As fotos
Nestas fotografias podemos
observar cenas que marcaram períodos de seca e chuvas no Sertão do Nordeste nos
últimos anos. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE.
Os fatos
Hoje, 30 de dezembro de 2012 é o 347
dia em que não foi registrada nenhuma precipitação no Campo Experimental da
Embrapa Semiárido no município de Petrolina, PE. Até o momento choveu um
total de 145,5 mm. Essas chuvas ocorreram, principalmente nos meses de fevereiro,
março e maio. Em fevereiro ocorreram 5 chuvas com um total de 84,4 mm. Em março
só choveu dois dias no total de 19,2 mm. Em abril não foi registrada nenhuma
chuva na região. No mês de maio foi registrada uma chuva de 26 mm. Em junho
foram 3,9 mm em três chuvas. No mês de julho foram registrados 1,3 mm em duas
chuvas. Em agosto choveu um total de 2,3 mm em duas chuvas. No mês de setembro
choveu somente 0,2 mm. Por outro lado, nos 31 dias de outubro nenhuma chuva foi
registrada na região. No mês de novembro choveu 8,2 mm. Essas chuvas não foram
suficientes para formação de água nos açudes e barreiros e para o crescimento
da pastagem para os animais. No mês de dezembro até hoje, só foi registrada uma
chuva de 0,7 mm. Nos últimos 35 anos de observações, este talvez seja um dos
piores anos de irregularidade de chuvas no Sertão do Nordeste. Embora se tenha
notícias de que em alguns municípios do Sertão de Pernambuco choveu mais de 400
mm, como foi em Exu onde foram registrados 481,5 mm, segundo dados da Agência
Pernambucana de Águas (http://www.apac.pe.gov.br/meteorologia).
Se considerarmos os volumes ocorridos nos meses de janeiro (50,7), fevereiro (154,2),
março (71,7), abril (5,5) e maio (89,5) no total de 371,6 mm, pode-se afirmar
que nesta região as chuvas foram boas, isto é, esse volume e sua distribuição estão
dentro da normalidade para esta região. O problema é: será que os nossos
agricultores estão preparados para aproveitar esse volume de água, o qual é
suficiente para encher cisternas e pequenos barreiros segundo cálculos de
algumas entidades que atendem os agricultores no Sertão! Contudo, há inúmeros
exemplos de agricultores que mesmo com está irregularidade na distribuição das
chuvas, conseguiram armazenar água e alimentos para os animais. Até aqueles que
plantaram com as primeiras chuvas de janeiro, ainda colheram um pouco de
feijão.