A foto
Nesta fotografia podemos ver caixas d’água e uma cisterna com água das chuvas de 2011. A fotografia foi obtida no dia 6 de maio de 2011 no Campo Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE.
O fato
Até o momento, o ano de 2011 não tem sido muito promissor para os agricultores do sertão de Pernambuco. Embora tenha ocorrido chuvas nos meses de janeiro, fevereiro e março, os veranicos não possibilitaram o desenvolvimento das lavouras e pouca água foi captada nos açudes e barreiros. Em janeiro de 2011 foram registradas cinco ocorrências de chuvas na região com um total de 66,2 mm, sendo as mais significativas no dia 21 com 14 mm e no dia 24 com 46,3 mm. Esse total é menor que a média de 29 anos que é de 93,3 mm para o mês de janeiro. Todavia, essas chuvas não salvarão as plantações de milho e feijão de dezembro de 2010, visto que, as plantas não resistiram às altas temperaturas. Em fevereiro ocorreram seis chuvas, sendo as mais importantes no dia 25 com 27,9 mm e no dia 28 com 44,0 mm. Neste mês choveu um total de 87,2 mm. A média de chuvas para fevereiro de 1982 a 2010 é de 83,8 mm. Contudo, no período de 1 a 24 de fevereiro, o sol foi muito forte e eliminou as pequenas plantas de milho e feijão que ainda resistiam. Muitos agricultores eliminaram o que restava do plantio de dezembro e realizam um novo plantio com a esperança de chuvas para março e abril. Em março foi registrado um total de 77,5 mm, sendo 31,3 mm no dia 5 e 30 mm no dia 28. A média de março é de 131,2 mm. Assim, as chuvas ficaram muito abaixo da média para região. No mês de abril, choveu 150,9 mm na região. Essas chuvas possibilitaram o crescimento e uma boa produção para o milho e feijão dos agricultores que plantaram no mês de fevereiro. Até o dia 30 de abril de 2011, já havia ocorrido um total de 381,8 mm. Embora essa chuva não tenha proporcionado um acúmulo de água nos açudes e barreiros, foi suficiente para encher todas as cisternas. Na fotografia, podemos ver um galpão com uma área de 141,3 m2 com telhas de cerâmica onde já foi acumulado um total de 35 mil litros. Como as cisternas tradicionalmente só acumulam 16 mil litros, muita água é perdida nas comunidades. Assim, podemos inferir que há necessidade de se rever a construção de cisternas de 16 m3, para que toda chuva seja aproveitada pelos agricultores.
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