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sexta-feira, 11 de maio de 2007

A casa dos sonhos na caatinga I




A foto

Nesta foto, podemos observar uma pequena casa na caatinga. Esta fotografia foi obtida na comunidade de Volta da Carolina no distrito de Uruais, município de Petrolina, PE em maio de 2005.

O fato

Na caatinga os pequenos agricultores constroem suas casas com os recursos disponíveis em cada época. Tradicionalmente, eles utilizam barro para o reboco e varas para sustentação. Essa é a famosa casa de Taipa, aquela onde a maior parte do material foi obtido no local da construção. Esta casa foi construída para um filho do casal que estava para casar com uma moça da comunidade. Quando os agricultores conseguem mais recursos, eles reformam as casas com tijolo e argamassa, dando aparência de uma casa de centro urbano. Pode-se observar que foi colocado um ponto para energia elétrica, contudo esta este sonho é mais difícil de ser realizado.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Na colheita do fruto do imbuzeiro

A foto

Nesta foto, podemos observar uma senhora colhendo frutos do imbuzeiro. A fotografia foi obtida na comunidade de Lagoa do Imbu no município de Jaguarari, BA em janeiro de 2004.

O fato

No período de janeiro a março quando ocorre a safra do imbuzeiro no Nordeste semi-árido, a maioria dos pequenos agricultores dedica parte de seu tempo a esta atividade. Os agricultores vão para o campo no início da manhã e colhem frutos até o meio dia, quando levam para margens das estradas e vende para os compradores de imbu. Podemos ver nesta fotografia que esta senhora levou uma criança pequena para colheita. Com certeza, ela não tinha com quem deixar sua filha e a levou para a caatinga. Quando as crianças são maiores, normalmente elas ajudam os pais na colheita do fruto do imbuzeiro. Todavia, esta atividade só é realizada no período que as crianças não tem aulas

Que tipo de água estamos bebendo?


A foto

Nesta foto, podemos observar dois carros-pipa coletando água em uma barragem. A fotografia foi obtida no distrito de Salinas, município de Petrolina, PE em agosto de 2006.

O fato

No período de seca que assola o Nordeste semi-árido, a maioria dos pequenos agricultores utiliza água para o consumo e seus afazeres provenientes de carros-pipa. Todavia, a origem desta água é incerta. Os carros-pipa coletam água na fonte mais próxima e levam para os agricultores. De modo geral, a água é coletada em açudes, barragens, barreiros e poços. Nestas fontes, praticamente não existe nenhum controle de qualidade da água. A água dos barreiros, barragens e açudes também é utilizada para o consumo direto dos animais, lavagem de roupas, irrigação, etc, que contribuem para sua contaminação e podem transmitir diversas doenças veiculadas pela água para os agricultores.

O transporte de água para beber no sertão do Nordeste


A foto

Nesta foto, podemos observar um agricultor transportando água para consumo humano em um tambor reutilizável. A fotografia foi obtida na comunidade de Sítio Budim no município de Petrolina, PE em agosto de 2003.

O fato

No Nordeste semi-árido, a maioria dos pequenos agricultores utiliza tambores e bombonas de plástico para o transporte e armazenamento de água para o consumo. Esta prática ocorre, principalmente em função da praticidade destes recipientes de da falta de recursos pelos agricultores para aquisição de depósitos adequados para o transporte e armazenamento de água. A preocupação é que na maioria das vezes estes recipientes foram utilizados para o armazenamento e transporte de produtos que deixam resíduos de difícil remoção e podem contamina a água. Como poderia ser resolvido um problema deste tipo! Com a fabricação de recipientes específicos para o transporte e o armazenamento de água para consumo. Todavia, a preços compatíveis com a realidade do homem da caatinga. Se eles compram estes recipientes reutilizáveis, eles também poderiam comprar recipientes novos próprios para água.

O desperdício de água no Nordeste


A foto
Nesta foto, podemos observar uma barragem no rio Pajeú, transbordando no momento de cheia. A fotografia foi obtida no município de Serra Talhada, PE em fevereiro de 2007.

O fato

Porque desperdiçamos tanto água no Nordeste Semi-árido, são inúmeros rios e riachos permanentes e temporários que no período de chuvas jogam uma imensurável quantidade de água no oceano. Porque não fazemos a transposição de toda esta água para outros rios, riachos, barragens e açudes. Será que não precisamos de água. Se precisarmos porque deixamos toda essa água ir para o mar. O rio Pajeú é apenas um exemplo do nosso grande desperdício de água doce que poderia ser mais aproveitada para os longos meses de seca que assolam a região.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

A coleta de água em barreiros


A foto

Nesta foto, podemos observar uma agricultora transportando uma lata de água coletada em um barreiro. A fotografia foi obtida em dezembro de 2005 na comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.

O fato

O deslocamento para coleta de água pelos agricultores na caatinga no período de seca é muito cansativo, principalmente para os agricultores de terceira idade. Quando as cisternas secam, não resta alternativa, ou se compra água de carro-pipa, ou coleta em açudes e barreiros que em sua maioria ficam distante das residências. Estas dificuldades contribuem de forma negativa para a qualidade de vida da maior parte dos pequenos agricultores do sertão nordestino. O transporte de água em latas na cabeça, ainda é uma das formas mais tradicionais no interior da região semi-árida.

Água para consumo humano e dos animais

A foto

Nesta foto, podemos observar um rebanho de ovinos consumindo água em um açude. A fotografia foi obtida em dezembro de 2005 em uma comunidade do município de Dormentes, PE.

O fato

Na época de seca na caatinga, a água disponível nos pequenos açudes e barreiros da região é utilizada pelos pequenos agricultores para consumo humano e seus afazeres domésticos, como também para o consumo dos animais. Na maior parte das comunidades a água disponível nos açudes e pequenos barreiros contêm muito sedimentos e torna-se um verdadeiro mar de lama. Mesmo assim, na ausência de outra fonte os agricultores têm que coletar e aproveitar no máximo estas águas, ficando sujeitos as contaminação por doenças veiculadas pela água. O pior de tudo é que estas fontes também são as únicas opções para os animais que invadem os açudes e barreiros e contaminam mais as águas.

Em busca de água para beber

A foto

Nesta foto, podemos observar um agricultor e seu filho com um carro de boi dentro de um pequeno açude coletando água para consumo. A fotografia foi obtida em dezembro de 2003 em uma comunidade do município de Arcoverde, PE.

O fato

Para saciar a sede, homens e animais buscam água nas mais diferentes fontes. Na maioria, totalmente impróprias para o consumo humano e animal. No período de agosto a dezembro de 2003, a seca que assolou grande parte dos municípios nordestinos, principalmente do agreste e sertão, levou os agricultores a enfrentarem muita dificuldade para obtenção de água, tanto para o consumo humano, quanto para o consumo de seus animais domésticos. Nesta comunidade de Arcoverde, não havia mais alternativa para os agricultores, assim estes estavam coletando água neste açude em condições muito adversas. Podemos observar na fotografia que a cor da água é amarelo-claro, devido à alta concentração de sedimentos de argila, popularmente chamado de lama. Assim, pode-se dizer que os agricultores estavam coletando lama e correndo grande risco de contaminação por doenças veiculadas pela água, principalmente a cólera.

domingo, 6 de maio de 2007

As trovoadas na caatinga

A foto

Nesta foto, podemos observar a ocorrência das primeiras chuvas na caatinga. A fotografia foi obtida no município de Petrolina, PE em 27 de outubro de 2004.

O fato


No sertão nordestino as primeiras chuvas conhecidas como trovoadas, geralmente, ocorrem nos meses de outubro, novembro e dezembro. Contudo, são chuvas esparsas e com muita irregularidade no volume de precipitação. Essas trovoadas embora não sejam próprias para o início do período de plantio, proporciona o acúmulo de muita água nos barreiros, açudes e riachos, além de contribuir também para renovação da vegetação da caatinga que reaparece vigorosa após um longo período de seca.

Cadê a água do barreiro?

Cadê a água do barreiro?

A foto

Nesta foto, podemos observar um barreiro no mês de fevereiro sem água. A fotografia foi obtida na comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE em 8 de fevereiro de 2006.


O fato

Na região semi-árida do Nordeste o início do período de ocorrência das primeiras chuvas é nos meses de novembro e dezembro. Geralmente, nestes meses ocorrem as trovoadas, que são chuvas esparsas e irregulares. Todavia, onde cai à chuva, a água que se acumula nos barreiros, açudes e riachos, renova a esperança dos sertanejos e quebra o ciclo de escassez de água e alimentos para os animais. Para a agricultura, as chuvas caem nos meses de fevereiro, março e abril. Nesta fotografia podemos observar que no dia 8 de fevereiro de 2006 as maiorias dos barreiros ainda estavam sem água. Neste ano, as chuvas foram bastante irregulares causando problemas para os pequenos agricultores que tiveram muita dificuldade para obter água e alimentos para os animais.