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segunda-feira, 11 de junho de 2007

A queima do xiquexique para alimentação dos animais na seca I




A foto


Nesta foto podemos observar um agricultor queimando uma planta de xiquexique para alimentar os animais na seca. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Curaçá, BA em outubro de 2005.


O fato


O xiquexique é da Família das Cactaceaes, do Gênero: Pilosocereus e da Espécie: Pilosocereus gounellei. É uma planta arbustiva de ampla distribuição em toda região semi-árida do Nordeste. Seu porte apresenta variação de 2,5 a 3,7 m de altura, com copa medindo de 1,5 a 4,5 m. Os frutos são bagas arredondadas, achatadas vermelho-escuro com 5 a 6 cm de comprimento e 6 a 6,5 cm de diâmetro com 25,3 a 97,4 g. Os frutos do xiquexique são bastante consumidos por animais silvestres, principalmente os pássaros. Esta planta tem apresentado um bom desenvolvimento em áreas de solos degradados e de irregularidades na distribuição das chuvas. Em muitas comunidades da região semi-árida do Nordeste, o xiquexique é uma das alternativas utilizadas pelos agricultores para alimentação dos animais na seca. Todavia, a forma que os agricultores adotam para utilização do xiquexique, que consiste da queima dos espinhos com as plantas no campo, tem provocado a morte de muitas plantas e possivelmente poderá leva-lo a extinção.

A flor do xiquexique I



A foto


Nesta foto, podemos observar uma flor do xiquexique. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Juazeiro, BA em dezembro de 2005.

O fato

As flores do xiquexique são muito bonitas. Na época de sua floração, surge um raro espetáculo de beleza na caatinga. Suas flores são ricas em nécta e pólen que servem de alimento para muitos insetos, pássaros e até para os morcegos da caatinga. A abertura de flor ocorre nas primeiras horas da madrugada e permanece aberta até que ocorra a fecundação.

Os frutos do xiquexique na alimentação dos pássaros II




A foto


Nesta foto, podemos observar um corrupião consumindo um fruto do xiquexique. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em julho de 2006.

O fato

Os frutos do xiquexique são consumidos por diversos pássaros da caatinga. No período de seca, seu fruto é um dos alimentos da caatinga que mais contribui na alimentação dos pássaros, de modo especial, do corrupião. Os pássaros consomem os frutos antes do estádio de maturação plena. Outro pássaro que consome bastante os frutos do xiquexique é a sabia de sebo. Entre as cactáceas da caatinga, o xiquexique é o que apresenta o maior índice de germinação das sementes dispersadas pelos pássaros.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Uma cisterna e cadê a casa?





A foto

Nesta foto, podemos observar uma cisterna construída no meio do campo. A fotografia foi obtida na comunidade de Volta do Riacho no município de Petrolina, PE em 07 de maio de 2003.

O fato

A idéia de construir cisternas com a finalidade armazenar o maior volume possível da água que cai no telhado das casas, visando o atendimento das necessidades de águas das pessoas no período de estiagem no semi-árido do Nordeste é muito boa. Todavia, ainda encontramos diversas residências sem cisternas, e muitas cisternas construídas para atender ninguém. Não há explicações para alguns casos onde as cisternas foram construídas em locais onde não existia nenhuma casa. Nesta comunidade encontramos cisternas construídas no campo e quando perguntamos por que, fomos informados que a cisterna foi construída para uma família que estava em São Paulo e viria morar ali, isto é, se construíssem uma casa. Recentemente, visitamos a comunidade e a cisterna continuava abandonada. Enquanto outras residências ainda não tinham uma cisterna.

Muita cisterna e pouca água I


A foto

Nesta foto, podemos observar algumas casas de um assentamento com uma cisterna captando água de uma pequena área do telhado. A fotografia foi obtida na comunidade de Riacho do Meio no município de Arcoverde, PE em 24 de dezembro de 2004.

O fato

A cisterna rural tem como finalidade armazenar o maior volume possível da água que cai no telhado das casas, visando o atendimento das necessidades de águas das pessoas no período de estiagem. Todavia, em muitas residências, as cisternas com capacidade para armazenar até 16 mil litros de água, o que atenderia o consumo de uma família com 5 a 6 pessoas durante a seca, em sua maioria, nunca armazenam água em sua capacidade máxima. Isto devido ao fato de que, em alguns anos as chuvas não são suficientes para armazenar muita água e quando chove bastante, as áreas de captação são muito pequenas e não coletam água suficiente para encher as cisternas. Nesta comunidade, a área de captação dos telhados com bicas coletoras era de 3,5 por 6,0 metros, equivalendo a 21 m². Com chuvas de 350 mm, em média, na região, o total acumulado de água nas cisternas é de 5,5 mil litros, muito abaixo da capacidade das cisternas. Este fato leva-nos a uma reflexão sobre as cisternas, onde a solução do problema da falta de água não se restringe unicamente ao armazenamento, más a área de captação dos telhados que normalmente é esquecida nos programas de construção de cisternas.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Os frutos do xiquexique na alimentação dos pássaros I



A foto

Nesta foto, podemos observar um fruto do xiquexique com partes consumidas pelos pássaros. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em agosto de 2004.

O fato

O xiquexique é uma das cactáceas que ocorre no Nordeste semi-árido de grande importância na alimentação dos pássaros, principalmente no período de seca que geralmente ocorre de agosto a janeiro, o fruto do xiquexique é consumido por uma grande diversidade de pássaros o que garante a dispersão de suas sementes nos mais variados locais da caatinga. Os frutos são bagas arredondadas, achatadas vermelho-escuro com 5 a 6 cm de comprimento e 6 a 6,5 cm de diâmetro com 25,3 a 97,4 g.

Os frutos do facheiro na alimentação dos pássaros II



A foto

Nesta foto, podemos observar um corrupião consumindo um fruto do facheiro. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em agosto de 2004.

O fato


Durante o período de seca que geralmente ocorre de agosto a janeiro, o fruto do facheiro é a garantia de alimentos para os pássaros. Seus frutos são bagas vermelho-escuro com 4,5 a 6,3 cm de comprimento, 5,5 a 6,0 cm de diâmetro com peso de 24 a 63 g. O corrupião e a casaca de couro são os principais consumidores dos frutos do facheiro. Podemos observar em nossas pesquisas que estas duas espécies de pássaros, visitam o facheiro juntas. Normalmente, quando o corrupião esta consumindo os frutos do facheiro, a casaca de couro esta próxima. Os pássaros consomem os frutos tão logo estes estejam no estádio de pré-maturação. Uma parte das sementes do facheiro dispersada nas fezes dos pássaros germina e forma novas plantas, principalmente nos poleiros da caatinga

Os frutos do facheiro na alimentação dos pássaros na caatinga I



A foto

Nesta foto, podemos observar o momento em que dois pássaros da caatinga brigam por um fruto do facheiro. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em agosto de 2004.

O fato

O facheiro é uma planta arbustiva de ampla distribuição na região semi-árida do Nordeste. É uma cactácea com porte variando de 2,5 a 6,72 m de altura, copa com diâmetro medindo de 1,5 a 4,5 m. Seus frutos são bagas vermelho-escuro com 4,5 a 6,3 cm de comprimento, 5,5 a 6,0 cm de diâmetro com peso de 24 a 63 g. Durante todo o ano, o fruto do facheiro é uma fonte de alimentos para os pássaros da caatinga, de modo especial para o corrupião e a casaca de couro. Os pássaros consomem os frutos tão logo estes estejam no estádio de pré-maturação. Uma parte das sementes do facheiro dispersada nas fezes dos pássaros germina e forma novas plantas, principalmente nos poleiros da caatinga.

Os frutos do facheiro na alimentação dos pássaros na caatinga I


A foto

Nesta foto, podemos observar o momento em que dois pássaros da caatinga brigam por um fruto do facheiro. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE em agosto de 2004.

O fato

O facheiro é uma planta arbustiva de ampla distribuição na região semi-árida do Nordeste. É uma cactácea com porte variando de 2,5 a 6,72 m de altura, copa com diâmetro medindo de 1,5 a 4,5 m. Seus frutos são bagas vermelho-escuro com 4,5 a 6,3 cm de comprimento, 5,5 a 6,0 cm de diâmetro com peso de 24 a 63 g. Durante todo o ano, o fruto do facheiro é uma fonte de alimentos para os pássaros da caatinga, de modo especial para o corrupião e a casaca de couro. Os pássaros consomem os frutos tão logo estes estejam no estádio de pré-maturação. Uma parte das sementes do facheiro dispersada nas fezes dos pássaros germina e forma novas plantas, principalmente nos poleiros da caatinga.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Conservação da polpa de imbu em temperatura ambiente

A foto

Nesta foto podemos observar o armazenamento de polpa de imbu em temperatura ambiente. A fotografia foi obtida na comunidade de Ladeira de Baixo no município de Casa Nova, BA em fevereiro de 2004.

O fato

A safra do imbuzeiro nas comunidades do semi-árido do Nordeste ocorre de modo geral, nos meses de janeiro, fevereiro e março. Todavia, para os agricultores aproveitarem os frutos neste curto período, uma das alternativas é armazenar a polpa de imbu no maior volume possível para processá-la posteriormente. O ideal seria armazenar a polpa sob refrigeração, contudo em muitas comunidades não existe energia elétrica e quando há os agricultores não dispõe de freezer para o armazenamento, como também, este modo elevaria os custos de produção. Assim, buscando-se uma forma alternativa, desenvolvemos várias pesquisas que tinham como objetivo, processar e armazenar a polpa do fruto do imbuzeiro em temperatura ambiente. Tomamos como base alguns trabalhos já feitos por grandes indústrias de processamento de frutas, contudo, nestas indústrias, a polpa armazenada em temperatura ambiente recebe conservante. Como os agricultores extrativistas do fruto do imbuzeiro não estão ainda aptos para a manipulação de alimentos com conservantes, procuramos realizar testes para conservação da polpa pelo maior tempo possível. Os resultados das pesquisas foram satisfatórios e hoje, a maioria das comunidades que processam o fruto do imbuzeiro, já armazenam polpa em temperatura ambiente.