quinta-feira, 22 de julho de 2010

A dispersão de sementes de imbuzeiro na caatinga



A foto

Nesta foto, podemos observar frutos e sementes de imbu no chão da caatinga. A fotografia foi obtida na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semi-Árido em Petrolina, PE em 24 de fevereiro de 20043.

O fato

O imbuzeiro é uma planta que apresenta um ciclo de dispersão de sementes muito restrito no ambiente da caatinga, visto que, em função do tamanho das sementes, estão são dispersas, principalmente por animais. Assim, na ausência deste, suas sementes, praticamente permanecem embaixo das plantas. Em um estudo realizado em uma área de caatinga nativa, foi encontrada uma média de 985 sementes/m2, abaixo da copa da planta-mãe, das quais 56,85 % correspondiam a sementes de safras anteriores e 43,15% a sementes da safra de 2002. Das sementes das safras anteriores, 89,29% estavam danificadas. Da safra atual, 78,82% das sementes tinham algum dano que dificultavam sua germinação. Em uma área de caatinga degradada, observou-se, em média, 28 sementes/m2, sendo 78,57% de safras anteriores e 21,43% da safra atual. Os dispersores das sementes observados na catinga nativa foram o veado-catingueiro (Mazama gouazoubira), a cotia, o morcego, o caititu (Tayassu tajacu), a raposa (Dusicyon thous) e o tatu-peba (Euphractus sexcinctus) e na caatinga degradada o caprino (Capra hircus). Com relação à regeneração natural de plântulas, está só foi observada na área de caatinga nativa, sendo registrada a emergência de 12 plântulas, em média, na área da copa e 6 no segundo círculo. Quanto à presença de plantas jovens, esta também só foi registrada em área de caatinga nativa, onde se encontrou 3 plantas, abaixo da copa da planta-mãe. Neste trabalho foram encontradas sementes de imbuzeiro sendo levadas pelas águas dos riachos no período de chuva.

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