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domingo, 4 de janeiro de 2009

Água de chuva armazenada em barreiro para irrigação de salvação


A foto

Nesta fotografia podemos observar um barreiro de irrigação de salvação. A fotografia foi obtida em 16 de março de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Na região semi-árida do Nordeste as chuvas muitas vezes ocorrem em períodos muitos curtos e faltam quando as culturas mais necessitam de umidade no solo. O barreiro de irrigação de salvação é uma alternativa que pode ser utilizada pelos agricultores para armazenar a água da chuva e utilizá-la nos meses de estiagem que ocorrerem ou para obtenção de um segundo cultivo. Essa alternativa pode contribuir para que os agricultores obtenham sucesso em seus cultivos, visto que, em alguns anos, os agricultores plantam nas primeiras chuvas e quando as culturas estão nas fases de floração e formação de espigas ou vagens, as chuvas não caem e a uma perda total dos cultivos.

Cisternas para o armazenamento de água de chuva




A foto

Nesta fotografia podemos observar a construção de uma cisterna. A foto foi obtida em 4 de setembro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato


As secas severas que assolam a região semi-árida do Nordeste e causam transtornos para população em relação à água para consumo humano, poderiam ser amenizadas com a captação e o armazenamento de água das chuvas em cisternas rurais. Essa alternativa poderá contribui para conter a grande perda de água que ocorre por escoamento em toda região. Todavia, a construção de 1 milhão de cisternas que esta ocorrendo no sertão, ainda não tem contido partes dos milhões de metros cúbicos de água que são perdidos por escoamento. Muitas cisternas têm sido construídas sem levar em consideração o volume de chuvas estimado para região e anualmente, logo após o final da estação chuvosa, já são encontradas famílias a espera dos carros pipas. O tamanho das cisternas, de 16000 litros, muitas vezes não é suficiente para armazenar toda água que é captada em períodos de chuvas regulares. Neste sentido, há necessidade de se rever o tamanho das cisternas para que as populações rurais do semi-árido consigam superar os desafios das secas.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Água de chuva armazenada em cisterna para produção de alimentos III


A foto

Nesta fotografia pode-se observar uma residência com duas cisternas com o objetivo de utiliza a água de chuva acumulada em uma das cisternas para produção de alimentos. A fotografia foi obtida em 15 de outubro de 2008 na Comunidade de Lagoa do Jacaré no município de Jaguarari, BA.

O fato

O senhor Francisco tinha apenas uma cisterna em sua residência e parte da água das chuvas era desperdiçada por falta de calha para levar a água para a cisterna. Contudo, o volume de água sempre foi maior que a capacidade da cisterna que é de 16000 litros. Com recursos provenientes de um projeto financiado pelo BNB, foi construída uma segunda cisterna para acumular a água que estava sendo desperdiçada no outro lado da residência. Com a água acumulada na nova cisterna destinada ao cultivo, o senhor Francisco poderá cultivar até 36 fruteiras e obter frutos para o consumo da família ou para obtenção de renda.

Utilização de água armazenda em cisterna para produção de alimentos


A foto

Nesta fotografia, pode-se observar uma planta de mamão com bastante frutos, utilizando água de chuva acumulada em cisterna. A fotografia foi obtida em 30 de junho de 2008 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.

O fato

Na maioria das residências do Sertão nordestino, parte da água das chuvas é desperdiçada por falta de calha em todos os lados da residência ou porque as cisternas com capacidade para 16000 litros não acumulam toda água das chuvas. Todavia, quando esta água é totalmente armazenada, os agricultores podem cultivar um pequeno pomar com fruteiras ou hortaliças. Na comunidade de Barreiro, a água acumulada na cisterna destinada ao cultivo, proporcionou ao agricultor a produção de caju, acerola, limão, manga e mamão. Nesta comunidade choveu 530 mm no ano de 2008, com esta precipitação, o agricultor acumulou água nas duas cisternas, sendo uma para consumo da família e outra para irrigação do pomar. A água acumulada na cisterna foi dividida de forma que o agricultor pudesse colocar 1 litro de água por planta no período de janeiro a abril, 2 litros de junho a agosto e 3 litros de setembro a dezembro. No total, foram utilizados 10.400 litros para o cultivo de 36 fruteiras. Quando da ocorrência de chuvas, a irrigação foi suspensa e o excedente de água utilizado em outro período.

Água de chuva armazenada em cisterna para produção de alimentos



A foto

Nesta fotografia podemos observar cisternas rurais utilizadas para armazenar água de chuva, visando a produção de alimentos. A fotografia foi obtida no dia 22 de fevereiro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

O volume de precipitação que ocorre na região semi-árida do Nordeste, em média, 250 a 500 mm, anualmente, são utilizados em sua maior parte para o consumo humano, todavia, parte deste volume, que na maioria das vêzes são desperdiçados por problemas nos telhados ou por falta de local de armazenamento, pode ser utilizado pelos agricultores para produção de alimentos. Os milhões de metros cúbicos de água que são perdidos para os rios e destes para o oceano, se armazenados, poderão ser utilizados para produção de fruteiras ou hortaliças que contribuiram para geração de renda ou melhoria da qualidade de vida dos agricultores com o consumo ou a venda das mesmas. Para isto, a água excedente deverá ser armazenada em cisternas ou outros depósitos para utilização durante o período de seca.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Perdas de água e solo no semi-árido do Nordeste

A foto

Nesta foto podemos observar o escoamento ocorrido durante uma chuva. Esta fotografia foi obtida em 29 de fevereiro de 2008 no Campo experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Na região semi-árida do Nordeste, a escassez de água ocorre em sua maior parte pela má distribuição das chuvas e pela perda de água através do escoamento superficial. Dos 969.589,4 km quadrados do semi-árido, anualmente, milhões de metros cúbicos de água são perdidos para os rios e destes para o oceano. Se a maior parte desta água fosse retida em pequenos açudes, barragens, grandes açudes, etc, haveria no Nordeste excesso de água para utilização por sua população. Temos no semi-árido um total de 450 grandes açudes cuja capacidade é superior a um milhão de metros cúbicos. Todavia, a quantidade de água que perdemos pelo escoamento superficial daria para acumular milhões de metros cúbicos em outros 500 açudes. Se todo agricultor do semi-árido adotasse tecnologias de captação e armazenamento de água de chuva, o semi-árido viveria outros tempos. Na Embrapa Semi-Árido, estamos desenvolvendo um projeto de pesquisa financiado pelo BNB-FUNDECI, cujo objetivo principal é conhecer os diferentes modos de preparo dos solos utilizados pelos agricultores e as consequências das chuvas no armazenamento de água no solo e a erosão provocada pelas chuvas nos diferentes tratamentos.

Captação de água de chuva IV


A foto

Nesta foto podemos observar o sistema de captação de água de chuva com sulcos barrados. Esta fotografia foi obtida em 16 de março de 2008, no Campo Experimental da Embrapa semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

A captação de água de chuva na região semi-árida do Nordeste, tem sido tema de diversos trabalhos de pesquisa por muitas instituições que atuam no Nordeste brasileiro. Entre estes sistemas, o sulco barrado, adaptado pelo pesquisador, José Barbosa dos Anjos é um dos que tem apresentado melhores resultados. Neste sistema, praticamente toda água das chuvas é retida no barramento e pouco ou nenhum escoamento ocorre, contribuindo, assim, para preservação do solo dos efeitos da erosão e para o melhor crescimento das culturas. Este sistema é muito bom para regiões de baixa precipitação, como o sertão nordestino.

Cursos de processamento do fruto do imbuzeiro


A foto

Nesta foto podemos observar um curso sobre o processamento do fruto do imbuzeiro. Esta fotografia foi obtida em 20 de novembro de 2008 na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

O fruto do imbuzeiro pode ser aproveitado de diversas formas. Já são conhecidas mais de 50 subprodutos do fruto do imbuzeiro. O doce em massa do fruto no estádio 'de vez' quando o fruto encontra-se no início do processo de amadurecimento é o mais produzido pelos agricultores. Outro produto de grande destaque é a imbuzada, onde é adicionado leite e açúcar a polpa do imbu cozido. Atualmente, coordenamos um projeto de pesquisa apoiado pelo BNB-FUNDECI, onde a meta principal é a realização de cursos para agricultores, técnicos, estudantes, entre outros, com o objetivo de difundir as tecnologias disponíveis sobre o aproveitamento do fruto do imbuzeiro.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Mudas de imbuzeiro para plantio


As fotos

Nestas fotografias, podemos observar mudas de imbuzeiro no tamanho ideal para plantio na caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.





Os fatos

Após a realização de diversos trabalhos visando a obtenção de mudas de imbuzeiro no tamanho ideal para o plantio, chegamos a conclusão de que a muda de imbuzeiro com maior probabilidade de sobrevivência na caatinga, deve apresentar um tamanho variando de: 15 a 30 cm para o xilopódio e 60 a 100 cm para o caule. Outro fator importante é o diâmetro do xilopódio que deve ser de 2 a 5 cm. Com essas dimensões, há maior probabilidade de sobrevivência dessas mudas na caatinga. O tamanho da muda contribui para que a mesma consiga sobreviver aos possíveis danos causados pelos animais como o veado caatingueiro e outro. O xilopódio com as dimensões descritas, acima, resiste ao ataque dos animais, visto que, neste estágio, ele é mais fibroso, dificultando a mastigação. Outro fator extremamente importante é a profundidade da cova, os resultados das pesquisas demonstraram que mudas plantadas aos 30 a 40 cm de profundidade foram as menos atacadas pelos animais.

Repovoamento da caatinga com mudas de imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia, podemos observar o plantio de mudas de imbuzeiro na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 11 de dezembro de 2008, no campo experimental da caatinga, na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

O imbuzeiro contribui de forma positiva com a geração de renda e absorção de mão-de-obra dos pequenos agricultores do Nordeste semi-árido, como também, é uma fonte de alimentos para inúmeros animais silvestres, tais como: caititu, ema, veado, pata lisa, tatu-peba, pássaros, insetos, entre outros. Todavia, a população atual de imbuzeiro na caatinga apresenta reduções significativas, principalmente nas áreas de caatinga degradada. Nas áreas de caatinga nativa, embora a densidade de plantas seja maior, atualmente, há uma degradação severa das plântulas pelos animais silvestres. A causa principal é que as plântulas de imbuzeiro possuem um xilopódio em seu sistema radicular que contém muita água, sendo consumido pelos animais nos períodos de seca, como também, as plântulas pouco resistem aos períodos de estiagens que são de 6 a 8 meses na região. Neste sentido, estamos desenvolvendo um projeto na Embrapa Semi-Árido com o objetivo de repovoa a caatinga com mudas de imbuzeiro. No ano de 2008, foram plantadas 1200 mudas de imbuzeiro em comunidades de Alagoas, Pernambuco, Bahia, Ceará e Piauí.