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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Os cogumelos da caatinga de Pernambuco



A foto

Nesta fotografia podemos observar alguns cogumelos após uma chuva na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 6 de novembro de 2011 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

Os cogumelos são nomes comuns de alguns fungos cuja frutificação pode ser consumida. A reprodução desses fungos ocorre de maneira sexuada com a sua frutificação conhecida como cogumelos que apresentam uma infinidade de formas e cores. Embora esses fungos tenham preferência por ambientes com bastante umidade e matéria orgânica em decomposição, algumas espécies de cogumelos são encontradas na caatinga. Essa ocorrência se dar no período das chuvas quando as folhas secas do chão entram em decomposição em função da umidade excessiva no solo.  A maioria dos cogumelos é comestível, contudo, como não conhecemos essa espécie encontrada na caatinga, não sabemos se são tóxicos ou não.

É tempo de florada na caatinga do Nordeste



A foto

Nesta fotografia podemos observar a floração do sete cascas após uma chuva na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 6 de novembro de 2011 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

Quando ocorrem as primeiras chuvas no Sertão de Pernambuco, as plantas da caatinga nos presenteiam com um espetáculo de cores. Entre as plantas, a que primeiro floresce é o  sete-cascas (Tabebuia spongiosa). A floração do sete-cascas é considerada uma das mais belas da caatinga. Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, pode-se observar os locais onde a chuva caiu pelo surgimento da floração do sete-cascas. Esta planta é de uma beleza ímpar. Suas flores amarelas mudam o cenário de seca para uma paisagem de alegria e beleza. As flores são visitadas por abelhas e pássaros que contribuem para sua polinização. Quando o botão floral cai, e consumido por inúmeros animais da caatinga, principalmente pelo veado, o caititu, a cotia, etc. A cada trovoada uma área da caatinga inicia a floração e a beleza da paisagem nos encanta com um colorido diverso.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Água de chuva na caatinga para os animais




A foto

Nesta fotografia podemos observar alguns animais bebendo água em uma pequena poça na caatinga após as chuvas.  A fotografia foi obtida no dia 4 de novembro de 2011 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.

O fato

No Sertão do Nordeste o período de seca que vai de agosto a janeiro é de muita dificuldade para os pequenos agricultores, principalmente em relação ao  fornecimento de água para os animais. Neste período os pequenos barreiros e açudes normalmente estão sem água e muitos agricultores têm que comprar água de carro-pipa para os animais, principalmente para os bovinos que consomem muita água na seca. Neste ano de 2011, as chuvas que ocorreram no mês de agosto, embora de pouca intensidade foram muito importante para a região. Em setembro não ocorreu nenhuma chuva, contudo no mês de outubro as chuvas de 12,5 mm contribuíram para formação de folhas novas na caatinga e de pequenas poças com água. Já agora no mês de novembro, as primeiras chuvas que foram de 48,7 mm  no dia 2 e de 2,5 mm no dia 3 de novembro, possibilitaram a formação de muitas poças de água para os animais e a caatinga já apresenta sinais de renovação com a brotação das plantas.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

As águas de novembro no Sertão de Pernambuco




A foto

Nesta fotografia podemos observar as águas das primeiras chuvas em um barreiro em 2011.  A fotografia foi obtida no dia 2 de novembro de 2011 no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE.

O fato

No começo do verão de 2011, algumas chuvas ocorreram no Sertão de Pernambuco e contribuíram para aliviar a seca que tomava conta da caatinga. As chuvas no Sertão em  2011 até o dia 02 de novembro totalizaram 544,5 mm, dos quais, 66,2 mm em janeiro; 87,2 mm em fevereiro; 77,5 mm em março; 153,4 mm em abril; 74,7 mm em maio; 2,8 mm em junho; 0,7 mm em julho; 20,8 mm em agosto; 0 mm em setembro; 12,5 mm em outubro e 48,7 mm no mês de novembro. Esse total, embora significativo para uma região considerada semiárida, apresentou uma distribuição irregular, principalmente nos meses de  janeiro a março, época de plantio na região. Porém, o volume de 153,4 mm de abril, pouco contribuiu para a produção das lavouras tradicionais, pois já ocorreu no fim da safra. Essa chuva foi importante para a formação de pastagem para os animais na caatinga. Por outro lado, essa forma de distribuição não contribuiu para o acúmulo de água nos açudes e barreiros.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O grande xilopódio do mamãozinho-de-veado ou mamão do mato




A foto
 
Nesta fotografia podemos observar uma grande túbera ou xilopódio do mamãozinho-de-veado. A foto foi obtida no dia 18 de junho de 2003 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato
 
Na região semiárida do Nordeste brasileiro, quando há período de longas estiagens, os pequenos agricultores, principalmente aqueles das áreas de sequeiro que tem sua principal atividade econômica baseada na criação extensiva de caprinos e ovinos, enfrentam uma situação de extrema dificuldade para alimentar seus animais, visto que, com a seca na caatinga, há pouca ou nenhuma oferta de alimentos para os animais. Todavia, algumas plantas nativas da caatinga, entre estas, a macambira (Bromelia laciniosa Mart ex Schult.), o mandacaru (Cereus jamacaru P. DC.), a maniçoba (Manihot pseudoglaziovii Pax. et K. Hoffman) e o mamãozinho-de-veado (Jacaratia corumbensis O. kuntze), entre outras, são capazes de desenvolver-se no período de seca e servirem de suporte para sustentação dos animais. O mamãozinho-de-veado ou mamão bravo (Jacaratia corumbensis O. kuntze) é um arbusto que ocorre na região semi-árida do Nordeste. Seu  fruto é consumido pelos animais silvestres e o xilopódio ou túbera é utilizado para a alimentação dos animais na seca e na fabricação de doce caseiro pelos pequenos agricultores. Entretanto, esta espécie é pouco estudada quanto as suas potencialidades, principalmente quanto à adaptação às irregularidades climáticas da região. Estudos da fenologia reprodutiva do mamãozinho-de-veado constataram que os primeiros botões florais ocorrem entre junho a julho com início da frutificação de setembro a outubro. A produção média de frutos foi de 116,77 frutos por planta. Havendo plantas que produziram até 684 frutos na safra. A planta adulta do mamãozinho-de-veado pode atingir até 4 metros de altura e o xilopódios pode alcançar até 642 kg. Na época de estiagem os agricultores retiram a túbera para fabricação de doces ou para alimentação dos animais.

domingo, 30 de outubro de 2011

As garças brancas e biguás em uma lagoa na caatinga




A foto

Nesta fotografia, podemos observar uma lagoa na caatinga com pouca água e muitas Garças Branca e Biguás. A fotografia foi obtida no dia 30 de outubro de 2011 na caatinga do município de Petrolina, PE.

O fato

No período de verão na caatinga, quando as lagoas, açudes e barreiros começam a secar é possível ver as Garças Brancas pequenas e os Biguás em busca de peixes. Essas aves geralmente vivem em banhados e rios perenes, contudo, com a seca as lagoas do Sertão se tornam um lugar especial para elas pela grande quantidade de peixes. No período de chuvas, as lagoas e açudes enchem e transbordam até os grandes rios facilitando a piracema e estes peixes ficam retidos nas lagoas quando as águas abaixam e cortam o fluxo com os rios. Normalmente os habitantes do entorno das lagoas pescam os grandes peixes e ficam só aqueles que não servem para consumo. Estes pequenos peixes são a alimentação das garças, biguás e outras aves aquáticas da caatinga. O biguá (Phalacrocorax brasilianus) é uma das aves de maior capacidade de mergulho nos rios em busca de peixes, permanecendo muito tempo no mergulho, contudo nas lagoas que ficam com pouca água, esta ave não pode demonstrar suas capacidades e limita-se a caminhar as margens da lagoa para capturar os peixes. A pequena Garça Branca (Ardea Alba), semelhante ao Biguá, também tem como habitat os grandes alagados e rios. No período das chuvas elas permanecem quase sempre no Rio São Francisco e com a seca e formação das aguadas e lagoas, elas voa até lá para consumir os pequenos peixes nas lagoas. Nas lagoas, as Garças ficam distribuídas as margens esperando que algum peixe apareça para capturá-lo. A presença dessas duas aves nas lagoas do Sertão nordestino é um espetáculo impar. As Garças e os Biguás são aves migratórias que acompanham as mudanças climáticas nas mais diferentes regiões do Brasil.