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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

A reprodução do gavião bombachinha na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar algumas cenas da reprodução do gavião bombachinha na caatinga. As fotografias foram obtidas  na caatinga do município de Petrolina, PE.






















Os fatos

A beleza é uma das características das aves de rapina da caatinga. Entre estas, temos o gavião casaca-de-couro, gavião-fumaça, gavião-telha, o gavião-pega-pinto, o gavião carijó, o gavião preto, o gavião bombachinha, entre outros. A maior parte dessas aves é solitária com domínio exclusivo de seus territórios. Outros são migratórios que passam pela região da caatinga na época de sua reprodução. Nestas fotografias, podemos observar algumas cenas da reprodução do gavião bombachinha. Essa espécie é considerada uma ave migratória, principalmente na época de sua reprodução.  Uma das características do gavião bombachinha  é sua dieta, que é formada por insetos, pequenos pássaros, répteis e anfíbios. Na caatinga, os gaviões bombachinha iniciam a reprodução nos meses de novembro e dezembro. O ninho é construído de gravetos secos  nas arvores mais altas da caatinga. A postura ocorre logo após a confecção do ninho que leva de 5 a 8 dias. São dois ovos brancos que eclodem aos 30 dias, aproximadamente. Ao nascerem, os filhotes apresentam uma penugem branca que vai mudando de cor com o seu crescimento. Aos 30 dias após o nascimento, o primeiro filhote deixa o ninho em pequenos voos. Posteriormente, eles voltam ao ninho para comer os alimentos ofertados pelos pais. Quando eles saem do ninho, os pais ficam trazendo os alimentos para o ninho e os filhotes voltam para comer.


segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A floração do sete-cascas na caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar a floração do sete-cascas na caatinga após as primeiras chuvas do verão de 2017. As fotografias foram obtidas  na caatinga do município de Petrolina, PE.











Os fatos


De janeiro até hoje, ocorreram 49 eventos de chuvas na região do Sertão do São Francisco, já são mais de 305 dias sem chuvas. No total, foram 179,5 mm, sendo: 0,1 mm em janeiro;35,5 mm em fevereiro; 19,6 mm em março; 11,5 mm em abril; 37,6 mm em maio; 15 mm em junho; 6,4 mm em julho; 2,4 mm em agosto; 12,5 mm em setembro; 1,2 mm em outubro; 16,4 mm em novembro e 21,3 mm em dezembro. A vegetação da caatinga ainda reage com as poucas chuvas que caem. A caatinga possui uma das mais belas composições de plantas do planeta. São inúmeras espécies de plantas que só ocorrem nesta região. Podendo ser considerada uma das regiões do mundo de maior riqueza biológica, face às adversidades da região.  Quando termina o período de chuvas na caatinga e a vegetação começa a perde suas folhas pela falta de água no solo, o cenário da seca é eminente. Todavia, basta ocorrer uma chuvinha qualquer que a paisagem muda de aspecto. Logo após as primeiras chuvas no sertão nordestino, pode-se observar os locais onde a chuva caiu pelo surgimento da floração do sete-cascas (Tabebuia spongiosa). A espécie sete-cascas, pertencente à família Leguminosae Mimosoideae, podendo atingir de 6 a 10 m de altura na caatinga. É uma espécie secundária com crescimento rápido. A madeira é macia e pouco durável. Sua principal utilização é o paisagístico e arborização urbana. Esta planta é de uma beleza ímpar. Suas flores amarelas mudam o cenário de seca para uma paisagem de alegria e beleza. As flores são visitadas por abelhas e pássaros que contribuem para sua polinização. Quando o botão floral cai, e consumido por inúmeros animais da caatinga, principalmente pelo veado e o caititu. O sete-cascas ou “Ipê cascudo” é considerado por muitos estudiosos como a mais bela planta da caatinga. Embora existam outras variedades de ipês de flores amarelas, o sete-cascas só é encontrada nas caatingas sertanejas. Normalmente essa espécie floresce nos meses de outubro a dezembro, quando da ocorrência das trovoadas (as primeiras chuvas no Sertão), como este ano as trovoadas não ocorreram, pouco se viu a floração do sete-cascas. As flores que são vistas nestas fotografias surgiram depois da ocorrência de uma pequena chuva de 16,5 mm no dia 10 de dezembro em algumas áreas do Sertão. 

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A busca de água pelos animais silvestres da caatinga na seca


As fotos

Nestas fotografias podemos observar alguns animais silvestres da caatinga em busca de água para beber. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.
















Os fatos


A seca que vem se prolongando na região semiárida do Nordeste começou a perde força com as primeiras ocorrências de chuvas na região esta semana. Há registros de bastante chuvas em áreas da Bahia, Piauí e Pernambuco. Segundo, a APAC (Agência Pernambucana de Águas e Clima), choveu 66 mm no município de Ouricuri no dia 14 de novembro. Essa chuva se espalhou por todo o Sertão de Pernambuco. Se houver mais chuvas, o cenário pode mudar, visto que, este ano está sendo considerado um dos piores para as áreas do Sertão, a onde as precipitações não chegaram a 140 mm, até o momento. No município de Petrolina, PE choveu até hoje, 14 de novembro de 2017, um total de 138,2 mm. Considerando-se que a média histórica dos últimos 35 anos é de 506 mm, podemos dizer que as chuvas foram muito abaixo da média.  Se considerarmos as informações pluviométricas do município de Petrolina desde 1912, esse pode ser o pior ano da nossa história. No mês de janeiro não foi registrada nenhuma precipitação. De 1982 até 2016, somente nos meses de janeiro de 2006 e 2012 não houve chuvas. A média histórica para janeiro é de 90,3 mm. No mês de fevereiro foi registrada uma precipitação de 35,5 mm. Esse volume é praticamente a metade da média histórica que é de 77,6 mm para fevereiro. No mês de março, considerado o mês que mais chove na região, ocorreu uma precipitação de 18 mm. A média histórica de março é de 115,4 mm, esse foi um dos meses de março que menos choveu na região nos últimos 35 anos.  Assim, a situação nos outros meses não foi muito diferente. Em abril choveu 11,5 mm. No mês de maio choveu um pouco mais com 28,8 mm. Já nos meses de junho e julho as chuvas foram de 15,0 e 3,8 mm, respectivamente. Em agosto e setembro, tivemos 1,3  e 7,9 mm.  Já no mês de outubro não foi registrada nenhuma precipitação. Ontem, 14 de novembro, foram registradas uma precipitação de 16,4 mm. Para os sertanejos a ocorrência dessas trovoadas, traz esperança para toda região, principalmente para os animais que vem sofrendo com a falta de água. 

terça-feira, 10 de outubro de 2017

A seca e as plantas da caatinga

As fotos

Nestas fotografias podemos observar os aspectos de algumas das plantas da caatinga no período de seca. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.




















Os fatos



No município de Petrolina, PE choveu até hoje, 10 de outubro de 2017, um total de 121,8 mm. Considerando-se que a média histórica dos últimos 35 anos é de 506 mm, podemos dizer que as chuvas foram muito abaixo da média.  Se considerarmos as informações pluviométricas do município de Petrolina desde 1912, esse pode ser o pior ano da nossa história. No mês de janeiro não foi registrada nenhuma precipitação. De 1982 até 2016, somente nos meses de janeiro de 2006 e 2012 não houve chuvas. A média histórica para janeiro é de 90,3 mm. No mês de fevereiro foi registrada uma precipitação de 35,5 mm. Esse volume é praticamente a metade da média histórica que é de 77,6 mm para fevereiro. No mês de março, considerado o mês que mais chove na região, ocorreu uma precipitação de 18 mm. A média histórica de março é de 115,4 mm, esse foi um dos meses de março que menos choveu na região nos últimos 35 anos.  Assim, a situação nos outros meses não foi muito diferente. Em abril choveu 11,5 mm. No mês de maio choveu um pouco mais com 28,8 mm. Já nos meses de junho e julho as chuvas foram de 15,0 e 3,8 mm, respectivamente. Em agosto e setembro, tivemos 1,3  e 7,9 mm.  Com a chegada de outubro, os sertanejos esperam a ocorrência das trovoadas, marca característica deste período, porém, as previsões dos institutos climáticos são as piores possíveis. Assim, resta esperar pela complacência da mãe natureza para aliviar a nossa situação.