua visualização. Segundo os moradores da caatinga, dificilmente se ver filhotes de nambu no ninho. Isso ocorre normalmente porque o nascimento acontece a noite e pela manha os filhotes saem do ninho com a mãe para caminhar na caatinga. O detalhe e que a mãe não volta mais para o local do ninho. Mais ela e vista com os filhotes procurando comida no chão da caatinga.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Animais da caatinga em busca de frutos do imbuzeiro

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns animais da caatinga em busca de frutos do imbuzeiro para consumo. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.








Os fatos


No Sertão de Pernambuco, a fenologia reprodutiva do imbuzeiro tem início nos meses de agosto e setembro com o início da floração. No ano passado as plantas de imbuzeiro apresentaram poucas flores, em função das irregularidades das chuvas. Nas plantas onde ocorreu floração, essa foi severamente atacada pelos pássaros e insetos, visto que, no período da floração do imbuzeiro, suas flores são as únicas opções para insetos e pássaros da caatinga. Em algumas plantas a floração é totalmente danificada o que provoca um atraso na ocorrência da safra no ano seguinte. O imbuzeiro, mesmo em anos de seca severa ainda consegue produzir frutos que são consumidos pelos animais da caatinga, tais como o caititu, o veado catingueiro, a raposa e muitos pássaros. Na época da safra do imbuzeiro, os frutos são a base da cadeia alimentar desses animais. Diante disso, esta havendo um atraso na frutificação do imbuzeiro no Sertão e os animais silvestres já estão se deslocando na caatinga em busca das plantas com frutos. 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

A reprodução da juriti na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar a juriti no ninho. As fotografias foram obtidas na caatinga do município de Petrolina, PE.









Os fatos


No Sertão do Nordeste, o canto da juriti é um dos sons marcante da caatinga. A juriti com sua plumagem marrom-claro vivem constantemente no solo, quando pessoas ou animais se aproximam, elas voam e logo voltam ao solo. No solo as juritis alimentam-se basicamente de sementes. A reprodução das juritis no Sertão do Nordeste ocorre nos meses de janeiro a abril, período de ocorrência de chuvas, quando a vegetação está muito verde. A juriti é preguiçosa na formação do ninho, isto é, ela junta poucos galhos no solo, leva para cima de uma arvore e forma o ninho. Essa forma de reprodução é muito vulnerável, principalmente pelo ataque das aves predadoras como o cancão. Embora se diga que a juriti seja uma ave solitária, muitas juritis são vistas no solo quando há comida e nos locais para beber água. Em cada três ninhos de juriti, dois são danificados pelos pássaros predadores, o que pode está reduzindo sua população na caatinga do Nordeste.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Água de chuvas no semiárido do Nordeste

As fotos

Nestas fotografias podemos observar as consequências das chuvas nos rios, barragens e riachos na caatinga do município de Petrolina, PE.










Os fatos


Segundo o Dr. Aldo da C. Rebouças, a semelhança de outras regiões semiáridas do mundo, o semiárido brasileiro apresenta solos rasos e pedregosos, com baixa capacidade de retenção de água. Por outro lado, registra uma precipitação anual, em torno de 700 bilhões de m³ de água. Desse total, cerca de 642 bilhões são consumidos pela evapotranspiração e o restante, 36 bilhões de m³, perde-se por escoamento superficial. Somente 24 bilhões de m³ ficam efetivamente disponíveis para o aproveitamento. Mesmo assim, é muita água para amenizar as secas que periodicamente assolam a região. No século passado tivemos a política da açudagem com a criação em 1909 do Departamento Nacional de Obras Contra as secas – DNOCS, muitos açudes e barragens foram construídos no Nordeste semiárido, porém, hoje diante das necessidades da crescente população, principalmente no meio rural, se houvesse uma nova era de construção de grandes açudes e barragens, ainda daria para se aproveitar muita água da chuva no Nordeste semiárido.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Chuvas e enchentes no Sertão de Pernambuco

As fotos
Nestas fotografias podemos observar grande volume de água escoando em riachos da caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.








Os fatos



Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima – APAC, a previsão para o trimestre janeiro-fevereiro-março de 2016 em Pernambuco era a seguinte: “A previsão para o próximo trimestre é de chuvas abaixo da média em todas as regiões do estado de Pernambuco, principalmente para o Sertão, que terá a sua quadra chuvosa prejudicada, isto também acarreta temperaturas acima da média. Essa situação é consequência da subsidência do ar devido ao fenômeno El Niño. Portanto, recomenda-se o acompanhamento diário das previsões do tempo realizadas pela APAC e as emissões de relatórios e informes com a situação para todo o estado”. Essa previsão foi de água a baixo. O inicio de 2016 vem com um bom começo para a região do Sertão de Pernambuco com a ocorrência de chuvas em vários municípios. No município de Petrolina, PE o ano de 2015 fechou com um total de 296,7 mm. Considerando que nossa média em uma série de 34 anos de 1982 a 2014 é de 515,4 mm. Esse total está abaixo da média. Em 2012 choveu um total de 147,5 mm, seguido por 2013 com 351,7 mm e 2014 com 354,4 mm. Como sempre ocorrem chuvas ate o final de dezembro, a esperança dos sertanejos ainda permaneceu.  Dezembro de 2015 choveu um total de 41,7 mm. Essas chuvas embora em volume pequeno deram início a mudança na região com o surgimento de uma nova cobertura vegetal na caatinga. Neste começo de ano tivemos até o momento 10 eventos de chuvas com um total de 233,1 mm.  Quase tudo que choveu em 2015. No dia 6 de janeiro de 2016 chuvas significativas em vários municípios da região do Sertão de Pernambuco. Em Petrolina, choveu 34,4 mm. Em Orocó choveu 42,6 mm. Em Cabrobó choveu 36,8 mm e em Lagoa Grande um total de 25,8 mm. No dia 8 de janeiro de 2016 foram registrados 170 mm no município de Verdejante na Mesorregião do Sertão de Pernambuco. Esse volume é muito significativo para o mês de janeiro, considerado de pouca chuva na região. Segundo dados do  monitoramento da chuva no Campo Experimental de Bebedouro no município de Petrolina, PE que teve início em 1963, divulgados pela Dra. Magna Soelma B. de Moura, os totais pluviométricos do mês de janeiro do período de 1963 a 2016 demonstram que há uma grande probabilidade que o mês de janeiro ocorram chuvas significativas na região. Embora existam anos em que não foram verificadas chuvas no mês de janeiro, em outros como 2004 o total de janeiro alcançou valores igual a 451,3 mm. Somente em cinco anos (1985, 1992, 2002, 2004 e 2016) a chuva acumulada no mês de janeiro foi superior a 200 mm. Até a presente data, o mês de janeiro já contabiliza 215,6 mm, destacando-se como o quarto mais chuvoso desde que se realiza o monitoramento no Campo Experimental de Bebedouro. No Campo Experimental da Caatinga no mês de janeiro as chuvas foram distribuídas assim: no dia 5 de janeiro choveu 2,0 mm; no dia 7 choveu 57,5 mm; no dia 8 choveu 37,4 mm; no dia 9 choveu 1,5 mm; no dia 14 choveu 3,5 mm; no dia 16 choveu 7,5 mm; no dia 17 choveu 6,0 mm; no dia 18 choveu 9,7 mm; no dia 21 choveu 12,5 mm e no dia 22 um total de 95,5 mm, totalizando 233,1 mm até o presente.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

As chuvas de janeiro de 2016 no Sertão de Pernambuco

As fotos

Nestas fotografias podemos observar a ocorrência de uma forte chuva na caatinga do município de Petrolina. As fotografias foram obtidas por Dra. Magna Soelma B. de Moura no município de Petrolina, PE.








Os fatos



O inicio de 2016 vem com um bom começo para a região do Sertão de Pernambuco com a ocorrência de chuvas em vários municípios. No município de Petrolina, PE o ano de 2015 fechou com um total de 254,5 mm. Considerando que nossa média em uma série de 34 anos de 1982 a 2014 é de 515,4 mm. Esse total está abaixo da média. Em 2012 choveu um total de 147,5 mm, seguido por 2013 com 351,7 mm e 2014 com 354,4 mm. Como sempre ocorrem chuvas ate o final de dezembro, a esperança dos sertanejos ainda permaneceu.  Dezembro de 2015 choveu um total de 31,7 mm, sendo 20,5 mm no dia 6; 1,1 mm no dia 19; 1,9 mm no dia  e 8,1 mm no dia 29. Essas chuvas embora em volume pequeno deu inicio da mudança na região com o surgimento de uma nova cobertura vegetal na caatinga. Neste começo de ano tivemos no dia 6 de janeiro de 2016 chuvas significativas em vários municípios da região do Sertão de Pernambuco. Em Petrolina, choveu 34,4 mm. Em Orocó choveu 42,6 mm. Em Cabrobó choveu 36,8 mm e em Lagoa Grande um total de 25,8 mm. No dia 8 de janeiro de 2016 foram registrados 170 mm no município de Verdejante na Mesorregião do Sertão de Pernambuco. Esse volume é  muito significativo para o mês de janeiro, considerado de pouca chuva na região.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

As primeiras chuvas no Sertão de Pernambuco e as flores da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar as flores da caatinga, após uma chuva. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.













Os fatos


No Sertão de Pernambuco, a seca começa a perde força com a ocorrência de algumas chuvas em diversas áreas do sertão. De janeiro até hoje, são mais de 300 dias sem chuvas. Nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro, não foi registrada nenhuma precipitação na caatinga. No total, são 285,2 mm, sendo 129,7 mm só no mês de abril. Neste início de dezembro, as primeiras chuvas trazem uma nova esperança parta os sertanejos. Há relatos que em algumas comunidades as chuvas encheram os barreiros e pequenos açudes. Nestes locais foram registrados mais de 60 mm nas chuvas do dia 6 de dezembro. A caatinga tem uma capacidade ímpar na recuperação da vegetação totalmente seca e dá uma resposta espetacular com uma grande diversidade de flores logo após as primeiras chuvas. Essa renovação da vegetação tem importância grande para o bioma caatinga, principalmente para alimentação de pássaros, abelhas e outros animais da caatinga que enfrentavam uma restrição severa de falta de alimentos no período de seca.