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sexta-feira, 23 de julho de 2010

A utilização de água de barreiro para produção de hortaliças no sertão do Piauí



A foto

Nesta fotografia podemos observar um agricultor  em meio as hortaliças cultivadas com água de barreiro. A fotografia foi obtida em 20 de julho de 2010 na comunidade de Boa Vista no município de Paulistana, PI.

O fato

No Nordeste do Brasil há uma grande quantidade de pequenos reservatórios do tipo barreiro. Em anos de chuvas regulares, a quantidade de água armazenada pode ser utilizada de diversas formas, principalmente para garantia de consumo dos animais. Contudo, parte desta água pode ser utilizada para produção de pastagem para os animais ou para produção de fruteiras e hortaliças. Na fotografia podemos ver um agricultor da comunidade de Boa Vista no município de Paulistana, PI, que possui dois barreiros em sua propriedade e um destes é utilizado para produção de hortaliças. Com a água do barreiro este agricultor tem produzido cenoura, alface, coentro, tomate, cebolinha, pimentão, etc. Parte desta produção é comercializada com os vizinhos, garantindo uma renda para a família.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A bela floração do ipê roxo na caatinga.




A foto


Nesta foto podemos observar a floração intensa de um ipê roxo na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 22 de julho de 2010 na caatinga do município de Jaguarari, BA

O fato

O ipê roxo (Tabebuia impetiginosa Mart) é uma das plantas com as flores mais belas da caatinga. Pode alcançar a
ltura de 8 a 12 m na caatinga. Sua ocorrência é muito variada, podendo ser encontrado nas caatingas da Paraíba, Piauí, Ceará e Bahia. O ipê é uma planta de grande beleza para o uso ornamental, em função de sua intensa floração. Na caatinga logo após o final do período chuvoso, o ipê perde as folhas e inicia a brotação que termina com uma intensa floração nos meses de junho e julho com os frutos amadurecem nos meses de setembro a outubro.

A frutificação da imburana de cheiro




A foto

Nesta fotografia podemos ver uma planta de imburana de cheiro (Amburana cearensis (Allemao) A. C. Smith) com intensa frutificação. A fotografia foi obtida no dia 22 de julho de 2010 na Comunidade de Conceição no município de Jaguarari, BA.

O fato

A  imburana de cheiro (Amburana claudii (Fr. All.) A. C. Smith) é uma planta que ocorre nas caatingas nordestina de grande importância na medicina caseira. Conhecida, também como: ambaúrana, amburana, amburana de cheiro, cerejeira rajada, cumaré, cumaru, cumaru de cheiro, cumaru do ceará, cumbaru das caatingas, entre outros, é uma árvore de crescimento: pioneira com ocorrência em floresta estacional semidecídual , floresta ombrófila densa , cerrado , caatinga e de ampla distribuição Geográfica. Sua dispersão é anemocoria. A  floração ocorre nos meses de abril, maio e junho, com a frutificação nos meses de junho a setembro. Seu fruto é do tipo sâmara de estrutura seca e cor preta, coriácea e contém apenas uma semente. No período da frutificação a planta fica desprovida de folhas. Os frutos, quando maduros caem no chão e são consumidos pelos animais silvestres e caprinos.

Os danos dos insetos as sementes do imbuzeiro



A foto

Nesta foto, podemos observar a semente do imbuzeiro e algumas fases do ataque de insetos ao embrião. A fotografia foi obtida na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em 26 de setembro de 2003.

O fato

Realizamos um trabalho com o objetivo de identificar o inseto que estava atacando as sementes de plantas nativas de imbuzeiro, localizadas na Estação Experimental da Caatinga, EMBRAPA Semiárido em Petrolina - PE. O trabalho foi realizado no período de novembro de 2002 a junho de 2003. Foram selecionadas ao acaso, 17 plantas em fase de produção, coletando-se, em fevereiro, 392 frutos maduros por planta, dos quais as sementes foram retiradas e armazenadas em temperatura ambiente. No final da safra, que ocorreu no mês de abril, foram também coletadas aleatoriamente, 392 sementes por planta, provenientes de frutos caídos naturalmente no chão. Foram avaliadas a porcentagem de sementes danificadas pelos insetos e a presença/ausência de larvas e/ou adultos na semente.  Constatou-se que as sementes provenientes dos frutos colhidos na planta e armazenados, não foram danificadas pelo inseto, não havendo, portanto problemas na germinação. Contudo, 93% das sementes oriundas dos frutos caídos no chão, apresentaram-se danificadas pelo inseto, tendo sua germinação comprometida. Nestas sementes foram encontradas, em média, 82 com larvas e 15 com adultos por planta. A espécie identificada como a causadora dos danos as sementes do imbuzeiro foi a Amblycerus  dispar (Sharp, 1885) (Kingsolver & Ribeiro-Costa, 1997). Este inseto pode ser uma das causas da baixa germinação das sementes do imbuzeiro em seu ambiente natural, prejudicando a dispersão desta espécie.

As sementes no oco do imbuzeiro







A foto

Nesta foto, podemos observar uma porção de sementes no oco de um tronco de imbuzeiro. A fotografia foi obtida na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em 15 de julho de 2002.



O fato

De modo geral, os imbuzeiros adultos apresentam partes do caule danificado que formam ocos. Nestes ocos geralmente são encontrados pequenos animais da caatinga, principalmente, ratos. Os ratos levam uma grande quantidade de sementes para dentro dos ocos e consomem seus embriões, danificando as sementes. As sementes de imbu dispõem em seu endocarpo de um embrião que é responsável pela sua multiplicação, contudo este embrião é um dos alimentos preferidos pelos ratos silvestres da caatinga. Normalmente os ratos levam as sementes até o buraco do tronco e após a trituração da casca, consomem o embrião que é uma pequena amêndoa. Alguns ratos chegam a consumir o embrião de até 16  a 22 sementes por dia. Considerando que este consumo ocorre durante toda a entressafra, os danos são consideráveis para propagação desta espécie. Uma das formas de evitar este problema é fechar os buracos dos troncos do imbuzeiro.  

A dispersão de sementes de imbuzeiro na caatinga



A foto

Nesta foto, podemos observar frutos e sementes de imbu no chão da caatinga. A fotografia foi obtida na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em 24 de fevereiro de 20043.

O fato

O imbuzeiro é uma planta que apresenta um ciclo de dispersão de sementes muito restrito no ambiente da caatinga, visto que, em função do tamanho das sementes, estão são dispersas, principalmente por animais. Assim, na ausência deste, suas sementes, praticamente permanecem embaixo das plantas. Em um estudo realizado em uma área de caatinga nativa, foi encontrada uma média de 985 sementes/m2, abaixo da copa da planta-mãe, das quais 56,85 % correspondiam a sementes de safras anteriores e 43,15% a sementes da safra de 2002. Das sementes das safras anteriores, 89,29% estavam danificadas. Da safra atual, 78,82% das sementes tinham algum dano que dificultavam sua germinação. Em uma área de caatinga degradada, observou-se, em média, 28 sementes/m2, sendo 78,57% de safras anteriores e 21,43% da safra atual. Os dispersores das sementes observados na catinga nativa foram o veado-catingueiro (Mazama gouazoubira), a cotia, o morcego, o caititu (Tayassu tajacu), a raposa (Dusicyon thous) e o tatu-peba (Euphractus sexcinctus) e na caatinga degradada o caprino (Capra hircus). Com relação à regeneração natural de plântulas, está só foi observada na área de caatinga nativa, sendo registrada a emergência de 12 plântulas, em média, na área da copa e 6 no segundo círculo. Quanto à presença de plantas jovens, esta também só foi registrada em área de caatinga nativa, onde se encontrou 3 plantas, abaixo da copa da planta-mãe. Neste trabalho foram encontradas sementes de imbuzeiro sendo levadas pelas águas dos riachos no período de chuva.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

As etapas de produção da rapadura



A foto

Nesta fotografia podemos ver as diferentes etapas de processamento da rapadura. A fotografia foi obtida no dia 21 de julho de 2010 na Comunidade de Barra da Melancia no Distrito de Arizona no município de Afrânio, PE.

O fato

O processamento da rapadura, embora simples, requer muita atenção para algumas etapas do processo. O caldo da cana é colocado inicialmente em um primeiro tacho para apurar. Após alguns minutos a calda é colocada em um segundo tacho. No terceiro tacho o caldo da cana esta no ponto do mel. Nesta etapa parte do mel é retirado para comercialização. No quarto tacho o caldo esta quase pronto. Contudo, ainda é necessário mais um pouco de cozimento até ir para o quinto tacho, aonde finalmente vai para a gamela para ser batida antes de ser colocadas nas formas.

A colocação da rapadura nas formas



A foto

Nesta fotografia podemos ver a colocação da rapadura nas formas. A fotografia foi obtida no dia 21 de julho de 2010 na Comunidade de Barra da Melancia no Distrito de Arizona no município de Afrânio, PE.

O fato

A produção de rapadura é uma das atividades geradoras de renda em muitas comunidades da região semiárida do Nordeste. Embora o processo seja simples e tradicional, requer muita atenção para algumas etapas do processo. No final do processo na calda é colocada em uma gamela para ser batida antes de ser colocadas nas formas. As formas de rapaduras são muito diversificadas quanto ao tamanho e espessura. Na fotografia pode-se observar a colocação da rapadura nas formas. Observa-se também que para colocação da rapadura nas formas é utilizada uma concha confeccionada de uma cabaça.

terça-feira, 20 de julho de 2010

A moagem da cana no sertão para produção de rapadura




A foto

Nesta fotografia podemos ver a moagem da cana para produção de rapadura. A fotografia foi obtida no dia 21 de julho de 2010 na Comunidade de Barra da Melancia no Distrito de Arizona no município de Afrânio, PE.

O fato

Em muitas comunidades do sertão de Pernambuco, o período de julho a agosto é a época da moagem da cana para produção de rapadura. De modo geral a cana é plantada nos baixios. Essas áreas são uma  espécie de enseada que os riachos formam nos terrenos marginais e onde, por ocasião das vazantes, a água se empoça na depressão, circundada por cumes de montes, onde existem depósitos de águas subterrâneas. Em anos de chuvas normais, a cana se desenvolve bem, contudo, quando as chuvas são irregulares, a cana não da boa rapadura.

A floração da aroeira (Myracroduon urundeuva Fr All) na caatinga



A foto

Nesta fotografia podemos ver uma planta de aroeira (Myracroduon urundeuva Fr All) no momento de intensa floração. A fotografia foi obtida no dia 20 de julho de 2010 na Comunidade de Boa Vista no Distrito de Serra Vermelha no município de Paulistana, PI.

O fato

No período de seca na caatinga, os agricultores que possuem colméias têm muita dificuldade para manter suas abelhas, em vista da falta de flores para alimentação das mesmas neste período. São poucas plantas que apresentam flores nos meses de seca e alguns agricultores tem que alimentar as abelhas com outras alternativas alimentares. Contudo no período de julho a setembro, em algumas partes da caatinga há uma intensa floração das aroeiras (Myracroduon urundeuva Fr All). Essa floração é seguida pelo juazeiro e imbuzeiro que fornecem muitas flores para as abelhas, principalmente para a Apis mellifera. Embora essa atividade seja em algumas comunidades uma das principais fontes de renda dos agricultores, estes fazem a derrubada de muitas plantas de importância vital para as abelhas na formação de pastagens e áreas de cultivo.