A foto
Nesta fotografia, podemos observar uma área de caatinga desmatada para plantação de capim. A fotografia foi obtida no dia 20 de julho de 2010 na comunidade de Bela Vista no município de Paulistana, PI.
O fato
Na caatinga há uma grande diversidade de plantas que são utilizadas pelas abelhas para produção de mel. Entre as espécies mais utilizadas pelas abelhas para coletar pólen e néctar na caatinga, destacam-se: a favela (Cnidoscolus phyllacanthus); o imbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda); o amarra cachorro (Bromelia sp.); o angico (Anadenanthera macrocarpa); a aroeira (Astronium urundeuva); o mofumbo (Combretum leprosum); a catingueira (Caesalpinia pyramidalis); o cumaru (Amburana cearensis); a imburana de cambão (Bursera leptophloeos); a jitirana (Ipomaeia acuminata); o juazeiro (Ziziphus joazeiro); a jurema (Acacia bahiensis); a malva (Sida sp.); a maniçoba (Manihot glaziovii); o mussambê (Cleome spinosa), o marmeleiro (Croton sonderianus), entre outras. Cada uma dessas espécies apresenta características distintas quanto a suas potencialidades em termos de oferta de pólen e néctar para as mais de 30 espécies de abelhas endêmicas da caatinga. Entretanto, muitos agricultores que criam abelhas no Sertão do Nordeste, não são conhecedores destas potencialidades e muitas vezes eliminam parte da vegetação, mesmo tendo em seus criatórios de abelhas, parte significativa da renda familiar. Na fotografia podemos ver uma colméia no final da área desmatada. Nesta propriedade, o agricultor perdeu nos últimos 5 anos mais de 20 colméias que abandonaram a área. Será que não foi pelo desmatamento!
Correlação altíssima! Foram coletar pólem em outros lugares com presença de diversidade!
ResponderExcluirEspero que reflorestem para retorno das abelhinhas. A riqueza está no conhecimento, na educação. Quanto mais se tem menos se preserva e menos se conhece. Quando realmente descobrem o valor daquilo que existia em abundância, normalmente já não existe mais ou existe em pequena quatidade. Uma pena.
Abraços,
www.arboreo.net
parabéns pelo blog, já adicionei em meus favoritos.
ResponderExcluirwww.arboreo.net
Nilton, sabemos que sim, quanto mais se desmata mais se perde em biodiversidade. Mas oq ue podemos fazer?
ResponderExcluirVamos iniciar uma campanha com a ajuda da embraba e universidades para reeducar os caatingueiros?
1)Pensei que cada aluno universitario poderia se responsabilizar por uma cidade (seja sua origem ou alguem que conheça morando na caatinga) e iniciarmos uma camapnha via palavra direta;
2) Viabilizar junto as prefeituras camapanhas de oficinas de Boas Praticas, informando sobre as plantas que necessitam serem preservadas e ensinando o manejo racional, que no RN, por exemplo encontra-se bem difundido;
3) Utilizar-se de rede de ongs para este fim, o que você acha?
4) Quanto ao carvão vegetal, não poderiamos difundir o forno solar como alternativa basica a queima de arvores para carvão?
5)O que mais poderiamos oferecer como fonte de renda para o agricultor na caatinga? Por favor me responda , pois sou apenas uma iniciante em agronomia e não tenho a visão e a experiência que você tem.
Obrigada, Elaine
Em tempo estou disposta a estruturar projetos, como fariamos? mapeariamos por regiõe? marcariamos oficinas por ocasião de festas que congregam a comunidades?
Vamos unir forças neste sentido?
Até breve.
Se não me engano, a caixa da foto é de apis melifera, não se trata de nativas não é mesmo? Ou estou enganada?
ResponderExcluirA caixa realmente é de Apis mellifera. Essa espécie é a mais abundante no Sertão e é a preferida pelos agricultores, visto que, ela é mais produtiva em volume de mel do que as abelhas nativas, além do que, seu mel é mais preferido pelos consumidores.
ResponderExcluirPrezada Elaine Souza Batista,
ResponderExcluirMeus parabéns pelas idéias. Realmente há como mudar este cenário, todavia, não temos mais agricultores no Sertão do Nordeste que não tenham consciência dos impactos que suas ações trazem para o meio ambiente. Contudo, continuam praticando ações que degradam a caatinga. Embora os órgãos governamentais, entre estes, as universidades, a Embrapa e muitos outros, principalmente, e as organizações não governamentais (ONGs), tem desenvolvido intenso trabalho no sentido de orientar os agricultores para que estes possam produzir suas lavouras e criar seus animais, preservando o meio ambiente. Porém, na prática, muitos agricultores não seguem as orientações apresentadas.