quinta-feira, 19 de março de 2009
A raposa da caatinga nordestina
A foto
Nesta fotografia se pode ver uma raposa na caatinga. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE, em 30 de outubro de 2002.
O fato
A raposa (Dusicyon thous) é um pequeno mamífero da caatinga que alimenta-se basicamente de pequenos animais, frutos e insetos. No Nordeste brasileiro, a seca que assola a região semi-árida no período de agosto a janeiro, não afeta só a população rural, más também os animais silvestres. Entre estes animais, encontramos as raposas, que buscam alimentos fugindo da seca, principalmente nas rodovias onde são atropeladas a noite na busca de alimentos. No período de seca, facilmente vemos as raposas nas estradas e veredas. Outro momento para avistamento, é quando ocorre chuvas diurnas nos meses de outubro a novembro. Após as chuvas, as raposas saem de suas tocas em busca de alimentos..O melhor local para observação noturna das raposas é embaixo da copa dos imbuzeiros na época da safra.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Água de chuva para produção de frutas na caatinga
A foto
Nesta fotografia se pode observar uma cisterna onde a água da chuva é acumulada para irrigação de fruteiras na caatinga. A fotografia foi obtida em 25 de novembro de 2008 na Comunidade de Fazenda Humaitá em Paulistana, PI.
O fato
Na maioria das residências do interior da região semi-árida do Nordeste brasileiro, parte da água da chuva é desperdiçada pelo fato de que não há calhas em todo o telhado. Com a captação desta água em uma cisterna, pode-se realizar a irrigação de fruteiras na caatinga. Na comunidade de Fazenda Humaitá, foi implantada uma unidade demonstrativa com 36 fruteiras, utilizando água de chuva para irrigação. Neste sistema, o agricultor dispõe de uma cisterna para o consumo e outra para irrigação.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Desperdício de água de chuva na caatinga
Nesta fotografia se pode ver uma caixa d’ água de 20.000 litros de um sistema de abastecimento no interior do sertão. A fotografia foi obtida na área de caatinga do município de Uauá, BA, em 26 de novembro de 2003.
O fato
Em alguns estados do Nordeste brasileiro, a água esta chegando ao interior do sertão por meio de adutoras. Esta água tem sido uma benção para os agricultores nos meses de seca que assola a região semi-árida. Muitos agricultores que passavam por muita dificuldade para obtenção de água para o consumo na seca, hoje tem água todo ano. Não podemos deixar de aplaudir este fato, todavia como vemos na fotografia, a casa ao lado da adutora, não tem calhas para captação da água das chuvas que caem na região. Embora a água da adutora tenha resolvido partes do problema da falta de água, há necessidade de políticas de conscientização da população, principalmente a da zona rural de que água de chuva é um bem precioso que não deve ser desperdiçado. Se os agricultores captassem, armazenassem e tratassem esta água, com certeza, a mesma seria bem melhor do que a da adutora, principalmente em qualidade.
Nossa água de todo dia.
A foto
Nesta fotografia se pode ver um carro-pipa abastecendo uma residência com água para consumo. A fotografia foi obtida no município de Custódia, PE, em 29 de maio de 2005.
O fato
No Nordeste brasileiro, a necessidade de água para consumo das famílias sempre tem sido um grande problema, principalmente na zona rural e pequenos povoados. Muitas famílias ainda dependem exclusivamente do carro-pipa para obtenção de água para consumo. Embora, independente do tamanho do telhado da residência, é possível captar um volume de água que vai suprir as necessidades das pessoas por um bom tempo. De modo geral, chove entre 250 a 500 mm todo ano nas mais diversas áreas do sertão nordestino, assim, se todos captassem e armazenassem partes desta água, talvez um dia, não muito distante, esta imagem não fosse mais vista. O detalhe da fotografia é à saída de água destas residências que joga toda água do telhado na rua.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Pouca água para muitos
A foto
Nesta fotografia se pode ver uma família retirando água de uma cisterna. A fotografia foi obtida no município de Uauá, BA, em 10 de fevereiro de 2009.
O fato
Nos sertões do Nordeste brasileiro, a necessidade de água das famílias sempre é atendida pela água da chuva coletada nas cisternas ou obtida de carro-pipa. Na comunidade de Passagem de Santa Fé no município de Uauá, BA, algumas famílias dependem da água de uma única cisterna. E esta água é colocada por carro-pipa. O detalhe é que não há como controlar o volume de água retirado por cada família, assim, que tem mais tempo e o maior número de pessoas para retirar água da cisterna terão menos problema com a falta de água. Contudo, quando a água acaba, todos ficam esperando o carro-pipa e a vez de ir à cisterna.
A cisterna da casa fantasma na caatinga
A foto
Nesta fotografia se pode ver uma cisterna abandonada na caatinga. A fotografia foi obtida no município de Petrolina, PE, em 01 de setembro de 2003.
O fato
Porque alguns agricultores da caatinga ainda continuam valorizando tão pouco a água de chuva! Nesta fotografia podemos ver uma cisterna que foi construída à espera de uma casa. Quando da construção, o possível beneficiado pela cisterna, residia em São Paulo e os construtores, com filiações partidárias, deixaram alguma família sem cisterna para construir uma que nunca seria utilizada. Se a água fosse tão valorizada, nunca deixaríamos construir uma cisterna onde não houvesse uma residência e pessoas que necessitassem dessa água.