O mandacaru (Cereus jamacaru P.DC.) a planta de maior importância para os pequenos agricultores da região semi-árida do Nordeste no período de seca. Os agricultores também utilizam o facheiro (Pilosocereus pachycladus F. RITTER), o xiquexique (Pilosocereus gounellei K. Schum) e a coroa-de-frande (Melocactus bahiensis Britton & Rose) como alternativas para salvarem seus animais da fome causada pela seca. O mandacaru é cortado e seus espinhos queimados para facilitar seu consumo pelos animais. No período de seca que a maioria dos agricultores utiliza o mandacaru que dispõem em suas propriedades. Contudo, a utilização massiva desta cactácea em períodos de secas sucessivas, tem reduzido significativamente a densidades do mandacaru na caatinga.
terça-feira, 17 de abril de 2007
O consumo do mandacaru pelos caprinos na seca
O mandacaru (Cereus jamacaru P.DC.) a planta de maior importância para os pequenos agricultores da região semi-árida do Nordeste no período de seca. Os agricultores também utilizam o facheiro (Pilosocereus pachycladus F. RITTER), o xiquexique (Pilosocereus gounellei K. Schum) e a coroa-de-frande (Melocactus bahiensis Britton & Rose) como alternativas para salvarem seus animais da fome causada pela seca. O mandacaru é cortado e seus espinhos queimados para facilitar seu consumo pelos animais. No período de seca que a maioria dos agricultores utiliza o mandacaru que dispõem em suas propriedades. Contudo, a utilização massiva desta cactácea em períodos de secas sucessivas, tem reduzido significativamente a densidades do mandacaru na caatinga.
O consumo do faheiro pelos caprinos na caatinga
Nesta foto, podemos observar dois caprinos consumindo partes do facheiro na caatinga. A foto foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE no período de estiagem de 2003.
O fato
No período de seca que ocorre na caatinga nordestina, os agricultores têm muita dificuldade para alimentar seus rebanhos, devido à baixa oferta de alimentos para os animais. O período de seca que tem início no final do período de chuvas, em alguns anos começa nos meses de julho ou agosto e prolonga-se até o início das chuvas que pode ocorrer na segunda quinzena de novembro ou em janeiro. Neste período, a maior parte dos animais que sobrevivem da vegetação da caatinga, paca por grande restrição alimentar. Em algumas comunidades, a maior parte dos rebanhos morre de fome e sede. Contudo, as cactáceas da caatinga, entre elas, o mandacaru (Cereus jamacaru P.DC.), o facheiro (Pilosocereus pachycladus F. RITTER), o xiquexique (Pilosocereus gounellei K. Schum) e a coroa-de-frande (Melocactus bahiensis Britton & Rose) são as únicas alternativas encontradas pelos agricultores para salvarem seus animais.
segunda-feira, 16 de abril de 2007
A produção de frutos do imbuzeiro
Os diferentes tipos de doce de imbu
Nesta foto podemos observar quatro tipos de doce obtidos com o fruto do imbuzeiro em diferentes estádios de maturação. A foto foi obtida com doces processados de frutos colhidos na caatinga de Petrolina, PE, na safra de 2006.
Do fruto do imbuzeiro podem ser obtidos diversos produtos, principalmente, doces em massa, geléias, suco, licor, compota, mouse, imbuzada, entre outros. O principal derivado do fruto do imbuzeiro é o doce em massa. Este produto é obtido da polpa dos frutos, adicionada a certa quantidade de açúcar. A quantidade de água na polpa e a porcentagem de açúcar vão determinar a qualidade do doce. Outro fator de muita importância é o estádio de maturação dos frutos. De modo geral, os frutos do tipo 1 (frutos no estádio de maturação entre o verde e o maduro) são os mais utilizados pelos agricultores que processam o doce em massa de imbu. O fruto do tipo 2 (fruto após a queda ao solo que pode ser “d’vez” ou inchado), fruto do tipo 3 (fruto maduro) e o fruto do tipo 4 (fruto após a maturação plena). Os frutos alcançam a maturação plena, após 2 a 3 dias após a queda ao solo. Este estádio também pode ser obtido após a colheita e o armazenamento dos frutos por 2 a 3 dias. Em trabalhos de análise sensorial por meio de diversos teste de degustação com uma escala hedônica de 9 pontos, o doce processado com os frutos do tipo 4, obtiveram o atributo “gostei muitíssimo) por 88% dos provadores.
sábado, 14 de abril de 2007
A defesa do imbuzeiro para propagação de suas sementes
A foto
Nesta foto podemos observar uma semente de imbuzeiro com um espinho. A foto foi obtida de uma planta localizada na caatinga da comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE, na safra de 2005.
O fato
O gorgulho da semente do imbu
Nesta foto podemos observar algumas sementes do imbuzeiro perfuradas pelo gorgulho (Amblycerus) e um inseto adulto após a emergência da semente. A fotografia foi obtida na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE na safra de 2005.
O fato
A baixa ocorrência de plantas novas de imbuzeiro na caatinga pode ser atribuída a diversos fatores, principalmente ao desmatamento e o consumo de plântulas pelos animais. Contudo, as sementes das Spondias, de modo geral são danificadas por um pequeno coleóptero que causa sérios danos as sementes. No caso da semente do imbuzeiro, o inseto adulto colocar seus ovos nos frutos ainda pequenos e após o nascimento das larvas, esta emigram para a semente onde completam seu ciclo destruindo o embrião das sementes. Quando o inseto está completamente desenvolvido, este perfura as paredes das sementes e voa. Em pesquisas realizadas com as sementes de diversas plantas de imbuzeiro localizadas no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido no município de Petrolina, PE, foi constatado que mais de 80% das sementes que ficam no solo embaixo das plantas, estão danificadas pelos insetos e não germinam. Para evitar estes danos, temos que coletar os frutos tão logo eles caem maduros e retirar a polpa, com isso, a larva não penetra na semente.
Produção de frutos por plantas de imbuzeiro aos 6 meses
Nesta foto, podemos observar uma muda de imbuzeiro aos seis meses de idade com um pequeno fruto. A foto foi obtida na casa de vegetação da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE no ano de 2004.
O fato
O imbuzeiro é uma planta que sobrevive por mais de 100 anos. Assim, o início da produção de frutos apresenta uma grande variabilidade. Normalmente, as plantas iniciam sua produção aos 6 anos com um a três frutos, porém, em algumas plantas o início da produção ocorre aos 10 ou 13 anos. Em pesquisas desenvolvidas nos últimos 10 anos na Embrapa Semi-Árido, foram obtidos resultados muitos significativos em relação ao início da produção de frutos pelas mudas de imbuzeiro. Observamos que há uma variabilidade genética muito forte entre as plantas nativas quanto o início da produção. Esta variabilidade, também é influenciada pelas condições climáticas da região, principalmente pelo solo e o volume de precipitação no período inicial de desenvolvimento das mudas. Em uma pesquisa com 140 plantas de imbuzeiro, foi semeado em 10 anos, um total de 120.000 sementes que produziram mudas com alto grau de variabilidade genética. Das 120 plantas, duas apresentaram mudas que iniciaram a produção aos 5 e 6 meses. As plantas provenientes destas mudas encontram-se em observação e já produziram frutos em três anos consecutivos.
domingo, 8 de abril de 2007
O nome correto do imbuzeiro: imbu ou umbu?
A composição nutricional do xilopódio do imbuzeiro
Nesta foto podemos observar os detalhes da parte interna do xilopódio do imbuzeiro. A fotografia foi obtida em agosto de 2003 na caatinga do município de Petrolina, PE. Foram coletados diversos xilopódios de plantas adultas para observações.
O fato
Na analise bromatológica e mineral do xilopódio do imbuzeiro foi encontrado os seguintes elementos: matéria seca (%) 89,83; cinza (%) 11,27; proteína bruta (%) 4,11; fibra bruta (%) 11,44; Extrato etéreo (%) 1,37; tanino (%) 0,05; enxofre (%) 0,11; fósforo (%) 0,05; cálcio (%) 2,38 e magnésio (%) 0,47. Podemos observar na imagem que a parte central do xilopódio apresenta a formação de círculos concêntricos. Esta área é formada por uma camada de células esponjosas cuja solução nutritiva já foi absorvida pela planta. Após a retirada de toda reserva nutritiva do xilopódio pela planta, o xilopódio seca e em seu lugar inicia-se a formação de novos xilopódios dando continuidade ao ciclo de formação e reserva de nutrientes.
Crescimento do xilopódio do imbuzeiro
Nesta foto podemos observar diferentes tamanhos do xilopódio do imbuzeiro. A foto foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE, em agosto de 2002. Para obtenção da fotografia, foram coletadas plantas jovens do imbuzeiro e retirado os xilopódios de plantas adultas.
O fato
A formação do xilopódios em plantas de imbuzeiro é muito variável. Algumas plantas iniciam a formação das túberas aos 5 dias após a germinação, outras iniciam entre o 8 e 13 dia. O crescimento xilopódio é lento nos primeiros 12 meses. Da esquerda para direita, temos a primeira planta aos 365 dias após o plantio com um xilopódio principal e outro secundário desenvolvendo-se. Normalmente, o xilopódio principal torna-se a raiz maior da planta e forma novas raízes secundárias, onde se desenvolve novos xilopódios. A segunda planta estava com 120 dias de crescimento e a terceira planta com 90 dias. A quarta planta foi coletada aos 30 dias após a germinação com um pequeno xilopódio. O xilopódio na parte de cima da fotografia foi retirado de uma planta adulta e pesou 27,56 kg, sendo o maior xilopódio colhido até agora, após mais de 20 anos de pesquisas com o imbuzeiro.