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sexta-feira, 8 de junho de 2007

Uma cisterna e cadê a casa?





A foto

Nesta foto, podemos observar uma cisterna construída no meio do campo. A fotografia foi obtida na comunidade de Volta do Riacho no município de Petrolina, PE em 07 de maio de 2003.

O fato

A idéia de construir cisternas com a finalidade armazenar o maior volume possível da água que cai no telhado das casas, visando o atendimento das necessidades de águas das pessoas no período de estiagem no semi-árido do Nordeste é muito boa. Todavia, ainda encontramos diversas residências sem cisternas, e muitas cisternas construídas para atender ninguém. Não há explicações para alguns casos onde as cisternas foram construídas em locais onde não existia nenhuma casa. Nesta comunidade encontramos cisternas construídas no campo e quando perguntamos por que, fomos informados que a cisterna foi construída para uma família que estava em São Paulo e viria morar ali, isto é, se construíssem uma casa. Recentemente, visitamos a comunidade e a cisterna continuava abandonada. Enquanto outras residências ainda não tinham uma cisterna.

Muita cisterna e pouca água I


A foto

Nesta foto, podemos observar algumas casas de um assentamento com uma cisterna captando água de uma pequena área do telhado. A fotografia foi obtida na comunidade de Riacho do Meio no município de Arcoverde, PE em 24 de dezembro de 2004.

O fato

A cisterna rural tem como finalidade armazenar o maior volume possível da água que cai no telhado das casas, visando o atendimento das necessidades de águas das pessoas no período de estiagem. Todavia, em muitas residências, as cisternas com capacidade para armazenar até 16 mil litros de água, o que atenderia o consumo de uma família com 5 a 6 pessoas durante a seca, em sua maioria, nunca armazenam água em sua capacidade máxima. Isto devido ao fato de que, em alguns anos as chuvas não são suficientes para armazenar muita água e quando chove bastante, as áreas de captação são muito pequenas e não coletam água suficiente para encher as cisternas. Nesta comunidade, a área de captação dos telhados com bicas coletoras era de 3,5 por 6,0 metros, equivalendo a 21 m². Com chuvas de 350 mm, em média, na região, o total acumulado de água nas cisternas é de 5,5 mil litros, muito abaixo da capacidade das cisternas. Este fato leva-nos a uma reflexão sobre as cisternas, onde a solução do problema da falta de água não se restringe unicamente ao armazenamento, más a área de captação dos telhados que normalmente é esquecida nos programas de construção de cisternas.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Os frutos do xiquexique na alimentação dos pássaros I



A foto

Nesta foto, podemos observar um fruto do xiquexique com partes consumidas pelos pássaros. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em agosto de 2004.

O fato

O xiquexique é uma das cactáceas que ocorre no Nordeste semi-árido de grande importância na alimentação dos pássaros, principalmente no período de seca que geralmente ocorre de agosto a janeiro, o fruto do xiquexique é consumido por uma grande diversidade de pássaros o que garante a dispersão de suas sementes nos mais variados locais da caatinga. Os frutos são bagas arredondadas, achatadas vermelho-escuro com 5 a 6 cm de comprimento e 6 a 6,5 cm de diâmetro com 25,3 a 97,4 g.

Os frutos do facheiro na alimentação dos pássaros II



A foto

Nesta foto, podemos observar um corrupião consumindo um fruto do facheiro. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em agosto de 2004.

O fato


Durante o período de seca que geralmente ocorre de agosto a janeiro, o fruto do facheiro é a garantia de alimentos para os pássaros. Seus frutos são bagas vermelho-escuro com 4,5 a 6,3 cm de comprimento, 5,5 a 6,0 cm de diâmetro com peso de 24 a 63 g. O corrupião e a casaca de couro são os principais consumidores dos frutos do facheiro. Podemos observar em nossas pesquisas que estas duas espécies de pássaros, visitam o facheiro juntas. Normalmente, quando o corrupião esta consumindo os frutos do facheiro, a casaca de couro esta próxima. Os pássaros consomem os frutos tão logo estes estejam no estádio de pré-maturação. Uma parte das sementes do facheiro dispersada nas fezes dos pássaros germina e forma novas plantas, principalmente nos poleiros da caatinga

Os frutos do facheiro na alimentação dos pássaros na caatinga I



A foto

Nesta foto, podemos observar o momento em que dois pássaros da caatinga brigam por um fruto do facheiro. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em agosto de 2004.

O fato

O facheiro é uma planta arbustiva de ampla distribuição na região semi-árida do Nordeste. É uma cactácea com porte variando de 2,5 a 6,72 m de altura, copa com diâmetro medindo de 1,5 a 4,5 m. Seus frutos são bagas vermelho-escuro com 4,5 a 6,3 cm de comprimento, 5,5 a 6,0 cm de diâmetro com peso de 24 a 63 g. Durante todo o ano, o fruto do facheiro é uma fonte de alimentos para os pássaros da caatinga, de modo especial para o corrupião e a casaca de couro. Os pássaros consomem os frutos tão logo estes estejam no estádio de pré-maturação. Uma parte das sementes do facheiro dispersada nas fezes dos pássaros germina e forma novas plantas, principalmente nos poleiros da caatinga.

Os frutos do facheiro na alimentação dos pássaros na caatinga I


A foto

Nesta foto, podemos observar o momento em que dois pássaros da caatinga brigam por um fruto do facheiro. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em agosto de 2004.

O fato

O facheiro é uma planta arbustiva de ampla distribuição na região semi-árida do Nordeste. É uma cactácea com porte variando de 2,5 a 6,72 m de altura, copa com diâmetro medindo de 1,5 a 4,5 m. Seus frutos são bagas vermelho-escuro com 4,5 a 6,3 cm de comprimento, 5,5 a 6,0 cm de diâmetro com peso de 24 a 63 g. Durante todo o ano, o fruto do facheiro é uma fonte de alimentos para os pássaros da caatinga, de modo especial para o corrupião e a casaca de couro. Os pássaros consomem os frutos tão logo estes estejam no estádio de pré-maturação. Uma parte das sementes do facheiro dispersada nas fezes dos pássaros germina e forma novas plantas, principalmente nos poleiros da caatinga.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Conservação da polpa de imbu em temperatura ambiente

A foto

Nesta foto podemos observar o armazenamento de polpa de imbu em temperatura ambiente. A fotografia foi obtida na comunidade de Ladeira de Baixo no município de Casa Nova, BA em fevereiro de 2004.

O fato

A safra do imbuzeiro nas comunidades do semi-árido do Nordeste ocorre de modo geral, nos meses de janeiro, fevereiro e março. Todavia, para os agricultores aproveitarem os frutos neste curto período, uma das alternativas é armazenar a polpa de imbu no maior volume possível para processá-la posteriormente. O ideal seria armazenar a polpa sob refrigeração, contudo em muitas comunidades não existe energia elétrica e quando há os agricultores não dispõe de freezer para o armazenamento, como também, este modo elevaria os custos de produção. Assim, buscando-se uma forma alternativa, desenvolvemos várias pesquisas que tinham como objetivo, processar e armazenar a polpa do fruto do imbuzeiro em temperatura ambiente. Tomamos como base alguns trabalhos já feitos por grandes indústrias de processamento de frutas, contudo, nestas indústrias, a polpa armazenada em temperatura ambiente recebe conservante. Como os agricultores extrativistas do fruto do imbuzeiro não estão ainda aptos para a manipulação de alimentos com conservantes, procuramos realizar testes para conservação da polpa pelo maior tempo possível. Os resultados das pesquisas foram satisfatórios e hoje, a maioria das comunidades que processam o fruto do imbuzeiro, já armazenam polpa em temperatura ambiente.

domingo, 27 de maio de 2007

O consórcio das cactáceas com o capim buffel I



A foto

Nesta foto podemos observar uma área de pastagem com capim e mandacaru. A fotografia foi obtida na área de caatinga da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em agosto de 2005.

O fato

No período de seca que ocorre na região semi-árida do Nordeste, os agricultores têm muita dificuldade para alimentar seus rebanhos. A principal gramínea utilizada pelos agricultores é o capim buffel, todavia, na seca os teores de proteína são muito baixos em relação às necessidades dos animais. Assim, estamos realizando pesquisas onde fizemos a consorciação do capim buffel com o mandacaru. Embora o crescimento do mandacaru seja um pouco lento comparado com o do capim, aos dois anos, esta cactácea pode contribuir com teores de proteína que atendem as necessidades dos animais na seca. Nas análises foi observado que o mandacaru apresentava os seguintes teores de matéria seca-13,92%; Proteína bruta –7,89%; Fibra bruta-14,56%; FDN – 50,49%; FDA – 42,82%; DIVMS-76,44%.

O crescimento das cactáceas no semi-árido II


A foto

Nesta foto podemos observar o crescimento das cactáceas com um ano de idade. A fotografia foi obtida na Embrapa Semi-árido em Petrolina, PE e outubro de 2004.

O fato

Diversos estudos têm demonstrado a capacidade de sobrevivência das cactáceas às irregularidades climáticas que ocorrem na região semi-árida do Nordeste. Esta capacidade ocorre, principalmente pelo fato destas plantas, desprovida de folhas, apresentarem mecanismos que regulam a perda de água em função da temperatura ambiente. Nas cactáceas, todo seu caule funciona como área de captação de umidade do ar pelos estômatos, o contrário das plantas comuns que só absorvem água pelas folhas ou raízes. Outro fator de grande importância é tamanho do sistema radicular das cactáceas. Em plantas adultas de mandacaru, já encontramos raízes com até 6,57 metros de comprimento horizontal. Assim, as cactáceas conseguem absorver uma maior quantidade de água, mesmo nas áreas de ocorrência de pouca chuva.

O crescimento das cactáceas no semi-árido I



A foto

Nesta foto podemos observar um experimento com objetivo de estudar o desenvolvimento das cactáceas. A fotografia foi obtida na Embrapa Semi-árido em Petrolina, PE e setembro de 2004.

O fato

As cactáceas são encontradas de forma geral nas áreas mais secas do Nordeste semi-árido. Por isso, sua presença foi associada a pouca ocorrência de chuvas e solos degradados. Todavia, em diversas pesquisas que realizamos nos últimos anos com o mandacaru, o xiquexique, o facheiro e a coroa-de-frade, descobrimos que estas plantas respondem muito bem as condições de maior precipitação e a presença de nutrientes no solo, principalmente de matéria orgânica. Em experimentos com diferentes substratos, tais como, areia, solo, areia + solo, areia + esterco, solo + esterco e areia + solo + esterco em proporções iguais, foi obtido maior crescimento neste último, devido a combinação dos substratos. Por outro lado, quando combinamos este substrato com um volume maior de água. O crescimento foi duplicado.