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domingo, 8 de janeiro de 2012

Cisterna calçadão de plástico no Sertão do Nordeste




As fotos

Nestas fotografias podemos ver uma cisterna de plástico com área de captação em um calçadão. As fotografias foram obtidas no município de  Petrolina, PE.





Os fatos

A utilização de cisternas de plástico para o armazenamento de água de chuva na região semiárida do Nordeste, vem sendo realizada desde o início dos anos 80, quando do advento do Projeto Sertanejo conduzido pela então SUDENE.  Foram testadas diversas formas de cisternas diferentes tipos de plásticos. Essas cisternas não tiveram sucesso devido ao fato de que o custo de cada cisterna era muito alto para as condições da região semiárida, por isso sua utilização ficou restrita as ações de pesquisa e de atuação do projeto em execução. Todavia, essas cisternas sempre apresentaram vantagens em relação as que eram utilizadas na região, visto que, não apresentavam qualquer indício de vazamentos e eram mais eficientes quanto à redução de contaminação da água armazenada.  Assim, a decisão do Governo Federal de implantação de 750 mil cisternas de plástica em comunidades do semiárido nordestino nos próximos anos pode contribuir para melhoria da qualidade da água de consumo dos agricultores do Nordeste. Neste sentido, a utilização de recipientes de plástico para a captação e armazenamento de água de chuva na região semiárida do Nordeste possibilitará que os agricultores não percam água por vazamentos e consumam água livre de contaminação.

domingo, 1 de janeiro de 2012

As cisternas de plástico no Sertão do Nordeste



As fotos

Nestas fotografias podemos observar as primeiras cisterna de plástico no Sertão de Pernambuco. As fotografias foram obtidas no município de  Petrolina, PE.









Os fatos

A decisão do Governo Federal de implantação de 750 mil cisternas de plástica em comunidades do semiárido nordestino nos próximos anos gerou uma grande polêmica no seio das organizações não governamentais que participam do Programa P1MC, onde as cisternas de placas pré-moldadas estavam sendo instaladas. As alegações são das mais variadas, principalmente no sentido de que esta ação deixaria muitas famílias que foram treinadas para o trabalho de construção das cisternas de placas, e que as cisternas plásticas não suportariam as adversidades da região. A utilização de recipientes de plástico para a captação e armazenamento de água de chuva na região semiárida do Nordeste já vem sendo utilizados há muito tempo, visto que, os baldes e bombonas plásticas são mais baratos e acessíveis a população rural. Contudo, esses recipientes muitas vezes não são apropriados para o armazenamento de água para consumo. Porém, quanto às cisternas de plástico, os agricultores agora podem consumir água livre de contaminação, o que não ocorre com as cisternas de placas que, em sua maioria apresentam problemas de contaminação e vazamentos. Outro fator positivo é a durabilidade das cisternas que pode chegar até 35 anos, o que não ocorre com as cisternas de placas que sempre apresentam alguma avaria com o passar do tempo.

domingo, 18 de dezembro de 2011

O mel das abelhas nativas da caatinga




A foto


Nesta fotografia podemos ver um agricultor ao lado de uma imburana onde há um ninho de abelha nativa da caatinga. A fotografia foi obtida no dia 10 de outubro de 2011 na Comunidade de Barreiro no município de Petrolina, PE.

O fato


A caatinga é um bioma com uma grande diversidade de plantas que tem sua polinização realizada por abelhas nativas desta região. Entre estas plantas temos: o imbuzeiro (Spondias tuberosa ARRUDA), a aroeira (Myracrodruon urundeuva), a baraúna (Schinopsis brasiliensis), a jurema preta (Mimosa hostilis, Mart.), a catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tul.), etc. As folhas, flores e frutos destas plantas são alimentos para o grande número de abelhas nativas, principalmente na época de seca, quando suas florações são as únicas fontes de alimentos para as abelhas nativas e exóticas da região. Entre essas abelhas nativas as que se destacam são;  a arapuá ou irapuá (Trigona spinipes),  a manduri ou rajada (Melipona asilvai), a abelha branca (Frieseomelita deoderleini), e as abelhas africanizadas como a italiana (Apis mellifera). Essas abelhas apresentam uma produção de mel com características distintas, principalmente em relação ao uso. De modo geral, o mel das abelhas nativas tem como indicação o uso medicinal, já as africanizadas têm seu mel destinado ao consumo geral, principalmente para adição a outros alimentos. Todavia, a retirada de mel de abelha nos troncos das plantas da caatinga tem causado danos para muitas plantas deste bioma. Este mel de modo geral é comercializado as margens das rodovias da região. Embora seja uma atividade que causa danos ao meio ambiente, em algumas comunidades do Sertão a venda de mel é uma das principais fontes de renda para os pequenos agricultores. O  problema é que normalmente as abelhas fazem seus ninhos nos ocos das plantas como o imbuzeiro, imburana, baraúnas, e para retirada do mel os agricultores cortam e colocam fogo no caule das plantas que muitas vezes morrem posteriormente. Em alguns casos, os agricultores usam algumas substâncias tóxicas para eliminar as abelhas e o resíduo vai ao mel podendo causar danos a saúde dos consumidores. Contudo, essa atividade tem apresentado mudanças, visto que, já são muitos agricultores que tem se dedicado a criação de abelhas nativas e africanizadas e assim, a produção de mel tem se tornado uma atividade rentável para as famílias do Sertão nordestino.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

As falhas na distribuição de água para os agricultores do Sertão de Pernambuco




A foto

Nesta fotografia podemos um agricultor ao lado de uma cisterna a espera do carro-pipa.   A fotografia foi obtida no dia 10 de dezembro de 2011 na comunidade de Budim no município de Petrolina, PE

O fato

Em 2011 já ocorreu uma precipitação total de mais de 600 mm no município de Petrolina, PE, muitos agricultores tem sofrido com a falta de água para consumo. Embora esse volume seja considerado bom dentro da média da região semiárida que vai de 250 a 800 mm, houve uma grande irregularidade na distribuição das e pouca água foi captada nos açudes, barreiros e cisternas. Nos meses de agosto, setembro e outubro, a falta de água em muitas comunidades causou sérios problemas para as populações rurais. Todavia, partes deste problema foram resolvidas com o abastecimento das cisternas com água dos carros-pipas dos programas dos governos federal e estadual. Contudo, em muitas comunidades, algumas famílias ainda não foram assistidas por estes programas. As causas são muitas, porém não há justificativa para que a água distribuída pelos governos com recursos da nação não chegue a todos que necessitam dela. Neste caso, especificamente, a família com oito pessoas não recebeu nenhum carro-pipa de janeiro até novembro deste ano. A água que consome é comprada por R$ 50,0 a cada mês com partes dos R$ 285,00 que recebem do bolsa família.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Chuvas de dezembro no Sertão de Pernambuco




A foto

Nesta fotografia podemos ver nuvens de chuva na região de caatinga do município de Petrolina, PE. A fotografia foi obtida em 14 de dezembro de 2011.

O fato

Nos últimos anos tem sido observado que as chuvas na região semiárida do Nordeste, embora continuem com irregularidade no tempo e no espaço, apresentam uma elevação do volume total. Este ano as chuvas já passaram de 500 mm. A média de anos com chuvas acima de 500 mm já esta sendo uma normalidade. Em janeiro de 2011 foram registradas cinco ocorrências de chuvas na região com um total de 66,2 mm, sendo as mais significativas no dia 21 com 14 mm e no dia 24 com 46,3 mm. Esse total é menor que a média de 29 anos que é de 93,3 mm para o mês de janeiro. Todavia, essas chuvas não salvarão as plantações de milho e feijão de dezembro de 2010, visto que, as plantas não resistiram às altas temperaturas. Em fevereiro ocorreram seis chuvas, sendo as mais importantes no dia 25 com 27,9 mm e no dia 28 com 44,0 mm. Neste mês choveu um total de 87,2 mm. A média de chuvas para fevereiro de 1982 a 2010 é de 83,8 mm. Contudo, no período de 1 a 24 de fevereiro, o sol foi muito forte e eliminou as pequenas plantas de milho e feijão que ainda resistiam. Muitos agricultores eliminaram o que restava do plantio de dezembro e realizam um novo plantio com a esperança de chuvas para março e abril.  Em março foi registrado um total de 77,5 mm, sendo 31,3 mm no dia 5 e 30 mm no dia 28. A média de março é de 131,2 mm. Assim, as chuvas ficaram muito abaixo da média para região. No mês de abril, choveu 153,4 mm na região. Essas chuvas possibilitaram o crescimento e uma boa produção para o milho e feijão dos agricultores que plantaram no mês de fevereiro. Até o dia 30 de abril de 2011, já havia ocorrido um total de 384,3 mm. Embora essa chuva não tenha proporcionado um acúmulo de água nos açudes e barreiros, foi suficiente para encher todas as cisternas até o mês de abril. Nos meses de maio  choveu 74,7 mm, em  junho 2,8 mm e julho0,7 mm. No mês de agosto, foi registrada uma precipitação de 20,8 mm. Essa chuva foi muito importante, visto que a caatinga já estava iniciando sua fase seca. Em setembro não foi registrada nenhuma chuva. Em outubro ocorreu uma precipitação de 12,5 mm, porém as elevadas temperaturas que ocorreram neste mês provocaram a evaporação rápida dessa água. No mês de novembro ocorreu uma precipitação de 56,7 mm. Essa chuva possibilitou o plantio de milho, feijão e abóbora, contudo, em novembro o calor foi elevadíssimo e nada resistiu, visto que novas chuvas só vieram a ocorrer em 13 de dezembro. Com essas chuvas a região já registrou um total de 596,9 mm, o que pode ser considerado um bom índice. Muitos agricultores já iniciaram o plantio novamente, porém, se não houver novas chuvas ainda este mês e principalmente em janeiro, mais uma vez a safra será perdida.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Os anéis de crescimento do imbuzeiro



A foto


        Nesta fotografia podemos observar a formação dos anéis de crescimento em plantas de imbuzeiro. A fotografia foi obtida na Embrapa Semiárido, Petrolina, PE em 28 de junho de 2007.

O fato

       Uma das formas de conhecer a idade das plantas é pelo estudo dos anéis de crescimento, principalmente, nas plantas que são cultivadas para este fim. Esses anéis são mais característicos em determinadas espécies arbóreas, as quais apresentam ciclos anuais de crescimento e dormência mais regulares que ficam registrados no seu lenho. Essa linha de estudo é parte da dendrologia. Os estudos mais recentes, principalmente nas florestas ameaçadas de extinção, têm contribuído para que os pesquisadores obtenham mais conhecimentos do crescimento de várias espécies. Todavia, os anéis de crescimentos são mais definidos nas plantas de regiões temperadas e áridas, onde as variações climáticas são mais marcantes. Embora os estudos dos anéis de crescimento das plantas da caatinga ainda sejam poucos, alguns trabalhos têm procurado compreende o desenvolvimento dessas estruturas na região semiárida. Na fotografia podemos ver os aspectos da formação dos anéis de crescimento em plantas de imbuzeiro na caatinga.