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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A venda de frutos do imbuzeiro em feira livre





A foto

Nesta fotografia podemos observar a venda de frutos do imbuzeiro em uma feira livre. A fotografia foi obtida no dia 30 de janeiro de 2011 no município de Petrolina, PE.

O fato

       Na região semiárida do Nordeste, algumas plantas nativas como a carnaúba (Copernicia cerífera Mart), a oiticica (Pleuragina umbrosissima Arr. Cam.), o cajueiro (Ancardium occidentale L.), a maniçoba (Manihot glaziovii Muell. Arg.), o licuri (Syagrus coronata) e o imbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda.), entre outras, são fontes de renda e de absorção de mão-de-obra para muitos pequenos agricultores que vivem em áreas de sequeiro, onde a atividade principal é o cultivo de lavouras tradicionais como o milho e o feijão. Entre as plantas xerófilas da caatinga, o imbuzeiro tem grande importância sócio-econômica para as populações rurais. Do imbuzeiro são aproveitados os frutos, as túberas ou xilopódios e as folhas. Os frutos são comercializados para consumo “in natura” ou transformados em doces, geléias, sucos, sorvetes, imbuzada. Dos xilopódios se obtém doce em massa, ração para os animais e picles em conserva. As folhas são consumidas verdes e maduras pelos animais, principalmente, os caprinos e ovinos. O imbuzeiro encontra-se distribuído em 17 regiões ecogeográficas do Nordeste. Seu extrativismo é praticado, principalmente nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e Minas Gerais.  Em todos esses estados a comercialização de frutos do imbuzeiro nas feiras livres por vendedores ambulantes e agricultores, constitui-se numa fonte de recursos para a população de baixa renda.  Na fotografia se pode ver uma agricultora da comunidade de Riacho do Sobrado no município de Casa Nova, BA, vendendo os frutos do imbuzeiro na feira livre de Areia Branca em Petrolina, PE. Como se pode ver na foto, o imbu é comercializado por litro, ao custo de R$ 1,00 o litro. De modo geral os frutos comercializados desta forma encontram-se no estádio de maturação “de vez”, isto é, antes da maturação plena. Os agricultores desta comunidade começarão a vender os frutos do imbuzeiro no início de janeiro.

A produção de frutos do imbuzeiro no Sertão do Nordeste




A foto

Nesta fotografia podemos observar uma grande quantidade de frutos do imbuzeiro produzidos por uma planta. A fotografia foi obtida no dia 26 de janeiro de 2011 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

Na região semiárida do Nordeste brasileiro a agricultura convive com uma série de adversidades, tendo na escassez dos recursos hídricos, sua principal restrição. Por outro lado, fator de natureza, física, biológica e socioeconômica tem contribuído para que a produção agrícola não atinja os objetivos desejados. Todavia, algumas plantas nativas da região semi-árida, de modo especial, o imbuzeiro ou umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) adaptando-se as intempéries climáticas que assolam a região e apresenta  boa produção,  possibilitando  o extrativismo do seu fruto pelos pequenos agricultores, constituindo-se como fonte complementar de sua renda e muitas vezes, como a única fonte de renda para algumas famílias rurais. O imbuzeiro constitui-se uma fonte de renda para muitas famílias que, na época da safra, promovem a colheita dos frutos e os vendem para consumo “in natura” ou em forma de doces. Um estudo realizado no período de janeiro a março de 2009 nos municípios de Jaguarari - BA, Petrolina - PE e Paulistana - PI, quando da ocorrência da safra do imbuzeiro na região para determinação da quantidade de frutos produzidos por uma planta de imbuzeiro, demonstrou que a quantidade média de frutos variou de 15.131 a 19.297 frutos por planta, com um peso médio dos frutos variando de 433,94 a 557,89 kg em cada planta. No município de Jaguarari a maior produção foi de 33.327 frutos  com peso médio de 16,74 g e totalizaram 557,89 kg. No município de Petrolina a maior produção foi de 22.751 frutos,  com peso médio de 17,731g que totalizaram 393,82 kg.No município de Paulistana a maior produção foi de 28.629 frutos com peso médio de 16,25 g que totalizaram 465,22 kg.


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As primeiras águas nos barreiros no Sertão de Pernambuco



A foto

Nesta fotografia podemos observar a água de chuva em um barreiro na caatinga. A fotografia foi obtida no do dia 17 de dezembro de 2010 na comunidade de Alto do Angico do município de Petrolina, PE.

O fato


As chuvas no Sertão de Pernambuco em 2010 não foram boas para a produção de alimentos e nem para formação de pastagens para os animais. Dados meteorológicos observados no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido, demonstraram que: no mês de janeiro choveu 26,2 mm. No mês de fevereiro choveu 39,2 mm e 119,3 mm no mês de março. Embora esse volume seja considerado bom para as lavouras, as chuvas dos meses seguintes não foram significativas. No mês de maio choveu somente 13,0 mm. Em junho e julho, choveu 24,5 e 22,5, respectivamente. Já em agosto e setembro, choveu apenas 0,4 e 9,6 mm, respectivamente. Em outubro choveu 40,4 mm e em novembro não foi registrada nenhuma precipitação. No mês de dezembro choveu 45,0 mm. Embora o volume total tenha sido de 377,9 mm no ano, a irregularidade na distribuição, principalmente nos meses de fevereiro a abril, não proporcionaram boas colheitas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A importância da bomba para retirada da água da cisterna



A foto

Nesta fotografia, podemos observar a retirada de água da cisterna com uma bomba. A fotografia foi obtida no dia 17 de maio de 2004 na comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.

O fato

No Sertão do Nordeste brasileiro as cisternas rurais tem sido uma solução muito boa com relação ao problema da água na região, contudo quando se analisa a questão da qualidade da água e as possíveis contaminações, a situação é um pouco preocupante, visto que a população assistida pelas cisternas em sua maioria não acreditam que possam contrair doenças com a água. Assim, há certo descuido com a higiene das cisternas e com os recipientes para retirada da água que podem levar a contaminação das águas nas cisternas. Em muitas residências a água não é clorada e não há filtros para evitar as sujeiras dos telhados. Embora a utilização do hipoclorito já esteja bastante disseminada, ainda há muitos focos de contaminação. Essa contaminação ocorre, geralmente pela sujidade dos telhados e pelo uso de baldes inadequado para retirada da água da cisterna.  Assim, a falta de cuidados com a higiene das mãos e utensílios usados no contato direto com a água e a não utilização do cloro, tornam a maior parte das águas das cisternas ausentes de potabilidade.  A principal fonte de contaminação são os coliformes fecais e Escherichia coli. A utilização de bombas pode ser uma das formas de reduzir a contaminação das águas das cisternas.

O desperdício de água de chuva no Sertão de Pernambuco



A foto

Nesta fotografia, podemos observar o desperdício de água de chuva na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 23 de janeiro de 2004 na comunidade de Varginha no município de Petrolina, PE.
O fato

Muito se fala da seca e da falta de água para o consumo humano no semiárido do Nordeste brasileiro, contudo, para alguns agricultores, parece que isso não é um dos principais problemas da região. Se faltar água, o carro-pipa coloca ou será realizado algum tipo de protesto. A construção de cisternas iniciada em julho de 2003 com o Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semi-Árido: um Milhão de Cisternas Rurais - P1MC trouxe a garantia para os agricultores de que água não faltaria, as cisternas seriam abastecidas pelos carros-pipa enviados pelo governo federal. O objetivo do P1MC é beneficiar cerca de 5 milhões de pessoas em toda região semiárida, com água potável para beber e cozinha, através das cisternas de placas.  Más muito pouco foi realizado em termos de conscientização dos agricultores de que deveria ser aproveitada toda água das chuvas.  Cada cisterna com capacidade de armazenar 16 mil litros de água, captada através de calhas instaladas nos telhados, poderiam armazenar um volume considerável de água de boa qualidade. Com a cisterna, cada família poderia ter mais tranqüilidade nos períodos de seca. Más a realidade é outra, as cisternas tem sido utilizadas em sua maioria para reservatório de água de carro-pipa. Muitos agricultores não têm qualquer preocupação com os telhados e calhas para aproveitar a água de chuva como podemos ver na fotografia. Água de chuva sendo desperdiçada e o agricultor, simplesmente olhando da janela.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

As águas poluídas em áreas de caatinga no Nordeste



O fato

Nesta fotografia podemos ver a água escura de um riacho da caatinga. A fotografia foi obtida no dia 22 de janeiro de 2004 no município de Petrolina, PE.

O fato

A água por natureza não pode ter cor, cheiro ou sabor, contudo quando ocorre às enxurradas em córregos, ribeirões e rios da caatinga, normalmente a água apresenta uma coloração barrenta. Essa coloração ocorre em função das partículas do solo em suspensão, principalmente logo após as chuvas torrenciais que levam terra para assorear os rios e riachos. Assim, logo que ocorrem chuvas, pode-se ver essa água barrenta que também é chamada pelos agricultores de água nova. Por outro lado, alguns pequenos riachos da caatinga que cortam as áreas de irrigação no município de Petrolina, PE não apresentam mais essa característica, pois quando essa água encontra as lagoas formadas pela drenagem das áreas irrigadas toma a coloração escura, turva, esverdeada. Essa tonalidade pode ser em função do uso excessivo de matéria orgânica, fertilizantes e defensivos agrícolas nas áreas de irrigação.