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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Efeito de diferentes preparo de solo no crescimento das raízes de milho


A foto

Nesta foto podemos observar o crescimento das raízes de milho em função do efeito de diferentes preparo do solo. Esta fotografia foi obtida em 19 de maio de 2008 no Campo experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Na região semi-árida do Nordeste a perda das lavouras em anos de irregularidades climáticas, ocorre em sua maior parte pelo manejo inadequado dos solos cultivados. Quando o manejo do solo é adequado, mesmo em anos de baixa precipitação os agricultores podem obter resultados significativos. Nesta região, as culturas tradicionais são o milho e o feijão, ambas bastante vulneráveis as irregularidades das chuvas. Com o preparo do solo mais apropriado a água das chuvas pode ser retida e mais distribuída em todo o perfil, contribuindo para o melhor desenvolvimento das raízes que resultará em plantas mais produtivas. Na Embrapa Semi-Árido, estamos desenvolvendo um projeto de pesquisa financiado pelo BNB-FUNDECI, cujo objetivo principal é conhecer os diferentes modos de preparo dos solos utilizados pelos agricultores e as consequências das chuvas no armazenamento de água no solo e a erosão provocada pelas chuvas nos diferentes tratamentos. Na fotografia acima, os tratamentos 2 e 3, apresentam os maiores volumes de raízes. O tratamento 2 consta de duas gradagens, onde se usa uma grande pesada que revolve o solo até 40 a 60 cm. No tratamento 3, é realizado apenas uma aração com grande normal revolvendo o solo até 30 a 40 cm. Nestes dois tratamentos, a maior renteção de água no solo e maior distribuição da umidade.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A produção de mudas de imbuzeiro para repovoamento da caatinga


A foto

Nesta fotografia, podemos observar um viveiro com bastante mudas de imbuzeiro para o plantio na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 23 de setembro de 2008, na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Em décadas recentes, para produção de mudas de imbuzeiro os agricultores tinham que vencer algumas dificuldades por causa de informações incorretas. Havia uma informação de que a semente do imbuzeiro era provida de uma dormência, a qual deveria ser eliminada mecanicamente ou com a utilização de alguns produtos como ácidos entre outros. Assim, poucos ou nenhum agricultor se ariscava a produzir mudas de imbuzeiro. Recentemente, após a realização de diversos trabalhos de pesquisa, obtivemos resultados que eliminaram estes mitos. Um dos resultados mais significativos foi o de que a semente do imbu necessitava de um período de aproximadamente 60 dias após a queda do fruto maduro para que a semente atingisse sua maturidade fisiológica. Outro resultado foi o de que as sementes coletadas em chiqueiros e apriscos apresentavam um percentual de germinação bem maior que as demais, em função da presença de nitrogênio obtido da urina e vezes dos animais. Neste caso específico, foi uma descoberta muito importante, visto que, os agricultores podem de forma simples fazer esta operação em suas propriedades, colocando as sementes em água de esterco por 24 horas antes do plantio.

domingo, 11 de janeiro de 2009

O tamanho ideal das mudas de imbuzeiro para plantio


A foto

Nesta fotografia, podemos observar o preparo de mudas de imbuzeiro para o plantio na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 20 de agosto de 2008, na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

O plantio de mudas de imbuzeiro na caatinga, muitas vezes as mudas não resistem ao período de seca que chega até a 8 meses. Outro problema é o ataque que as mudas sofrem pelos animais silvestres que consomem o caule, as folhas e o xilopódio. Na área de caatinga degradada e com a presença de caprinos e ovinos, a probabilidade de sobrevivência das mudas é muito baixa. Em pesquisas realizadas na Embrapa Semi-Árido obtivemos resultados muito satisfatório com mudas de imbuzeiro cultivadas em canteiros por até 180 dias e depois repicadas para sacos plásticos até a data do plantio. Outra alternativa é a repicarem das mudas logo após as chuvas diretamente para o campo. Nesta modalidade, as mudas podem ser retiradas dos canteiros e transportadas para as áreas de plantio em até 72 horas. As mudas com esta idade são mais resistentes aos danos provocado pelos animais silvestres e pelos caprinos.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A precocidade de algumas plantas de imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia podemos observar três plantas de imbuzeiro em diferentes fases fenológicas. A fotografia foi obtida em 23 de setembro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Em trabalhos de pesquisa realizados nos últimos anos na Embrapa Semi-Árido com o imbuzeiro, identificamos que há uma variabilidade genética muito acentuada nesta espécie. Esta variabilidade pode ser aproveitada pelos agricultores no sentido de ter uma colheita antecipada nas plantas precoce e uma colheita fora do período de safra normal. Os agricultores podem formar seus pomares com estes três tipos de plantas e ter desta forma uma safra mais prolongada. Para o meio ambiente, essa variabilidade tem vantagens bastante significativas, tais como, quando a caatinga ainda esta seca nos meses de agosto e setembro, há muitas flores e pequenos frutos para os animais. Antes do início das chuvas nos meses de novembro e dezembro, em muitas plantas, os frutos maduros já estão caindo.

A variabilidade genética do imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia podemos observar uma planta de imbuzeiro em fase de dormência vegetativa. A fotografia foi obtida em 23 de setembro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Na postagem anterior, mostramos uma planta de imbuzeiro com bastante flores no dia 23 de setembro de 2008, contudo como podemos ver, esta planta ainda encontra-se em fase de dormência vegetativa, isto é, com seu mecanismo em repouso. Esta fase pode prolonga-se até 35 dias, o que leva a floração para uma data mais a frente. Esta diferença entre as plantas de imbuzeiro é resultado da grande variabilidade genética destas plantas, motivada principalmente pela fecundação cruzada de até 75% das flores do imbuzeiro.

A floração do imbuzeiro em setembro de 2008


A foto

Nesta fotografia podemos observar uma planta de imbuzeiro com bastante flores. A fotografia foi obtida em 23 de setembro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato
As chuvas que ocorreram no Campo Experimental no período de fevereiro ao final de abril de 2008 num total de 372,3 mm, sendo 126,0 mm no mês de fevereiro, 128,0 mm no mês de março e 117,9 mm no mês de abril, foram suficiente para manter a fenologia do imbuzeiro em sua normalidade. Esta planta que vemos na fotografia iniciou a brotação na última semana de agosto e nesta data, estava com uma floração muito intensa. Como se pode ver no detalhe, a vegetação ao lado esta seca, contudo o imbuzeiro com suas flores é uma alternativa para alimentação de pássaros, abelhas e outros animais da caatinga. Neste período são centenas de plantas de imbuzeiro floridas na caatinga.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Cisterna para carro pipa!


As fotos


Nestas fotografias, podemos observar cisternas construídas em assentamento de agricultores sem terra. Esta fotografia foi obtida no município de Sobradinho, BA.






Os fatos

A cisterna rural foi desenvolvida com a concepção de armazenar a água da chuva captada no telhado das residências rurais. A água armazenada pode suprir a necessidade de água para o consumo de uma família em anos de seca. Embora o programa de 1 milhão de cisternas já tenha construído um número bastante significativo de cisternas, a visão de cisterna em barracos de invasões de agricultores sem terra parece uma ligeira contradição, visto que, ainda temos centenas de residências de pequenos agricultores no semiárido que não dispõem de cisternas. Não estamos discutindo se estes agricultores tem ou não direito a água! É claro que todo ser humano tem direito água para consumo, porém, no caso dos agricultores de invasões de terra, outros problemas devem ser resolvidos, principalmente o da posse da terra. De onde será captada a água para as centenas de cisternas nestes assentamentos! Mais uma vez, os carros-pipas estão de volta.

Mamão produzido com água de chuva na caatinga


foto

Nesta fotografia podemos observar o agricultor diante de uma planta de mamão com bastante frutos, irrigada com água de cisterna. A fotografia foi obtida no dia 01 de outubro de 2008 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.

O fato

A produção de frutos na caatinga é bastante limitada, devido a escassez de chuvas. Todavia, quando existe água armazenada, os agricultores podem produzir alguns tipos de frutas. Na comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE, construimos uma cisterna para armazenar água visando a produção de alimentos, e o senhor Alírio nunca tinha colhido tanto mamão até esta data. A produção superou as expectativas do agricultor. Uma cisterna com capacidade de 16000 litros pode fornecer água para produção de 36 fruteiras durante um ano. A distribuição pode ser de 1 litro por planta no período de janeiro a abril, de 2 litros de maio a agosto e 3 litros de setembro a dezembro. Com este sistema, são utilizados apenas 10.400 litros, ficando uma reserva para possível seca.

Produção de caju com água de chuva armazenda em cisterna de comunidade rural


A foto

Nesta fotografia podemos observar a agricultora com frutos de caju colhido em planta irrigada com água de cisterna. A fotografia foi obtida no dia 11 de setembro de 2008 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.

O fato

A alegria desta agricultora não pode ser mensurada. Quando iniciamos os trabalhos de construção de uma cisterna para armazenar água visando a produção de alimentos, Dona Benedita disse que pagava para ver. Hoje com a colheita de caju, mamão, acerola, limão, ela esta radiante com um sonho realizado. Uma cisterna com capacidade de 16000 litros pode fornecer água para produção de 36 fruteiras durante um ano. A distribuição pode ser de 1 litro por planta no período de janeiro a abril, de 2 litros de maio a agosto e 3 litros de setembro a dezembro. Com este sistema, são utilizados apenas 10.400 litros, ficando uma reserva para possível seca.