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domingo, 22 de março de 2009

O dilema da produção de milho no sertão do Nordeste



A foto


Nesta fotografia podemos observar agricultores colhendo milho. A fotografia foi obtida em 30 de junho de 2004 na Comunidade de Alto do Angico em Petrolina, PE.


O fato


As irregularidades das chuvas na região semi-árida do Nordeste brasileiro são fatores limitantes para diversas culturas da região, principalmente a do milho. Para que o agricultor tenha sucesso no cultivo do milho no sertão, ele precisa fazer o plantio logo após as primeiras chuvas que ocorre na região. As primeiras chuvas, normalmente ocorrem no mês de dezembro, contudo, o mês de janeiro é de pouca chuva e o milho plantado em dezembro, muitas vezes não consegue sobreviver. Quando o agricultor planta nas chuvas de fevereiro, ao chegar a março e abril, falta chuva no momento que o milho mais precisa, isto é, na floração e formação de espigas. Assim, produzir milho no sertão nordestino é um dilema

Esterco, o adubo orgânico da caatinga



A foto


Nesta fotografia podemos observar um caminhão sendo carregado com esterco de caprinos. A fotografia foi obtida em 10 de setembro de 2003 na Comunidade de Alto do Angico em Petrolina, PE.


O fato


Em função do grande rebanho de caprinos e ovinos que existe na região semi-árida do Nordeste, há uma produção significativa de esterco dos animais. Este adubo orgânico é muito valorizado nos projetos de irrigação, principalmente nas áreas plantadas com uva e manga. A venda de esterco tem sido uma fonte de renda alternativa para muitas famílias da zona rural nordestina, contudo, ao vender este fertilizante orgânico que poderia ser utilizado na adubação de milho, feijão, palma forrageira e outras culturas da região, os agricultores perde a oportunidade de melhorar as condições dos solos de suas propriedades e garantir maiores rendimentos em suas produções.

quinta-feira, 19 de março de 2009

A raposa da caatinga nordestina




A foto

Nesta fotografia se pode ver uma raposa na caatinga. A fotografia foi obtida na caatinga do município de Petrolina, PE, em 30 de outubro de 2002.

O fato

A raposa (Dusicyon thous) é um pequeno mamífero da caatinga que alimenta-se basicamente de pequenos animais, frutos e insetos. No Nordeste brasileiro, a seca que assola a região semi-árida no período de agosto a janeiro, não afeta só a população rural, más também os animais silvestres. Entre estes animais, encontramos as raposas, que buscam alimentos fugindo da seca, principalmente nas rodovias onde são atropeladas a noite na busca de alimentos. No período de seca, facilmente vemos as raposas nas estradas e veredas. Outro momento para avistamento, é quando ocorre chuvas diurnas nos meses de outubro a novembro. Após as chuvas, as raposas saem de suas tocas em busca de alimentos..O melhor local para observação noturna das raposas é embaixo da copa dos imbuzeiros na época da safra.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Água de chuva para produção de frutas na caatinga



A foto


Nesta fotografia se pode observar uma cisterna onde a água da chuva é acumulada para irrigação de fruteiras na caatinga. A fotografia foi obtida em 25 de novembro de 2008 na Comunidade de Fazenda Humaitá em Paulistana, PI.

O fato


Na maioria das residências do interior da região semi-árida do Nordeste brasileiro, parte da água da chuva é desperdiçada pelo fato de que não há calhas em todo o telhado. Com a captação desta água em uma cisterna, pode-se realizar a irrigação de fruteiras na caatinga. Na comunidade de Fazenda Humaitá, foi implantada uma unidade demonstrativa com 36 fruteiras, utilizando água de chuva para irrigação. Neste sistema, o agricultor dispõe de uma cisterna para o consumo e outra para irrigação.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Desperdício de água de chuva na caatinga



A foto

Nesta fotografia se pode ver uma caixa d’ água de 20.000 litros de um sistema de abastecimento no interior do sertão. A fotografia foi obtida na área de caatinga do município de Uauá, BA, em 26 de novembro de 2003.


O fato

Em alguns estados do Nordeste brasileiro, a água esta chegando ao interior do sertão por meio de adutoras. Esta água tem sido uma benção para os agricultores nos meses de seca que assola a região semi-árida. Muitos agricultores que passavam por muita dificuldade para obtenção de água para o consumo na seca, hoje tem água todo ano. Não podemos deixar de aplaudir este fato, todavia como vemos na fotografia, a casa ao lado da adutora, não tem calhas para captação da água das chuvas que caem na região. Embora a água da adutora tenha resolvido partes do problema da falta de água, há necessidade de políticas de conscientização da população, principalmente a da zona rural de que água de chuva é um bem precioso que não deve ser desperdiçado. Se os agricultores captassem, armazenassem e tratassem esta água, com certeza, a mesma seria bem melhor do que a da adutora, principalmente em qualidade.

Nossa água de todo dia.

A foto


Nesta fotografia se pode ver um carro-pipa abastecendo uma residência com água para consumo. A fotografia foi obtida no município de Custódia, PE, em 29 de maio de 2005.

O fato


No Nordeste brasileiro, a necessidade de água para consumo das famílias sempre tem sido um grande problema, principalmente na zona rural e pequenos povoados. Muitas famílias ainda dependem exclusivamente do carro-pipa para obtenção de água para consumo. Embora, independente do tamanho do telhado da residência, é possível captar um volume de água que vai suprir as necessidades das pessoas por um bom tempo. De modo geral, chove entre 250 a 500 mm todo ano nas mais diversas áreas do sertão nordestino, assim, se todos captassem e armazenassem partes desta água, talvez um dia, não muito distante, esta imagem não fosse mais vista. O detalhe da fotografia é à saída de água destas residências que joga toda água do telhado na rua.