A foto
Nesta fotografia podemos ver a colheita de feijão. A fotografia foi obtida no dia 14 de abril de 2010 no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE.
O fato
No sertão do Nordeste, o ano de 2010 será lembrado pelos agricultores como um dos piores para o cultivo das lavouras de subsistência. A irregularidade das chuvas e o baixo volume das precipitações não contribuíram para a produção milho e feijão em toda região. Há registro de perdas destas culturas em vários estados da região, principalmente no Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco. Na maior parte da região, não choveu durante o mês de janeiro, o que impossibilitou o plantio de qualquer lavoura pelos agricultores. No Campo Experimental da Caatinga choveu 20,8 mm no dia 2 e 34,7 mm no dia 26 de dezembro de 2009, num total de 55,5 mm. Essa chuva possibilitou o plantio do milho e feijão. Todavia, poucos agricultores acreditaram que o período de chuvas estava começando e plantaram. Em fevereiro de 2010 choveu nos dias 6 (4,2 mm), 7 (4,1 mm) e no dia 26 (45,3 mm), totalizando 53,6 mm. Os agricultores que plantaram com essas chuvas estão animados e esperam uma boa colheita, principalmente para o milho. No mês de março, choveu 2,5 mm no dia 1, 70,6 mm no dia 6, 11 mm no dia 7, 13,7 mm no dia 20, 21,3 mm no dia 22 e 2,1 mm no dia 23 de março, num total de 121,2 mm. Essas chuvas favoreceram o crescimento do milho e do feijão. Em abril as chuvas que ocorreram nos primeiros 15 dias foram bastante significativas, sendo 7,5 mm no dia 2, 10,3 mm no dia 4, 57,3 mm no dia 8, 42,9 mm no dia 9 e 14 mm no dia 15 de abril. Até este momento, foi registrado um total de 306,8 mm. Contudo, como não ocorreram chuvas até esta data de maio, a safra do milho poderá ser comprometida, visto que esta cultura é bastante exigente em água no período de floração e formação das espigas e a produção de feijão será severamente prejudicada. Por outro lado, os agricultores que plantaram com as chuvas de dezembro estão conseguindo uma boa produção de feijão como podemos ver a colheita realizada na fotografia. Esse fato reacende a discussão de que para os agricultores do Nordeste é melhor perde o plantio das primeiras chuvas, do que perde a chuva. Assim, pelos menos o feijão do consumo está garantido.
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