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domingo, 8 de fevereiro de 2009

A morte de um imbuzeiro


A foto
Nesta fotografia se pode ver uma planta centenária de imbuzeiro tombada por um raio. A fotografia foi obtida em 28 de janeiro de 2009 na comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.
O fato
Embora o imbuzeiro sobreviva por mais de 100 anos, ele encontra-se sujeito às adversidades da natureza como os raios e as ventanias. A planta da foto existente na Comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE., existia a mais de 148 anos, conforme levantamento histórico dos moradores da comunidade. No dia 22 de janeiro de 2009, um raio partiu o tronco do velho imbuzeiro que o dividiu ao meio. Essa ocorrência, embora rara, foi facilitada pelo fato de que o tronco das plantas de imbuzeiro com idade avançada é destruindo pelo cupim, ficando assim, muito vulnerável aos raios e ventanias.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Qual é a melhor área de captacão de água de chuva?

A foto
Nesta fotografia se pode ver uma cisterna com área de captação da água da chuva em uma lona plástica. A fotografia foi obtida em 21 de janeiro de 2004 no município de Petrolina, PE.
O fato
Em muitas residências da caatinga, encontramos cisternas sem calhas para captação da água da chuva. Quando interrogamos os agricultores, eles afirmam que o telhado de suas casas armazena muita sujeira que contamina a água. Em outros casos, encontramos cisternas com área de captação em lonas plásticas. Porém, os agricultores esquecem que após 10 a 15 minutos do início de uma chuva, o telhado já esta lavado e toda água pode ser armazenada na cisterna. Outro opção é a colocação de um sistema de filtro que permite o desvio das primeiras águas que caem no telhado da cisterna. Se a primeira água não for desviada, tanto faz telhado como lona, a água estará contaminada por impurezas acumulada com o tempo sem chuvas.

Que água estamos bebendo!


A foto


Nesta fotografia se pode ver um agricultor coletando água em uma barragem. A fotografia foi obtida na área de caatinga do município de Dormentes, PE., em 20 de agosto de 2007.


O fato


Nos meses de seca que assola a região semi-árida, os agricultores passam por muita dificuldade para obtenção de água para o consumo. Na maioria das residências rurais, esta água chega por carro pipa, contudo, em muitas áreas da caatinga, os agricultores utilizam a água que esta mais próxima. Na fotografia podemos ver a coleta de água em uma barragem no município de Dormentes, PE. A qualidade da água é imprópria para o consumo, contudo, sem água potável, o que os agricultores podem fazer! Neste município, em 2007 a água acumulada nas cisternas não foi suficiente para atender as necessidades dos agricultores até o mês de junho. A sede do município de Dormentes dispõe de água de uma adutora do São Francisco, más o interior do município, ficam dependendo de carros pipas.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O veado catingueiro


A foto
Nesta fotografia podemos ver um veado catingueiro. A fotografia foi obtida na área de caatinga do município de Petrolina, PE., em 27 de março de 2003.
O fato
A visão de um veado catingueiro é deslumbrante. Raramente este animal é visto na caatinga. A caça indiscriminada desta espécie, esta colocando este animal na lista de espécies em extinção no semi-árido. O veado alimenta-se principalmente de brotos, gramíneas e leguminosas da caatinga. O fruto do imbuzeiro é muito consumido por esses animais. Um detalhe muito interessante é que o macho sempre anda só. Normalmente, a fêmea anda com um filhote. Sua pelagem é marrom-acinzentada com o ventre mais claro. Uma característica dos veados é uma pinta branca acima dos olhos.

A ema da caatinga nordestina


A foto
Nesta fotografia podemos ver uma ema na caatinga. A fotografia foi obtida na área de caatinga do município de Curaçá, BA., em 11 de outubro de 2002.
O fato
A presença da ema nas áreas de caatinga do Nordeste é uma raridade. A espécie da caatinga é Rhea americana que habita também os cerrados. Na caatinga, esta espécie foi severamente reduzida em função da caça predatório praticada pelos agricultores. Se diz que os nordestinos caçam os animais silvestres para saciar sua fome, todavia, em diversos estudos realizados na região, a caça é mais pelo espírito esportivo, visto que, a maioria dos caçadores são pessoas da cidade ou fazendeiros que dispõem de muitos animais como caprinos e ovinos, os quais seriam suficiente para matar a fome de seus proprietários. As emas são animais onívoros com dieta composta de gramíneas, leguminosas e pequenos animais da caatinga. Em estudos de observação na região de Irecê, BA. no município de Jussara, foram vistas 22 emas consumindo frutos do imbu.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O ninho da sariema na caatinga


A foto
Nesta fotografia, podemos observar um ninho de sariema com um ovo. A fotografia foi obtida em 15 de abril de 2003 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato
A sariema (Cariama cristata) ou siriema é da família Cariamidae da ordem Gruiformes. São aves de médio porte, de hábitos terrestres, que preferem correr a voar. Na caatinga seu vôo é raridade, esta ave só voa quando esta sob ameaça. As sariemas alimentam-se, preferêncialmente de insetos e pequenas cobras e lagartos da caatinga. O grupo de sariemas é formado por casais e algumas vezes por um filhote. Seu ninho, geralmente é feito no alto das árvores. Na caatinga, sempre encontramos ninhos de sariemas nos pontos mais altos dos imbuzeiro. Geralmente a sariema põem até dois ovos, porém as vezes nasce apenas um filhote.

O filhote da sariema da caatinga

A foto

Nesta foto podemos observar um filhote de sariema (Cariama cristata) em seu ninho. A fotografia foi obtida em 30 de abril de 2003 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

A sariema é uma ave da caatinga muito importante pelo papel que desempenha entre os animais deste bioma. Alimenta-se de insetos e frutos. Seu ninho é feito de gravetos em plantas de imbuzeiro. Pássaro de pouca carne, não é muito caçada na região. Seu canto serve de aviso para despertar outros animais da caatinga contra algum perigo, principalmente de cobras.

O consumo de frutos do imbuzeiro pelo tatu-peba na caatinga


A foto
Nesta foto podemos observar um tatu-peba procurando frutos para comer embaixo de uma planta de imbuzeiro. A fotografia foi obtida em 25 de fevereiro de 2008 na caatinga do município de Petrolina, PE.
O fato
O tatu-peba (Euphractus sexcinctus) é um animal da caatinga que tem sido caçado impiedosamente pelos agricultores para consumo de sua carne. Na época da caida dos imbus, o tatu é facilmente encontrado embaixo das plantas de imbuzeiro consumindo os frutos caídos ao chão. Nesta época, muitos caçadores ficam a espreita esperando o animal aparecer para abate-lo. Embora este animal viva em buracos, ele dispersa as sementes do imbuzeiro na caatinga.

O tatu china da caatinga nordestina


A foto
Nesta foto, podemos observar um tatu china na caatinga. A fotografia foi obtida na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em 04 de outubro de 2002.

O fato

O tatu-china ou tatu-galinha pode ser conhecido por diversos nomes, tais como: tatuí, tatu-mula, muleta, tatu-mirim ou tatu-china (Dasypus septemcinctus). Este peaqueno tatu é encontrado com frequência nas caatingas do Nordeste, podendo ser encontrado também na Bolívia, Paraguai e Argentina. A diferenciação das espécies do gênero Dasypus é a quantidade de cintas de placas móveis que ocorrem na sua carapaça dorsal, a Dasypus septemcinctus possui de seis a sete cintas, já a Dasypus novemcinctus possuem oito a nove cintas, sendo que estas são bem maiores. De modo geral, a alimentação dos Dasypus se baseia em insetos e larvas que são encontrados no solo e, principalmente embaixo das folhas.  Este animal possui hábito noturno, sendo visto durante o dia. Nos dias chuvosos é visto em busca de formigas  e outros insetos que  voam após as chuvas. O tatu China é uma das cinco espécies de tatu que ainda existem nas caatingas do Nordeste e embora sua procriação seja de quatro a seis filhotes, este animal esta ameaçado de extinção.   Como os demais tatus, o china é um hábil cavador.

O cágado-d'água da caatinga


A foto
Nesta foto, podemos observar um cágado-d'água na caatinga. A fotografia foi obtida as margens de um pequeno riacho na área de caatinga na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em 27 de março de 2003.
O fato
Na caatinga da região semi-árida do Nordeste, há muitos riachos e rios temporários. Nos riachos são encontrados na época das chuvas, muitos cágados-d'água. Este pequeno animal, fica as margens dos riachos durante todo o período do inverno. Sua população é muito escassa, visto que , dificilmente, encontramos estes animais. Em algumas comunidades, os agricultores capturam os cágados e alimentam-se de sua carne. Nas caatinga são encontradas duas espécies de cágado, a Phrynops geoffroanus e P. tuberculatus, estas podem ser encontradas em riachos, rios e açudes da Caatinga. Acredita-se que na época da chuva, esses animais migram dos açudes para os riachos.