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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Desperdício de água de chuva na caatinga



A foto

Nesta fotografia se pode ver uma caixa d’ água de 20.000 litros de um sistema de abastecimento no interior do sertão. A fotografia foi obtida na área de caatinga do município de Uauá, BA, em 26 de novembro de 2003.


O fato

Em alguns estados do Nordeste brasileiro, a água esta chegando ao interior do sertão por meio de adutoras. Esta água tem sido uma benção para os agricultores nos meses de seca que assola a região semi-árida. Muitos agricultores que passavam por muita dificuldade para obtenção de água para o consumo na seca, hoje tem água todo ano. Não podemos deixar de aplaudir este fato, todavia como vemos na fotografia, a casa ao lado da adutora, não tem calhas para captação da água das chuvas que caem na região. Embora a água da adutora tenha resolvido partes do problema da falta de água, há necessidade de políticas de conscientização da população, principalmente a da zona rural de que água de chuva é um bem precioso que não deve ser desperdiçado. Se os agricultores captassem, armazenassem e tratassem esta água, com certeza, a mesma seria bem melhor do que a da adutora, principalmente em qualidade.

Nossa água de todo dia.

A foto


Nesta fotografia se pode ver um carro-pipa abastecendo uma residência com água para consumo. A fotografia foi obtida no município de Custódia, PE, em 29 de maio de 2005.

O fato


No Nordeste brasileiro, a necessidade de água para consumo das famílias sempre tem sido um grande problema, principalmente na zona rural e pequenos povoados. Muitas famílias ainda dependem exclusivamente do carro-pipa para obtenção de água para consumo. Embora, independente do tamanho do telhado da residência, é possível captar um volume de água que vai suprir as necessidades das pessoas por um bom tempo. De modo geral, chove entre 250 a 500 mm todo ano nas mais diversas áreas do sertão nordestino, assim, se todos captassem e armazenassem partes desta água, talvez um dia, não muito distante, esta imagem não fosse mais vista. O detalhe da fotografia é à saída de água destas residências que joga toda água do telhado na rua.



terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Pouca água para muitos

A foto


Nesta fotografia se pode ver uma família retirando água de uma cisterna. A fotografia foi obtida no município de Uauá, BA, em 10 de fevereiro de 2009.

O fato


Nos sertões do Nordeste brasileiro, a necessidade de água das famílias sempre é atendida pela água da chuva coletada nas cisternas ou obtida de carro-pipa. Na comunidade de Passagem de Santa Fé no município de Uauá, BA, algumas famílias dependem da água de uma única cisterna. E esta água é colocada por carro-pipa. O detalhe é que não há como controlar o volume de água retirado por cada família, assim, que tem mais tempo e o maior número de pessoas para retirar água da cisterna terão menos problema com a falta de água. Contudo, quando a água acaba, todos ficam esperando o carro-pipa e a vez de ir à cisterna.



A cisterna da casa fantasma na caatinga

A foto



Nesta fotografia se pode ver uma cisterna abandonada na caatinga. A fotografia foi obtida no município de Petrolina, PE, em 01 de setembro de 2003.

O fato


Porque alguns agricultores da caatinga ainda continuam valorizando tão pouco a água de chuva! Nesta fotografia podemos ver uma cisterna que foi construída à espera de uma casa. Quando da construção, o possível beneficiado pela cisterna, residia em São Paulo e os construtores, com filiações partidárias, deixaram alguma família sem cisterna para construir uma que nunca seria utilizada. Se a água fosse tão valorizada, nunca deixaríamos construir uma cisterna onde não houvesse uma residência e pessoas que necessitassem dessa água.



sábado, 21 de fevereiro de 2009

O jacu do Sertão de Pernambuco


A foto

Nesta fotografia se pode ver um jacu as margens de uma estrada na caatinga. A fotografia foi obtida no município de Petrolina, PE., em 12 de fevereiro de 2009.

O fato

A caça predatória nas caatingas do Nordeste tem levado muitas espécies de aves ao risco de extinção, principalmente, as grandes aves, como o jacu. Encontrar um jacu na caatinga do Sertão de Pernambuco é uma raridade. A última vez que avistamos esta ave foi em março de 1988. O jacu é uma espécie de ave grande com topete pardo avermelhado com barbela avermelhada. O jacu normalmente é visto encima das árvores, más na caatinga como as plantas são pequenas em comparação com as grandes florestas, o jacu é visto sempre no chão.


domingo, 15 de fevereiro de 2009

O balaio de imbu da Feira de São Joaquim, Salvador


A foto

Nesta fotografia se pode ver um balaio com mais de 200 kg de imbu. A fotografia foi obtida em 12 de fevereiro de 2009 na Feira de São Joaquim em salvador, BA.

O fato

São muitas as formas de comercialização do fruto do imbuzeiro em todo o Nordeste. Nos municípios de Manoel Vitorino, Milagres e Jaguarari, encontramos agricultores vendendo uma toca de imbu as margens da rodovia. Nas ruas de Juazeiro, a comercialização é feita em litros de imbu. Contudo, a mais inusitada das formas de comercialização do fruto do imbuzeiro é o balaio da Feira de São Joaquim na cidade de Salvador, BA. Estes balaios comportam mais de 200 kg de imbu, que ficam a disposição dos compradores. A Feira de São Joaquim, recebe imbu de toda a Bahia e partes de Minas Gerais. Lá, os frutos são distribuídos para outros comerciantes que vende para toda Salvador. Cada caminhão leva 360 sacos de frutos que são colhidos por agricultores de várias comunidades. Este comercio teve início no final de jeneiro e vai até a primeira quinzena de março.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A pitaia das caatingas nordestina

A foto
Nesta foto se pode ver uma cactácea da caatinga da espécie das pitaias com frutos maduros. A fotografia foi obtida no dia 10 de fevereiro de 2009 na caatinga do município de Jaguarari, BA.
O fato
Há muitas variedades de pitaia. Esta fruta é bastante valorizada, principalmente para exportação. A pitaia é uma espécie frutífera que pertencente à família das cactáceas originária da América Latina. Há espécies em todas as regiões do Brasil. Algumas variedades de pitaias apresentam coloração vermelha tanto na casca quanto na polpa, outras são amarelas. Há uma grande variação no tamanho e na forma do fruto. A espécie que ocorre na caatinga é pouco conhecida e consumida pelos habitantes da região. Esta espécie apresenta uma vantagem em relação as demais, por esta adaptada as condições de seca da região. A maioria das variedades de pitaia são originárias de regiões onde ocorre muita chuva.

O caminhão de imbu na comunidade de Flamengo


A foto
Nesta fotografia se pode ver trabalhadores colocando sacos com frutos do imbuzeiro em um caminhão para ser levado para Feira de São Joaquim em Salvador, BA. A fotografia foi obtida em 11 de fevereiro de 2009 na Comunidade de Flamengo no município de Jaguarari, BA.
O fato
O destino de mais de 90% da produção de imbu é a Feira de São Joaquim na cidade de Salvador, BA. Para este local, os frutos são transportados em sacos de rafi como vemos na fotografia. cada saco pesa, em média, 50 kg de frutos. A Feira de São Joaquim, recebe imbu de toda a Bahia e partes de Minas Gerais. Lá, os frutos são distribuídos para outros comerciantes que vende para toda Salvador. Cada caminhão leva 360 sacos de frutos que são colhidos por agricultores de várias comunidades. Este comercio teve início no final de jeneiro e vai até a primeira quinzena de março.

O caminhão do imbu na comunidade de Caldeirão da Serra


A foto
Nesta fotografia se pode ver trabalhadores colocando frutos do imbuzeiro em caixas para completar a carga de um caminhão. A fotografia foi obtida em 10 de fevereiro de 2009 na Comunidade de Caldeirão da Serra no município de Uauá, BA.
O fato
Na época de produção de imbu, a colheita movimenta um grande número de agricultores que colhem o fruto do imbuzeiro em suas propriedades e vendem para compradores que levam os frutos para fora da região produtora. Na comunidade de Caldeirão da Serra, diariamente 3 a 4 caminhões com capacidade cada um de 18 toneladas, são carregados com frutos do imbuzeiro. Na foto acima, vemos os trabalhadores colocando o imbu de sacos em caixas plásticas para ser transportado até as despolpadeiras na região metropolitana de Salvador. Para formar a carga de 18 toneladas, são necessários 360 sacos de imbu. Assim, cada caminhão envolve a atividade de 180 agricultores em dois dias e gera uma renda de R$ 3.600,00 para as comunidades.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A concorrência do imbu com outras frutas em feira livre


A foto


Nesta fotografia se pode ver uma banca de feira livre com frutos do imbuzeiro, ciriguela e maçã. A fotografia foi obtida em 01 de fevereiro de 2009 na feira livre de Areia Branca no município de Petrolina, PE.

O fato

Na época de produção de imbu, poucas frutas conseguem despertar tanto interesse dos consumidores como o fruto do imbuzeiro. O fruto do imbuzeiro é um campeão em vendas e sempre agrada o paladar de todos, até daqueles de outras regiões. Alguns vendedores ambulantes arriscam a compra de frutos como ciriguela, maçã, caju e outros, todavia, é com a venda de imbu que eles mais lucram. De modo geral, os vendedores das feiras livres compram uma caixa com 50 kg de imbu por R$ 20,0 e vende por R$ 50 ou 60. Um detalhe é que o fruto do imbuzeiro é muito perecível, e pouco dá para ser transportado para outra feira. Assim, no final da feira, os frutos ou são transformados em polpa, doce e geléia ou são desperdiçados.