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domingo, 4 de setembro de 2011

As alternativas dos agricultores para captação de água de chuva na caatinga




A foto

Nesta fotografia, podemos observar uma cisterna com área de captação em uma lona de plástico. A fotografia foi obtida na comunidade de Barreiros no dia 09 de fevereiro de 2004 no município de Petrolina, PE.

O fato

Embora o ano de 2011 até o mês de agosto não tenha sido muito promissor para a agricultura de subsistência no Sertão de Pernambuco, visto que, houve uma grande irregularidade no volume das chuvas, ocorreu um total de 472,8 mm no município de Petrolina, PE, sendo 66,2 mm no mês de janeiro; 87,2 mm no mês de fevereiro; 77,5 mm no mês março; 153,4 mm no mês de abril; 74,7 mm no mês de maio; 2,8 mm no mês de junho; 0,5 mm no mês de julho e 10,5 mm no mês de agosto. Essas chuvas se bem aproveitadas pelos agricultores poderiam proporcionar a captação e o armazenamento de até 57.445 litros de água, considerando a área total de uma residência com um telhado de cerâmica de 121,5 m2. Como o coeficiente de escoamento dos telhados de cerâmica é de aproximadamente 65%, isto é, do total de água que cai nas telhas, somente 65% escoa para a cisterna, 37.339 litros teriam sido armazenados nas cisternas. Como de modo geral, as residências possuem apenas uma cisterna, parte dessa água se perderia. Porém, como agora existe a garantia de água dos carros-pipas, que a cada mês abastece as cisternas, poucos agricultores estão preocupados em captar e armazenar toda a água das chuvas. Será que se construindo mais uma cisterna nas residências os agricultores não poderiam aproveitar melhor essa água. O volume de recursos que tem sido gasto com carro-pipa não daria para construção de mais uma cisterna nas residências ou de uma cisterna maior. Na fotografia podemos ver um agricultor que colocou uma lona plástica acima da cisterna para captar o máximo de água das chuvas. Esse sistema é chamado de catadores de água, visto que pode ser desmontado e transportado para outro local.

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