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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Utilização da adubação orgânica em cultivos tradicionais

A foto
Nesta fotografia podemos observar a implantação de um experimento com adubação orgânica. A fotografia foi obtida no dia 3 de março de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

A utilização de fertilizantes nas culturas de milho e feijão na região semi-árida do Nordeste pelos pequenos agricultores ainda é bastante reduzida. Embora os agricultores desta região, em sua maioria, não disponham de recursos financeiros suficientes para aquisição de fertilizantes químicos, eles dispõem de bastante adubos orgânicos provenientes das fezes dos caprinos e ovinos. Contudo, devido a valorização deste tipo de fertilizante para agricultura irrigada, a maioria dos agricultores vendem o esterco de suas propriedades. Se este adubo fosse utilizado no plantio de milho e feijão, os resultados seriam bastante satisfatórios. No experimento que conduzimos com este fertilizante, os tratamentos de milho e feijão que receberam adubação orgânica, apresentaram produtividade acima de 40%, quando comparados com os não adubados.

A utilização racional da terra pelos pequenos agricultores


A foto
Nesta fotografia podemos observar o plantio de milho em uma área de fruteiras. A fotografia foi obtida no dia 4 de junho de 2008 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.
O fato
Os pequenos agricultores da região semi-árida do Nordeste, procuram utilizar de forma racional as terras de suas propriedades. Nesta fotografia podemos ver o plantio de milho realizado em uma área de 20 metros quadrados onde o agricultor cultiva 36 fruteiras irrigadas com água de chuva. Como o milho é produzido no período de chuvas, não vai concorrer com as fruteiras na busca de água. Desta forma, o agricultor aproveita todo o potencial de sua propriedade sem ter que desmatar novas áreas de caatinga para o plantio de sua lavoura.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Carro pipa é uma alternativa ou solução para falta de água no semi-árido nordestino!


A foto
Nesta fotografia podemos observar um carro pipa abastecendo uma cisterna. A fotografia foi obtida no dia 26 de setembro de 2008 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.
O fato
A eficiência das cisternas rurais no armazenamento de água de chuva na região semi-árida do Nordeste é um fato inquestionável. Contudo a existência de residências que possuem cisternas e não acumulam água das chuvas é um fato questionável. Todavia, em muitas residências do semi-árido, os agricultores ainda dependem dos carros pipas para o fornecimento de água para o consumo durante todo o ano. Embora as chuvas que caem na região sejam considerada pouca, isto é, 350 a 500 mm no ano, concentrada em 3 a 4 meses, porém se essa água fosse armazenada nas cisternas, daria para uma família de até 5 pessoas utilizar para consumo durante todo o ano. Agora, se os carros pipas não aparecessem, será que os agricultores investiriam nas calhas para captar água de chuva?

A importância da calha para captação de água de chuva para cisterna


A foto
Nesta fotografia podemos observar o agricultor colocando a calha para coleta de água de chuva. A fotografia foi obtida no dia 12 de dezembro de 2007 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.
O fato
A falta de água que nos meses de seca assola o semi-árido nordestino, poderia ser amenizada com o aproveitamento da água de chuva que escorre nos telhados das residências. Contudo, em muitas residências, a água se perde por falta de calhas ou por defeito de colocação. Outro problema que se pode observar é residências com calha apenas em um lado da casa. Nestes casos, metade da água que escorre no telhado é desperdiçada. Alguns agricultores não consertam os telhados e pouca água é armazenada nas cisterna. Na fotografia podemos ver o senhor Alírio Macedo da comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE, colocando uma calha no lado esquerdo da sua residência. Até esta data, toda água que caia deste lado,por volta de 17 mil litros de água era desperdiçada. Há um fato que devemos considerar, porque os agricultores, em muitos casos não se preocupam em armazenar toda água da chuva! Porque quando falta água, vem um carro pipa para socorrer.

Cisterna de arame


A foto

Nesta fotografia podemos observar a construção de uma cisterna com telha de arame. A fotografia foi obtida no dia 23 de novembro de 2007 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.

O fato

As cisternas de placas já são tradição na região semi-árida do Nordeste. Todavia, quando há falhas na construção destas cisternas, parte da água armazenada se perde por vazamentos. Uma alternativa para solução deste problema é a construção de cisternas com tela de arame. Este tipo pode apresentar uma elevação nos custos, contudo os resultados obtidos são significativos. Na comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE, construimos uma cisterna de tela para armazenar água de chuva visando a produção de alimentos. A cisterna foi construída na propriedade do senhor Alírio Macedo com recursos provenientes de um projeto financiado a fundo perdido pelo BNB e a Embrapa Semi-Árido.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Começou a venda de imbu da safra 2009


A foto

Nesta fotografia podemos ver agricultores vendendo frutos do imbuzeiro em uma avenida na cidade de Juazeiro, BA. A foto foi obtida em 10 de janeiro de 2009.

O fato

O fruto do imbuzeiro é uma alternativa de renda para muitos pequenos agricultores na região semi-árida do Nordeste. Neste ano, a safra teve início na região de Manoel Vitorino e Milagres na Bahia no final de Novembro. Em Petrolina, PE, a safra teve início no mês de dezembro com frutos obtidos no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido. São milhares de famílias em toda região que colhem e vende os frutos in natura para consumo ou processamento. Só no estado da Bahia, são mais de 10 mil famílias envolvidas no extrativismo.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Irrigação de salvação de milho e feijão com água de chuva armazenada em barreiro


A foto

Nesta fotografia podemos observar um barreiro de irrigação de salvação. A fotografia foi obtida em 28 de abril de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

No ano de 2008, as chuvas no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido, concentraram-se nos meses de feveriero e março. A última grande chuva foi no dia 2 de abril com 85 mm. De maio a novembro não foi registrada chuvas significativas. Por outro lado, já no dia 28 de abril tivemos que utilizar a água de chuva armazenada no barreiro para irrigação suplementar. Nesta pesquisa, foi constatado que as culturas que não receberam irrigação de salvação, tiveram sua produção reduzida em mais de 50%. Neste ano, as chuvas foram em média de 359,9 mm, contudo sua distribuição concentrada nos meses de fevereiro e março não possibilitaram produtividades significativas para os agricultores da região, principalmente para as culturas de milho, feijão e sorgo.

Utilização de água armazenda em barreiro para irrigação suplementar


A foto

Nesta fotografia podemos observar um volume de água de chuva acumulada em um barreiro de irrigação de salvação. A fotografia foi obtida em 16 de março de 2008 no Campo Experimental da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Embora os barreiros sejam uma opção para o armazenamento da água de chuva na região semi-árida do Nordeste, essa água muitas vezes não chega a ser utilizada porque há uma perda bastante elevada por evaporação e infiltração. No caso específico deste barreiro, a utilização de sua água permitiu que fosse realizada algumas irrigações suplementares nas culturas de feijão e de milho, todavia, as elevadas temperaturas ocorridas nos períodos de estiagens de abril e maio de 2008, contribuíram para que a evaporação provocasse perdas elevadas desta água.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A perda de água de chuva em cultivo tradicional


A foto

Nesta foto podemos observar a diferença no crescimento do milho em função do efeito de diferentes preparo do solo. Esta fotografia foi obtida em 5 de abril de 2008 no Campo experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Os pequenos agricultores da região semi-árida do Nordeste, em sua maioria ainda realizam o cultivo de milho e feijão em seus roçados com o solo na forma natural, isto é, sem qualquer manejo que possa contribuir para evitar erosão e perda de água por escoamento. Esta maneira de cultivo, além de provocar perdas das lavouras em anos de irregularidades climáticas, contribui para o processo de erosão que lentamente vai arrastando as partículas do solo. Se os agricultores utilizassem alguma técnica de captação e retenção das águas das chuvas, além de obterem mais produção, contribuiriam para sustentabilidade ambienta da caatinga. Na fotografia, se pode observar que o tratamento tradicional, onde o plantio é realizado logo após uma capina as plantas pouco resistiram as estiagens e cresceram muito pouco comparadas com os demais tratamentos.

Efeito de diferentes preparo de solo no crescimento das raízes de milho


A foto

Nesta foto podemos observar o crescimento das raízes de milho em função do efeito de diferentes preparo do solo. Esta fotografia foi obtida em 19 de maio de 2008 no Campo experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE.

O fato

Na região semi-árida do Nordeste a perda das lavouras em anos de irregularidades climáticas, ocorre em sua maior parte pelo manejo inadequado dos solos cultivados. Quando o manejo do solo é adequado, mesmo em anos de baixa precipitação os agricultores podem obter resultados significativos. Nesta região, as culturas tradicionais são o milho e o feijão, ambas bastante vulneráveis as irregularidades das chuvas. Com o preparo do solo mais apropriado a água das chuvas pode ser retida e mais distribuída em todo o perfil, contribuindo para o melhor desenvolvimento das raízes que resultará em plantas mais produtivas. Na Embrapa Semi-Árido, estamos desenvolvendo um projeto de pesquisa financiado pelo BNB-FUNDECI, cujo objetivo principal é conhecer os diferentes modos de preparo dos solos utilizados pelos agricultores e as consequências das chuvas no armazenamento de água no solo e a erosão provocada pelas chuvas nos diferentes tratamentos. Na fotografia acima, os tratamentos 2 e 3, apresentam os maiores volumes de raízes. O tratamento 2 consta de duas gradagens, onde se usa uma grande pesada que revolve o solo até 40 a 60 cm. No tratamento 3, é realizado apenas uma aração com grande normal revolvendo o solo até 30 a 40 cm. Nestes dois tratamentos, a maior renteção de água no solo e maior distribuição da umidade.