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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Começou a venda de imbu da safra 2009


A foto

Nesta fotografia podemos ver agricultores vendendo frutos do imbuzeiro em uma avenida na cidade de Juazeiro, BA. A foto foi obtida em 10 de janeiro de 2009.

O fato

O fruto do imbuzeiro é uma alternativa de renda para muitos pequenos agricultores na região semi-árida do Nordeste. Neste ano, a safra teve início na região de Manoel Vitorino e Milagres na Bahia no final de Novembro. Em Petrolina, PE, a safra teve início no mês de dezembro com frutos obtidos no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido. São milhares de famílias em toda região que colhem e vende os frutos in natura para consumo ou processamento. Só no estado da Bahia, são mais de 10 mil famílias envolvidas no extrativismo.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Irrigação de salvação de milho e feijão com água de chuva armazenada em barreiro


A foto

Nesta fotografia podemos observar um barreiro de irrigação de salvação. A fotografia foi obtida em 28 de abril de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

No ano de 2008, as chuvas no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido, concentraram-se nos meses de feveriero e março. A última grande chuva foi no dia 2 de abril com 85 mm. De maio a novembro não foi registrada chuvas significativas. Por outro lado, já no dia 28 de abril tivemos que utilizar a água de chuva armazenada no barreiro para irrigação suplementar. Nesta pesquisa, foi constatado que as culturas que não receberam irrigação de salvação, tiveram sua produção reduzida em mais de 50%. Neste ano, as chuvas foram em média de 359,9 mm, contudo sua distribuição concentrada nos meses de fevereiro e março não possibilitaram produtividades significativas para os agricultores da região, principalmente para as culturas de milho, feijão e sorgo.

Utilização de água armazenda em barreiro para irrigação suplementar


A foto

Nesta fotografia podemos observar um volume de água de chuva acumulada em um barreiro de irrigação de salvação. A fotografia foi obtida em 16 de março de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Embora os barreiros sejam uma opção para o armazenamento da água de chuva na região semi-árida do Nordeste, essa água muitas vezes não chega a ser utilizada porque há uma perda bastante elevada por evaporação e infiltração. No caso específico deste barreiro, a utilização de sua água permitiu que fosse realizada algumas irrigações suplementares nas culturas de feijão e de milho, todavia, as elevadas temperaturas ocorridas nos períodos de estiagens de abril e maio de 2008, contribuíram para que a evaporação provocasse perdas elevadas desta água.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A perda de água de chuva em cultivo tradicional


A foto

Nesta foto podemos observar a diferença no crescimento do milho em função do efeito de diferentes preparo do solo. Esta fotografia foi obtida em 5 de abril de 2008 no Campo experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Os pequenos agricultores da região semi-árida do Nordeste, em sua maioria ainda realizam o cultivo de milho e feijão em seus roçados com o solo na forma natural, isto é, sem qualquer manejo que possa contribuir para evitar erosão e perda de água por escoamento. Esta maneira de cultivo, além de provocar perdas das lavouras em anos de irregularidades climáticas, contribui para o processo de erosão que lentamente vai arrastando as partículas do solo. Se os agricultores utilizassem alguma técnica de captação e retenção das águas das chuvas, além de obterem mais produção, contribuiriam para sustentabilidade ambienta da caatinga. Na fotografia, se pode observar que o tratamento tradicional, onde o plantio é realizado logo após uma capina as plantas pouco resistiram as estiagens e cresceram muito pouco comparadas com os demais tratamentos.

Efeito de diferentes preparo de solo no crescimento das raízes de milho


A foto

Nesta foto podemos observar o crescimento das raízes de milho em função do efeito de diferentes preparo do solo. Esta fotografia foi obtida em 19 de maio de 2008 no Campo experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Na região semi-árida do Nordeste a perda das lavouras em anos de irregularidades climáticas, ocorre em sua maior parte pelo manejo inadequado dos solos cultivados. Quando o manejo do solo é adequado, mesmo em anos de baixa precipitação os agricultores podem obter resultados significativos. Nesta região, as culturas tradicionais são o milho e o feijão, ambas bastante vulneráveis as irregularidades das chuvas. Com o preparo do solo mais apropriado a água das chuvas pode ser retida e mais distribuída em todo o perfil, contribuindo para o melhor desenvolvimento das raízes que resultará em plantas mais produtivas. Na Embrapa Semi-Árido, estamos desenvolvendo um projeto de pesquisa financiado pelo BNB-FUNDECI, cujo objetivo principal é conhecer os diferentes modos de preparo dos solos utilizados pelos agricultores e as consequências das chuvas no armazenamento de água no solo e a erosão provocada pelas chuvas nos diferentes tratamentos. Na fotografia acima, os tratamentos 2 e 3, apresentam os maiores volumes de raízes. O tratamento 2 consta de duas gradagens, onde se usa uma grande pesada que revolve o solo até 40 a 60 cm. No tratamento 3, é realizado apenas uma aração com grande normal revolvendo o solo até 30 a 40 cm. Nestes dois tratamentos, a maior renteção de água no solo e maior distribuição da umidade.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A produção de mudas de imbuzeiro para repovoamento da caatinga


A foto

Nesta fotografia, podemos observar um viveiro com bastante mudas de imbuzeiro para o plantio na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 23 de setembro de 2008, na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Em décadas recentes, para produção de mudas de imbuzeiro os agricultores tinham que vencer algumas dificuldades por causa de informações incorretas. Havia uma informação de que a semente do imbuzeiro era provida de uma dormência, a qual deveria ser eliminada mecanicamente ou com a utilização de alguns produtos como ácidos entre outros. Assim, poucos ou nenhum agricultor se ariscava a produzir mudas de imbuzeiro. Recentemente, após a realização de diversos trabalhos de pesquisa, obtivemos resultados que eliminaram estes mitos. Um dos resultados mais significativos foi o de que a semente do imbu necessitava de um período de aproximadamente 60 dias após a queda do fruto maduro para que a semente atingisse sua maturidade fisiológica. Outro resultado foi o de que as sementes coletadas em chiqueiros e apriscos apresentavam um percentual de germinação bem maior que as demais, em função da presença de nitrogênio obtido da urina e vezes dos animais. Neste caso específico, foi uma descoberta muito importante, visto que, os agricultores podem de forma simples fazer esta operação em suas propriedades, colocando as sementes em água de esterco por 24 horas antes do plantio.

domingo, 11 de janeiro de 2009

O tamanho ideal das mudas de imbuzeiro para plantio


A foto

Nesta fotografia, podemos observar o preparo de mudas de imbuzeiro para o plantio na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 20 de agosto de 2008, na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

O plantio de mudas de imbuzeiro na caatinga, muitas vezes as mudas não resistem ao período de seca que chega até a 8 meses. Outro problema é o ataque que as mudas sofrem pelos animais silvestres que consomem o caule, as folhas e o xilopódio. Na área de caatinga degradada e com a presença de caprinos e ovinos, a probabilidade de sobrevivência das mudas é muito baixa. Em pesquisas realizadas na Embrapa Semi-Árido obtivemos resultados muito satisfatório com mudas de imbuzeiro cultivadas em canteiros por até 180 dias e depois repicadas para sacos plásticos até a data do plantio. Outra alternativa é a repicarem das mudas logo após as chuvas diretamente para o campo. Nesta modalidade, as mudas podem ser retiradas dos canteiros e transportadas para as áreas de plantio em até 72 horas. As mudas com esta idade são mais resistentes aos danos provocado pelos animais silvestres e pelos caprinos.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A precocidade de algumas plantas de imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia podemos observar três plantas de imbuzeiro em diferentes fases fenológicas. A fotografia foi obtida em 23 de setembro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Em trabalhos de pesquisa realizados nos últimos anos na Embrapa Semi-Árido com o imbuzeiro, identificamos que há uma variabilidade genética muito acentuada nesta espécie. Esta variabilidade pode ser aproveitada pelos agricultores no sentido de ter uma colheita antecipada nas plantas precoce e uma colheita fora do período de safra normal. Os agricultores podem formar seus pomares com estes três tipos de plantas e ter desta forma uma safra mais prolongada. Para o meio ambiente, essa variabilidade tem vantagens bastante significativas, tais como, quando a caatinga ainda esta seca nos meses de agosto e setembro, há muitas flores e pequenos frutos para os animais. Antes do início das chuvas nos meses de novembro e dezembro, em muitas plantas, os frutos maduros já estão caindo.

A variabilidade genética do imbuzeiro


A foto

Nesta fotografia podemos observar uma planta de imbuzeiro em fase de dormência vegetativa. A fotografia foi obtida em 23 de setembro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Na postagem anterior, mostramos uma planta de imbuzeiro com bastante flores no dia 23 de setembro de 2008, contudo como podemos ver, esta planta ainda encontra-se em fase de dormência vegetativa, isto é, com seu mecanismo em repouso. Esta fase pode prolonga-se até 35 dias, o que leva a floração para uma data mais a frente. Esta diferença entre as plantas de imbuzeiro é resultado da grande variabilidade genética destas plantas, motivada principalmente pela fecundação cruzada de até 75% das flores do imbuzeiro.

A floração do imbuzeiro em setembro de 2008


A foto

Nesta fotografia podemos observar uma planta de imbuzeiro com bastante flores. A fotografia foi obtida em 23 de setembro de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato
As chuvas que ocorreram no Campo Experimental no período de fevereiro ao final de abril de 2008 num total de 372,3 mm, sendo 126,0 mm no mês de fevereiro, 128,0 mm no mês de março e 117,9 mm no mês de abril, foram suficiente para manter a fenologia do imbuzeiro em sua normalidade. Esta planta que vemos na fotografia iniciou a brotação na última semana de agosto e nesta data, estava com uma floração muito intensa. Como se pode ver no detalhe, a vegetação ao lado esta seca, contudo o imbuzeiro com suas flores é uma alternativa para alimentação de pássaros, abelhas e outros animais da caatinga. Neste período são centenas de plantas de imbuzeiro floridas na caatinga.