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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Os barreiros do Sertão do Nordeste


As fotos

Nestas fotografias podemos ver um trator de esteira escavando um barreiro, um barreiro novo e outro com água. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.





O fato

A seca ainda é um dilema para as populações que vivem no interior da região semiárida do Nordeste. Como a maior parte dos agricultores tem sua base econômica na criação de pequenos animais, a falta de chuvas torna a situação mais grave. Como suprir a necessidade de água dos rebanhos em anos que as chuvas não foram suficientes para o acúmulo de água nos açudes e barreiros. Muitos agricultores vendem parte do rebanho para comprar água. O preço de um carro-pipa varia de comunidade a comunidade, todavia alguns chegam a custar até R$ 350,0. Para adquirir essa água os agricultores que não dispõe de poços ou outra fonte, tem que vender três a quatro caprinos ou ovinos.  Se a seca prolonga-se muitos rebanhos serão bastante reduzidos, sem contar com a mortandade pela falta de alimentos. O Programa Água para Todos, que integra o Plano Brasil Sem Miséria, concebido pelo Governo Federal tem como meta a construção de 3 mil pequenos barreiros e barragens de água pluvial para amenizar a situação dos sertanejos. Contudo, só veremos o efeito dessas ações no próximo ano após as chuvas quando os barreiros e a barragens acumularem água. Embora essa meta seja significativa, 3 mil barreiros e pequenas barragens é muito pouco para as necessidades dos sertanejos. Para aqueles que não forem alcançados pelo programa, resta à contratação de um trator de esteira por R$ 135,00 a hora trabalhada. Para que o agricultor tenha um barreiro com condições mínimas de armazenamento são necessárias 50 horas/máquina que implicam em um valor de R$ 6.750,00. Esse valor é muito alto considerando-se a renda dos pequenos agricultores do Sertão nordestino.

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