A foto
Nesta fotografia podemos ver uma agricultora cultivando o milho na caatinga. A fotografia foi obtida no dia 14 de fevereiro de 2011 na Comunidade de Alto do Angico no município de Petrolina, PE.
O fato
As chuvas no Sertão de Pernambuco em 2010 não foram suficientes para que os agricultores que praticam a agricultura de subsistência obter uma boa safra. Na maior parte da região o mês de janeiro foi de pouca chuva com valores de 26,2 mm, o que impossibilitou o plantio de qualquer lavoura pelos agricultores. No mês de fevereiro choveu 39,2 mm e no mês de março as chuvas foram de 119,3 mm. Nesse período que tradicionalmente é época de plantio choveu somente 184,7 mm. As chuvas que vieram em abril (60,1 mm), maio (13,0 mm), junho (24,5 mm) e julho (22,5 mm), pouco contribuíram para mudar a situação do sertão. Não se produziu muita coisa no campo. Por outro lado no mês de agosto choveu (0,4 mm), em setembro (9,6 mm), outubro (40,4 mm), novembro (0,0 mm) e dezembro (58,2 mm). Se considerarmos somente as chuvas potencialmente aproveitáveis para a agricultura de subsistência, dos 413,1 mm ocorridos em 2010, apenas 244,1 mm que ocorreram de janeiro a abril, foram às chuvas para a agricultura de subsistência. Com esse total de chuvas não é possível cultivar ou armazenar água no Sertão do Nordeste. Contudo, essa mesma configuração parece que vai se repetir em 2011, visto que, as culturas que foram plantadas com as chuvas de dezembro não estão conseguindo se desenvolver com os 48,5 mm que ocorreram no mês de janeiro e os 8,9 mm que foram registrados até agora. Na fotografia, podemos ver uma agricultora que investiu parte de sua aposentadoria para implantar um pequeno roçado e não ver boas perspectivas de chuvas na região.
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