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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O jacu e a seca no Sertão do Nordeste

As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns jacus na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE. 














Os fatos



O jacu é uma das mais belas aves da caatinga nordestina, contudo sua caça predatória tem contribuído para que essa espécie encontre-se em risco de extinção, principalmente, no Sertão de Pernambuco. Com a seca que ocorreu na região, o jacu inicia suas migrações para áreas da caatinga com fontes de água e alimento. Embora seja uma das aves mais arisca, nessa fase migratória o jacu torna-se presa fácil para os caçadores.  O jacu é uma das maiores espécies de aves da caatinga. Em habitats tradicionais os jacus são vistos encima das árvores, más na caatinga como as plantas são pequenas em comparação com as grandes florestas, o jacu é visto sempre no chão. No período de seca o jacu alimenta-se basicamente das sementes caídas ao solo e pequenos insetos escondidos entres as folhas secas. Normalmente o jacu procura água para beber uma vez por dia. Assim, como as fontes de água na caatinga no período de seca são poucas e disputadas por outros animais, o jacu é sempre vítima de caçadores que aguardam os animais nas fontes de água. 

terça-feira, 11 de outubro de 2016

A raposa albina da caatinga



As fotos

Nestas fotografias podemos observar uma raposa da caatinga com anomalia na sua pelagem. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.







Os fatos

A raposa (Dusicyon thous) da caatinga é um pequeno carnívoro de pelagem cinza escura. Quando na idade avançada seus pelos parecem mais claros. Há raposas com cores marcantes em diferentes regiões do mundo, como a raposa branca e a vermelha do Ártico. Contudo a ocorrência do albinismo tem se manifestado em diferentes espécies de animais, domésticos e silvestres. Essa alteração genética pode está ocorrendo com a raposa da caatinga, como podemos ver nessas imagens. Embora não sabemos ainda o que tem provocado essa alteração nas raposas da caatinga, esse fato pode ter algumas consequências para essa espécie do bioma caatinga. Em outras regiões do mundo, a mudança de cor é uma adaptação dos animais as mudanças do ambiente, porém no Sertão do Nordeste onde só temos duas estações definidas, inverno e verão, essas alterações podem ser negativas para os animais.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

As primeiras chuvas na caatinga e as flores

As fotos

Nestas fotografias podemos observar as primeiras flores da caatinga no verão de 2016, após uma chuva. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.
















Os fatos


No Sertão de Pernambuco, a seca começa a perde força com a ocorrência de algumas chuvas em diversas áreas do sertão. De janeiro até hoje, são mais de 234 dias sem chuvas. No total, choveu até agora 373,1 mm, sendo 262,2 mm só no mês de janeiro. No mês de fevereiro choveu 46,3 mm. No mês de março, 33,5 mm e 3,7 mm no mês de abril. Maio choveu 15,6 mm e junho 8,0 mm. As chuvas do mês de julho totalizaram 3,8 mm. Nos meses de agosto e setembro não foi registrada nenhuma precipitação. Neste início de outubro, tivemos as primeiras chuvas no Sertão com uma precipitação de 25,3 mm. Há relatos que em algumas comunidades as chuvas chegaram a um volume de 80 mm, encheram os barreiros e pequenos açudes. A caatinga tem uma capacidade ímpar na recuperação da vegetação totalmente seca e dá uma resposta espetacular com uma grande diversidade de flores logo após as primeiras chuvas. Essa renovação da vegetação tem importância grande para o bioma caatinga, principalmente para alimentação de pássaros, abelhas e outros animais da caatinga que enfrentavam uma restrição severa de falta de alimentos no período de seca.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

A reprodução do gavião-carijó na caatinga.



As fotos

Nestas fotografias podemos observar um gavião-carijó no ninho. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.



























 Filhotes logo após abandonarem o ninho.



Os fatos

O gavião-carijó (Rupornis magnirostris) é uma das mais belas aves de rapina da caatinga nordestina. Essa ave pode chegar a mais de 40 cm de comprimento com uma plumagem belíssima variando de cinza a marrom e um azul escuro. No peito as listas marrons e brancas dão um tom de beleza inigualável. O gavião-carijó alimenta-se de pequenos vertebrados e tudo que consegue caçar quando está com fome. Esta espécie, embora seja a mais abundante do Brasil, não é vista com facilidade. Este gavião também é conhecido pelos nomes de anajé, gavião-indaié, inajé e indaié. O ninho do gavião- carijó é muito simples e feito de pequenos galhos secos, sempre em plantas muito altas, talvez assim, eles podem evitar os predadores. Geralmente põe de 2 a 3 ovos. As fêmeas sempre permanecem no ninho. O macho só aparece quando há ameaças ou para alimentar os filhotes. A postura ocorre, geralmente nos meses de agosto e setembro quando a temperatura na caatinga é muito alta e a vegetação está completamente seca. Para alimentar os filhotes, o gavião captura pequenos pássaros, preferencialmente, as rolinhas. Do nascimento no dia 13 de setembro a 17 de outubro, quando os filhotes abandonaram o ninho, foram mais de 35 rolinhas que os gaviões abateram para alimentar os filhotes.