quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Açúde, barreiro, barraginha, o que vai amenizar a seca no Sertão do Nordeste


A foto

Nesta fotografia podemos observar um pequeno barreiro com água na caatinga A fotografia foi obtida no dia 22 de maio de 2007 no município de Petrolina, PE.

O fato

Em nenhuma outra região semiárida do mundo, temos um volume de precipitação semelhante ao que ocorre no semiárido brasileiro. São, em média, mais de 700 bilhões de m³ que anualmente caem com as chuvas, mesmo com todas as irregularidades. Todavia, 642 bilhões e 600 milhões de m³ desse total são consumidos pela evapotranspiração que é a forma como a água da superfície terrestre passa para a atmosfera no estado de vapor. Na evapotranspiração estão envolvidos a evaporação da água de superfícies dos rios, lagos, represas, oceano, entre outros, dos solos e da vegetação úmida e a transpiração das plantas, somados a 36 bilhões ou 5,1%, que perde-se por escoamento superficial para os rios, e destes para o mar. Para tentar conter uma parte desses 36 bilhões que se perde por escoamento, foram construídos nos últimos 50 anos mais de 70 mil açudes no Nordeste semiárido que armazenam aproximadamente 30 bilhões de m³ de água. Contudo, a cada ano a população, principalmente, da zona rural ainda sofre bastante com a falta de água. Junto com essa infra-estrutura dos açudes, diversas tecnologias voltadas para a captação e o armazenamento da água de chuva também foram implantadas na região e a seca não se calou. Agora estamos no momento das barraginhas que estão sendo construídas em quase todos os estados do Nordeste. Contudo, no que parecem, as barraginhas não se diferenciam muitos dos velhos açudes da região. Será que quando alcançarmos a marca de 70 mil barraginhas o cenário da seca vai mudar!

Um comentário:

  1. O Banco do Nordeste do Brasil, em parceria com o Instituto Nordeste XXI, irá realizar a I Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga - A Caatinga na Rio+20, nos dias 9, 10 e 11 de Novembro de 2011, na sede do Banco, em Fortaleza (CE). O evento tem como objetivos: Discutir a gestão do bioma Caatinga; Elaborar o documento intitulado “Declaração da Caatinga”, que formalizará os compromissos a serem assumidos pelos governos e demais setores da sociedade para a promoção do desenvolvimento sustentável do bioma e por fim inserir, por meio da Declaração da Caatinga, as questões relacionadas ao bioma nas discussões da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20.

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