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sábado, 7 de abril de 2012

A falta de chuvas no Sertão de Pernambuco em 2012


As fotos

Nestas fotografias podemos observar a água de chuvas em um barreiros da caatinga. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.







Os fatos


As irregularidades das chuvas no Sertão de Pernambuco em 2012 têm causado danos e apreensões para muitos agricultores da região. Tudo que foi plantado de dezembro de 2011 até o momento, não suportou as altas temperaturas e morreu. Muitos agricultores estão vendendo parte dos rebanhos para comprar água para salvar outros animais. Nas cisternas quase nada foi armazenado e os carros-pipas não conseguem atender todas as solicitações. Já existem comunidades sem água para beber e outras comprando um carro-pipa de água por até R$ 90,0. O ano de 2012 pode ficar para história como uma dos anos mais difíceis para a convivência dos sertanejos com o semiárido. Dados meteorológicos observados no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido demonstram que no mês de janeiro de 2012 não choveu nenhum mm. No mês de fevereiro choveu 84,5 mm e 20,6 mm no mês de março, totalizando 105,1 mm. Em abril até o momento não houve nenhuma precipitação. Por outro lado, em 2011 já havia chovido 384,3 mm até esta data. Como o período de chuvas está praticamente encerrado na reghião e não há qualquer indício de uma mudança nas previsões que possa trazer esperança para os nordestinos, este ano temos que rezar muito para que ainda ocorra alguma chuva para acumular água nos barreiros para os animais.

quinta-feira, 29 de março de 2012

O desmatamento da caatinga no Sertão de Pernambuco



As fotos

Nestas fotografias podemos observar áreas de caatinga desmatadas recentemente.  As fotografias foram obtidas no município de Lagoa Grande e Petrolina,  PE.






Os fatos

Embora os dados do Ministério do Meio Ambiente tenha revelado que houve uma queda no desmatamento da caatinga, algumas áreas com plantas muito importante para o bioma continuam sendo desmatadas. Segundo dados do Ministério, a caatinga teve 1.921 km² de sua área desmatada entre 2008 e 2009. Para o Ministério houve uma redução no desmatamento nos últimos anos. Embora as causas do desmatamento da caatinga sejam atribuídas essencialmente à extração de madeira para produção de lenha e de carvão vegetal, grandes áreas tem sido desmatada anualmente para formação de  pastagens. Essa tendência segue o ritmo de crescimento dos rebanhos de ovinos e caprinos que não param de crescer na região. Assim, cada vez mais, os agricultores deixam de reutilizar áreas antigas para o plantio e desmatam novas áreas para formação de pastagens, principalmente de capim buffel. A área onde foi observado esse desmatamento apresenta uma grande densidade populacional de faveleiras, uma das plantas bastante preferida pelos caprinos. Todavia, para os agricultores, só o capim buffel é capaz de sustentar os animais. A Bahia, Ceará e Piauí, ainda são os Estados onde ocorrem os maiores índices de desmatamento. Como a região semiárida é uma das que pode sofre fortes impactos com as possíveis mudanças climáticas que advém, há necessidade de conscientização das populações rurais da importância de preservação da caatinga.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Um crime contra a natureza no Sertão de Pernambuco



As fotos

Nestas fotografias podemos ver uma bela baraúna (Schinopsis brasiliensis) na caatinga e outra com sua casca cortada. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.



Os fatos

A baraúna (Schinopsis brasiliensis) é uma das mais belas árvores da caatinga nordestina. A baraúna pertence à família das Anacardiaceaes. É uma das mais imponentes árvores da caatinga.  Por ser uma madeira de “Lei”, isto é, madeira forte e de longa duração é muito utilizada para produção de linhas, mourões, etc. Em função disso, esta planta é muito perseguida pelos agricultores. Por outro lado, as sombras das baraúnas que existem na região semiárida do Nordeste contribuir muito para amenizar a temperatura do meio ambiente e dos animais na caatinga, proporcionando melhores condições para os mesmos. A baraúna é uma das espécies da caatinga ameaçada de extinção e têm seu corte controlado pelo IBAMA. A baraúna teve sua população bastante reduzida pelo corte para produção de dormentes para ferrovias do Nordeste. Na fotografia podemos ver que foi realizado um corte na casca o que leva a planta a morte e posteriormente sua madeira é utilizada. Esse é um dos artifícios utilizados para burla a legislação vigente, pois com o corte da casca a planta morre e madeira proveniente de planta morta não sofre restrição.  

terça-feira, 27 de março de 2012

Barreiro cheio com chuva de 137 mm em Cristália


As fotos


Nestas fotografias  podemos ver alguns barreiros com água de chuva na caatinga.  As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.






O fato

Na região semiárida do Nordeste brasileiro, a quantidade de água de chuva é de aproximadamente 700 bilhões de metros cúbicos por ano, o que torna o semiárido nordestino diferente das demais regiões semiáridas do mundo. A maior parte dessa chuva não é aproveitada em todo o seu potencial, pois, mesmo existindo grande quantidade de barreiros e açudes no Nordeste, 36 bilhões de m3 se perdem pelo escoamento superficial.  Nessa região a água dos barreiros tem uma importância muito grande para os agricultores. Essa água, embora não seja de boa qualidade é a garantia de sobrevivência dos animais na seca e quando falta água de qualidade na comunidade, os agricultores utilizam a água dos barreiros. Nos anos de seca no Nordeste semiárido, a maior dificuldade dos criadores é o fornecimento de água para os animais. Existem muitas alternativas para a captação e o armazenamento de água das chuvas, contudo, o tradicional barreiro ainda é a mais utilizada. O problema é que em muitos casos os barreiros são construídos em locais inadequados, isto é, ou não tem área de captação ou o solo favorece a infiltração de um grande volume de água. Embora existam perdas consideráveis com a evaporação, a maior perda de água nos barreiros ainda é a infiltração. Em anos de pouca chuva, o volume armazenado nos barreiros não é suficiente para manter os animais durante os meses de seca, o que gera muita dificuldade para os criadores. Na fotografia, podemos ver um barreiro que foi construído no mês de fevereiro e com uma chuva de 137 mm que ocorreu no dia 19 de março, transbordou.

O crescimento do feijão no Sertão de Pernambuco


As fotos

Nestas fotografias podemos observar uma área da caatinga com o plantio de feijão. As fotografias foram obtidas no município de Lagoa Grande, PE.




Os fatos

A irregularidade das chuvas no Sertão de Pernambuco este ano têm contribuído para que poucos agricultores se arrisquem em plantar sem a certeza das chuvas. Embora tenham ocorrido algumas chuvas em toda a região, os veranicos provocaram a morte das plântulas de milho e feijão plantados pelos agricultores nos meses de dezembro e janeiro. Todavia, em algumas comunidades onde as chuvas foram mais intensas os agricultores que plantaram feijão estão na esperança de colher alguma coisa. O plantio foi realizado com as chuvas do dia 19 de fevereiro que foi, em média, de 56 mm. Todavia, só voltou a chover no dia 19 de março, um mês depois. Neste período, as altas temperaturas que ocorreram na região castigaram severamente as plantas que germinaram. Em anos normais, no mês de março já teriamos uma boa produção de feijão, melancia, etc. Contudo este ano os agricultores do Sertão terão o almoço da sexta-feira santa sem nada das lavouras na mesa. Na fotografia, podemos ver uma área com plantio de feijão. Se houver mais chuvas para o desenvolvimento do feijão, pode ser que os agricultores consigam colher alguma coisa.