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sábado, 28 de agosto de 2010

Água nova no barreiro da caatinga




A foto


Nesta fotografia  podemos observar um barreiro com água nova.  A fotografia foi obtida no dia 20 de janeiro de 2004 na Comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.

O fato

Na região semiárida do Nordeste brasileiro, a quantidade de água de chuva é de aproximadamente 700 bilhões de metros cúbicos por ano, o que torna o semiárido nordestino diferente das demais regiões semiáridas do mundo. A maior parte dessa chuva não é aproveitada em todo o seu potencial, pois, mesmo existindo grande quantidade de barreiros e açudes no Nordeste, 36 bilhões de m3 se perdem pelo escoamento superficial.  Nessa região a água dos barreiros tem uma importância muito grande para os agricultores. Essa água, embora não seja de boa qualidade é a garantia de sobrevivência dos animais na seca e quando falta água de qualidade na comunidade, os agricultores utilizam a água dos barreiros. Nos anos de seca no Nordeste semiárido, a maior dificuldade dos criadores é o fornecimento de água para os animais. Existem muitas alternativas para a captação e o armazenamento de água das chuvas, contudo, o tradicional barreiro ainda é a mais utilizada. O problema é que em muitos casos os barreiros são construídos em locais inadequados, isto é, ou não tem área de captação ou o solo favorece a infiltração de um grande volume de água. Embora existam perdas consideráveis com a evaporação, a maior perda de água nos barreiros ainda é a infiltração. Em anos de pouca chuva, o volume armazenado nos barreiros não é suficiente para manter os animais durante os meses de seca, o que gera muita dificuldade para os criadores. Na fotografia, podemos ver as características da água acumulada em um barreiro com as primeiras chuvas. Observa-se que há muita argila em suspensão tornando a água amarela ou barrenta e a parte escura é sujidade arrastada pela água.

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